Ex-Palmeiras, Ruan Santos comenta força de jovens brasileiros no Oriente Médio e se declara ao Verdão: ‘Espaço reservado no coração’ | OneFootball

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·21 March 2025

Ex-Palmeiras, Ruan Santos comenta força de jovens brasileiros no Oriente Médio e se declara ao Verdão: ‘Espaço reservado no coração’

Article image:Ex-Palmeiras, Ruan Santos comenta força de jovens brasileiros no Oriente Médio e se declara ao Verdão: ‘Espaço reservado no coração’

Ruan Santos, campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo Palmeiras em 2022 e 2023 vive outra realidade na atual temporada. Após passagens pelas categorias de base do Cruzeiro e a disputa da Série B pelo Vila Nova, o jovem de 21 anos se aventura no futebol dos Emirados Árabes e gosta do futuro que enxerga no país.

Ao NOSSO PALESTRA, o zagueiro, filho de Narcísio, ex-jogador do Santos e ex-treinador da base do Palmeiras, falou sobre carreira, a crescente do futebol árabe e o efeito ‘Cristiano Ronaldo’ no esporte do Oriente Médio, além de relembrar a vitoriosa passagem pelo Verdão.


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UM NOVO MUNDO

Ruan está no Al-Bataeh, dos Emirados Árabes, desde outubro de 2024, quando deixou o Cruzeiro. Fora do Palmeiras desde 2022, quando trocou o verde pelo azul do Cruzeiro, atuou por dois anos na base da equipe mineira e disputou em 2024 parte do Campeonato Brasileiro da Série B de 2024 pelo Vila Nova, emprestado pela Raposa.

Agora, o zagueiro de 21 anos segue a maré de jovens brasileiros que buscam o futebol no Oriente Médio, fenômeno que cresceu nos últimos anos, principalmente após a Arábia Saudita, país vizinho dos Emirados Árabes investir pesado em infraestrutura e atrair nomes como Cristiano Ronaldo, Benzema e Kanté.

Para Ruan, a adaptação, apesar de desafiante, vem sendo positiva. O jogador conta que o idioma é um fator que muitas vezes pode ser complicado, mas que foi superado rapidamente. Dentro das quatro linhas, o futebol mais tático conhecido no Brasil é substituído pela velocidade, cruzamentos e contato físico.

– Quando eu cheguei aqui, era um novo desafio em todos os aspectos. Tudo foi muito novo para mim, mas consegui me adaptar o mais rápido possível em questão de idioma, de linguagem, e isso tem me ajudado bastante. – O futebol aqui é um pouco diferente, é um futebol mais de contato, é um futebol mais de cruzamentos. Aqui é muita velocidade, muito confronto, mas tenho me adaptado o mais rápido possível, até porque quando eu cheguei aqui eu fiquei um tempo sem jogar, por algumas coisas que estavam acontecendo no clube, e acabei que eu comecei a jogar só no final de dezembro.

Ruan não se sente sozinho no Oriente Médio. Muitos jovens brasileiros migraram ao Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes nos últimos anos. Dentre ex-jogadores do Palmeiras, estão o zagueiro Renan e o atacante Kauan Santos, ambos no Al Ahli, do Catar; o lateral-direito Meloni, Marcus Meloni, no Al Sharjah e na seleção dos Emirados Árabes; e o zagueiro Gabriel Vareta no Al-Fayha, da Arábia Saudita.

Para o jovem, o fenômeno, que pouco era visto dez anos atrás, é fruto da melhoria de infraestrutura e investimentos que o país passa no futebol e na sociedade como um todo – a região sediou a Copa do Mundo de 2022 no Catar e se prepara para a Copa do Mundo de 2034 na Arábia Saudita.

– Antigamente, a gente brincava, que ‘lá deve ser só boca furada’, mas não, aqui está sendo totalmente o contrário. Vejo com meus próprios olhos aqui, depois do movimento que teve na Arábia Saudita, cada vez mais as pessoas estão se orgulhando de vir para cá, querendo vir para cá. – É uma liga que está crescendo muito, é um país excepcional, não tem como falar mal de Emirados Árabes, da Arábia Saudita. É um país de muita segurança, aqui a gente se sente muito seguro, em questão da pressão também é um pouco mais tranquilo.

