Entenda por que Garro não consegue repetir desempenho de 2024 pelo Corinthians | OneFootball

O meio-campista Rodrigo Garro tem sofrido para reencontrar a versão que brilhou em 2024 pelo Corinthians. O argentino passou em branco novamente no último domingo, no empate em 2 a 2 contra o Botafogo, e não conseguiu repetir o desempenho da temporada passada até o momento.

Garro não balança as redes desde o último dia 10 de setembro, enquanto sua última assistência completou um mês nesta terça-feira. Ele já está há quatro partidas sem participar de um gol pelo Timão. No entendimento do técnico Dorival Júnior, porém, o baixo rendimento é um reflexo direto das lesões sofridas pelo camisa 8.

O meia sofreu com uma tendinopatia no joelho direito no início da temporada e disputou a reta final do Campeonato Paulista “no sacrifício”. O meia ficou afastado dos gramados por cerca de dois meses e só voltou a ter sequência no Alvinegro na metade de julho deste ano.

Em meio às tentativas da comissão técnica de dosar a carga de jogos de Garro, o atleta acabou sentindo outra lesão, desta vez de grau 2 na panturrilha direita. A proximidade dos problemas físicos, somada às dores que o camisa 8 ainda diz sentir, tem levado ao baixo rendimento do jogador, segundo Dorival.

“É muito difícil eu fazer um comparativo, já que eu não estava aqui dentro, mas acompanhei de fora. Realmente acontecia isso. Nós não podemos nos esquecer que ele teve praticamente duas lesões muito próximas e muito delicadas, que não são simples do atleta se recuperar e encontrar novamente suas melhores condições”, analisou o comandante.

Para efeito de comparação, Garro soma dois gols e sete assistências em 34 jogos na atual temporada, com quatro jogos ainda por fazer. Já em 2024, o argentino, que ainda vestia a camisa 10, foi um dos principais jogadores do Corinthians, com 13 bolas na rede e 14 passes para gol.

O dilema da comissão técnica com Garro

Em função das lesões sofridas por Garro na temporada, a comissão técnica tem vivido um dilema entre poupar o meio-campista para evitar que as dores se agravem ou utilizá-lo no máximo de partidas possível, uma vez que o argentino precisa de ritmo de jogo para a reta decisiva do ano.

“Vivemos nessa situação. Mantê-lo em campo a todo momento, exigindo o máximo de tempo possível do atleta, de repente desgastando em demasia em razão de ainda não estar totalmente nas suas melhores condições. É um dilema que nós temos que conviver. Acreditando que a qualquer momento um jogador desse nível volte a atuar em suas melhores condições”, explicou Dorival Júnior.

Garro ainda precisa lidar com o curto período de recuperação entre os jogos, já que o calendário do futebol brasileiro, muitas vezes, não dá descanso.

“Ele ainda sente algumas coisas, pelo menos é o que ele relata, e estamos tentando conviver com esse tipo de situação dando a melhor condição possível para que ele esteja recuperado no jogo seguinte. E sempre procurando exigir um pouco mais dele em treinamentos. É até onde nós podemos ir. Depois disso, temos que trabalhar com o tempo, que nem sempre é favorável, mas acreditando que a qualquer momento ele pode estar totalmente em condições”, concluiu Dorival.

Garro reconhece fase ruim

O próprio Rodrigo Garro reconheceu que está abaixo do que já apresentou pelo Corinthians em outros momentos. O meio-campista deu a declaração após a derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, no Mineirão, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“É difícil de falar isso. Quando o Garro joga bem, não acho que sou o melhor. Sei que meu rendimento está abaixo do que posso entregar, mas é futebol. Entendo também a postura da mídia, sei que estou abaixo, mas ainda temos jogos, Copa do Brasil. O importante é como acaba”, disse na zona mista.

Apesar do momento ruim, Garro atingiu uma marca importante pelo Corinthians ao entrar em campo diante do Botafogo. Ele se tornou o argentino com mais jogos na história do Timão, com 97 partidas, e ultrapassou o volante Fausto Vera, que se despediu do clube em junho de 2024.

Números de Garro em 2024 x 2025

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