Duarte Gomes analisa o polémico penálti no Benfica-Casa Pia: “Não é pontapé de penálti” | OneFootball

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·15 November 2025

Duarte Gomes analisa o polémico penálti no Benfica-Casa Pia: “Não é pontapé de penálti”

Article image:Duarte Gomes analisa o polémico penálti no Benfica-Casa Pia: “Não é pontapé de penálti”

Duarte Gomes analisou, na sexta-feira à noite, os principais lances de arbitragem recentes no programa ‘Livro Arbítrio’, do Canal 11. O diretor técnico nacional de arbitragem comentou a polémica grande penalidade assinalada contra o Benfica diante do Casa Pia (2-2) por mão na bola de António Silva, afirmando que o árbitro se enganou ao assinalar a falta, mas que a intervenção do VAR não foi de todo obrigatória, já que o lance não configurava um erro claro e óbvio.

“É normal gerar controvérsia. Respeitamos o mar de emotividade, mas para nós as decisões não são de clubes e de árbitros, a nossa análise é técnica, não é uma invenção. Há aqui um conjuntos de recomendações que seguimos. São recomendações internacionais e que tentamos implementar. Ao fazê-lo podemos errar, os nossos vídeo-árbitros podem errar. Temos um rumo bem definido em relação às análises que fazemos. Estamos a afinar em função das situações que vão surgindo. Este lance para nós não é pontapé de penálti. Há um erro do árbitro da partida. Estamos novamente a falar de ressaltos. E quando estamos a falar de ressaltos temos de ponderar se a abordagem inicial do jogador foi de risco, se ele levantou os braços, cresceu para tapar a sua baliza, se deliberadamente ou inconscientemente fez alguma coisa a mais ou estava apenas estático?”, começou por explicar as recomendações, antes de centrar no lance em si.


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“Quando uma bola lhe toca do lado direito do tronco, da anca… ele inclusivamente resguarda o braço para não fazer penálti, para evitar o contacto com a bola, para se proteger, e a bola depois de uma forma inesperada, a curtíssima distância, resvala para o seu movimento de rotação para a esquerda. Isto para nós é o padrão de não haver pontapé de penálti”, explicou Duarte Gomes, antes de falar da intervenção do VAR.

“Outra coisa tem a ver com a intervenção do vídeo-árbitro. Dissemos isto aos nossos árbitros, à imprensa, aos clubes nas visitas que fizemos a 30 sociedades desportivas, que as instruções que aplicamos do VAR em Portugal são as emanadas da UEFA. No lance tem de haver um erro claro, óbvio e muito evidente. Para haver intervenção não pode haver a mínima subjetividade de interpretação de que o árbitro cometeu um erro. Neste caso, até porque há ressaltos, como nós vimos, e depois a bola vai ao braço, portanto o VAR, perante a verbalização do que o árbitro disse, que o árbitro vê a jogada corretamente, vê o ressalto, e tem a interpretação de que aquele braço estava numa posição anomal para aquele movimento defensivo”, detalhou.

Para Duarte Gomes, o árbitro Gustavo Correia não devia ter assinalado a grande penalidade.

“Discordamos da opinião. Queremos que este tipo de lances não sejam punidos com pontapés de penálti, mas nós entendemos que face às instruções claras e reiteradas que demos, que este lance não tem margem suficiente de clareza e evidência para haver intervenção do VAR. Com o maior respeito que tenho pelos clubes, pela imprensa, pelos jogadores, pelos dirigentes das sociedades desportivas e pelo ruído que isto possa servir… quer em termo estratégicos, quer em temos de conteúdos de programas para que hajam audiências… o que pedimos apenas é que respeitem a nossa análise. Concordem ou não, de criticarem, esta é a nossa análise. É assim que nós vamos ver todo o tipo de lances, com qualquer equipa ou qualquer árbitro, que tenha este padrão”, comentou, no Canal 11.

Outra jogada revista no programa foi a ação que levou ao 2-2 do Casa Pia, já nos descontos, após uma perda de bola de Richard Ríos, que ficou no relvado queixando-se de dores.

“É uma situação em que há jogadores que pedem falta, mas sem razão. É um desarme legal. Dá perfeitamente para ver que o jogador toca apenas e só na bola. Não atropela o adversário. O lance é muitissimo bem avaliado pelo árbitro e pelo VAR. Quero apenas recordar que todos os lances de golo são varridos desde o início da fase atacante”, explicou Duarte Gomes.

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