DE PAI PRA FILHO

A vida na Arábia, no entanto, vem depois de muita estrada no Brasil. Ruan é filho do ex-zagueiro Narciso, de carreira no Santos e com passagem pela Seleção Brasileira. No Palmeiras, o ex-jogador comandou o Sub-20 na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2023. Ali, dez anos antes de Ruan ser campeão da Copinha pelo Verdão, começava a história do jogador com o clube.

– Desde pequenininho acompanhava, ia com ele no treino, ficava sendo o gandula do treino, batendo pênaltis nos goleiros. Sempre foi um carinho que eu tinha desde pequeno. – A relação familiar é de muito carinho, de muito amor, até porque o Palmeiras sem dúvidas faz parte da minha trajetória, da minha vida profissional e da minha vida pessoal, ali eu aprendi coisas tanto futebolisticamente, mas também para ser um homem e agradeço de fundo do coração por tudo que eu passei no clube e meu pai também.

BOM PASSE É TENDÊNCIA?

Ruan chegou ao Palmeiras oficialmente quatro anos após Narcísio, em 2017. Zagueiro de característica de bom passe, relembrou que a característica, tão pedida por Abel Ferreira nos tempos atuais no futebol profissional, vem desde as categorias juvenis. Em 2025, o Verdão vendeu o defensor Vitor Reis, também conhecido pelo bom passe, ao Manchester City por 35 milhões de euros, o que equivale a cerca de R$ 230 milhões, na maior já paga por um defensor brasileiro.

– No Palmeiras você tem que entender que vai dominar o jogo o tempo inteiro. As jogadas começam no zagueiro, então o zagueiro tem que ter um bom passe, bom lançamento, visão de jogo e postura.  Acho que isso você trabalha desde quando você é novo no clube. – O zagueiro não é aquele só que tem que marcar, que tem que defender, que tem que ser agressivo, ele tem que hoje saber jogar com a bola e muito bem para começar a criar jogadas, e acho que esse cenário do futebol está cada vez mais crescendo.

A tendência, que na base palmeirense acontece desde a chegada deRuan, em 2017, virou mantra do time profissional. Micael e Bruno Fuchs, defensores contratados pelo Verdão em 2025, são prova disso. O jovem afirma que muitas vezes os zagueiros são melhores com a bola no pé do que meias.

– Antigamente falavam que se zagueiro fosse bom seria meia, volante, enfim, atacante, mas não, isso tem se tornado o contrário, e muitas vezes tem muitos zagueiros técnicos que são até mais técnicos do que meias. Então você tem que ser aquele zagueiro que você tem que ser técnico, mas também tem que ter a sua tomada de decisão muito rápida.

FUTURO NO PALMEIRAS?

– Um retorno ao Palmeiras é sempre uma porta aberta. Ruan Santos, ao NOSSO PALESTRA

O bom momento pessoal nos Emirados Árabes Unidos reflete no sonho futuro de Ruan. Ele afirmou que vê os próximos passos nos país, mas não descartou um dia retornar ao futebol brasileiro ou rumar para a Europa, sonhos também latentes ao jogador.

– Eu saí do Brasil ainda novo. Estou muito feliz aqui, acho que eu quero construir minha carreira aqui, por ser um país seguro, lindo, tranquilo, estou focado aqui, mas também não descarto alguma possibilidade de voltar para o Brasil ou de ir para a Europa, é um dos sonhos que eu tenho também.

Ruan também reiterou sua prioridade ao Palmeiras no futebol brasileiro e encerrou o papo com o NP com longa declaração ao clube. O zagueiro relembrou as partidas que assistiu no Allianz Parque e o sentimento que tem pelo clube, que definiu como ‘’espaço no coração que ninguém consegue mexer’’.

-Um retorno ao Palmeiras é sempre uma porta aberta. O Palmeiras tem um espaço no meu coração reservado ali e que ninguém consegue mexer, ninguém consegue tocar, aprendi muito no clube e aprendi a amar não só o clube, mas a torcida. Eu ia nos jogos do profissional, fiquei um tempo treinando com o elenco e era excepcional ver os jogos, vi o jogo em camarote, na Mancha Verde, em todas as torcidas que você imaginar.  Acho que essa atmosfera me encanta e sim, eu tenho um sonho ainda de voltar a jogar no Palmeiras.

Durante seus anos no Palmeiras, Ruan Santos, fez parte do elenco do inédito título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, venceu o Campeonato Paulista Sub-20 de 2021 e o Campeonato Brasileiro de 2022, além de títulos de menor expressão.

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