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·27 November 2025
Edmundo dispara contra diretoria do Vasco: 'Não tem comando'

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O Vasco atravessa um momento delicado no Brasileirão de 2025. Após uma sequência de cinco derrotas consecutivas, o time vê a parte inferior da tabela se aproximar, ainda que mantenha quatro pontos de vantagem sobre o Santos, primeira equipe do Z4.
No meio desse cenário, Edmundo, um dos maiores ídolos da história vascaína, decidiu se manifestar publicamente. Ele analisou o que tem observado à distância e apontou fatores que, em sua visão, ajudam a explicar a queda de desempenho recente.
As falas repercutiram fortemente justamente pelo peso simbólico do ex-atacante e pelo momento instável vivido pelo clube.
Edmundo afirmou que enxerga problemas de comando e comportamento dentro do elenco nesta fase ruim do campeonato. Mesmo deixando claro que não convive diretamente com o grupo, o ex-jogador disse que percebe sinais de acomodação.
“Não conversei com os jogadores, nem falo com o Pedrinho e o Felipe há mais de um ano, então não posso falar com propriedade de quem está lá dentro. Olhando de fora, percebo que os atletas fazem o que querem, não há comando, inclusive na questão de se acomodar”, declarou.
Ele também comentou que a torcida organizada identifica essa mesma acomodação, o que teria motivado o protesto recente no CT. Para Edmundo, a cobrança é reflexo de um elenco que não tem correspondido à estrutura e ao apoio que recebe. O ex-atacante acrescentou que, do lado de fora, o torcedor percebe um distanciamento entre o potencial do time e o que efetivamente é entregue em campo.
Mesmo com as críticas, Edmundo ressaltou que não vê indícios de ruptura interna ou desentendimento entre elenco e comissão técnica.
“Não acredito em grupo rachado, que estejam chateados com o Diniz”, afirmou, isentando o treinador de ser o principal responsável pelo momento instável.
A fase recente do Vasco reforça a preocupação. Além das cinco derrotas consecutivas, o time tem oscilado no desempenho, entre o início e reta final do segundo turno.
A relação com a torcida também entrou em destaque. Embora o apoio siga forte em São Januário e no Maracanã, a sequência negativa intensificou críticas e cobranças. O protesto no CT, citado por Edmundo, refletiu o sentimento de frustração de parte dos torcedores, que enxergam um elenco distante da entrega esperada.
Internamente, dirigentes buscam manter estabilidade, reforçando confiança no trabalho de Fernando Diniz. No entanto, o ambiente naturalmente fica mais tenso diante do risco de aproximação da zona de rebaixamento, algo que parecia distante há poucas semanas.
Ao analisar a postura do elenco, Edmundo destacou que o Vasco entrega aos jogadores uma estrutura de alto nível, o que aumenta a responsabilidade de cada um. Ele lembrou do peso da camisa vascaína ao citar que os atletas atuam em grandes estádios, contam com torcida presente e têm salários em dia.
“Foi muito isso que o pessoal da organizada quis dizer. Vocês (jogadores) atuam em um gigante, com toda a estrutura, jogam no Maracanã, em São Januário lotado, têm um baita CT, uma torcida que apoia, salário em dia. O que mais falta?”, questionou.
Para o ídolo, quando todas as condições são oferecidas, a cobrança por profissionalismo e intensidade precisa ser maior. Ele entende que a oscilação recente passa mais por atitude do que por questões táticas, reforçando que jogadores precisam reconhecer o tamanho da responsabilidade de representar o Vasco.
Essa crítica toca em pontos historicamente sensíveis no clube: comprometimento, entrega e espírito competitivo. Ao vir de alguém respeitado pela torcida, o discurso ganhou ainda mais repercussão e profundidade.
Declarações públicas de ídolos costumam gerar impacto. No curto prazo, podem aumentar a pressão sobre jogadores, comissão técnica e dirigentes, mas também podem servir como ponto de virada emocional. Para um elenco que tenta reencontrar confiança, ouvir críticas desse peso pode provocar reações positivas ou acelerar ajustes internos.
O momento exige respostas rápidas. A comissão técnica trabalha para retomar a organização e a competitividade, enquanto a diretoria monitora de perto o ambiente, sabendo que as próximas rodadas serão fundamentais para evitar que a crise se agrave. Jogadores mais experientes podem ganhar papel maior nos bastidores para reforçar liderança e cobrança.
Caso o desempenho não melhore, novas medidas podem ser tomadas, desde mudanças no time titular até reavaliações de postura e comportamento dentro do elenco na próxima temporada.









































