Deus me Dibre
·12 September 2025
Faça o K! Cruzeiro volta a vencer o clássico e avança às semifinais

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·12 September 2025
Cruzeiro e Atlético voltaram a se enfrentar na noite desta quinta-feira (11), em jogo válido pela partida da volta das quartas de final da Copa do Brasil de 2025. Após vencer a partida de ida por 2 a 0, a Raposa de Leonardo Jardim entrava em campo sustentando a vantagem contra o Galo, que vinha com um novo comando técnico: Jorge Sampaoli chegava para tentar melhorar o desempenho do time alvinegro.
O confronto acontece após um longo período de inatividade dos times, por conta da Data FIFA, mas não de inatividade dos atletas, que treinaram ao longo da semana pensando na partida de volta.
Do lado celeste, Fabrício Bruno e Kaio Jorge foram convocados para a Seleção Brasileira, com o atacante ganhando minutos no primeiro jogo da canarinho, mas acabou se lesionando e retornando antes à Toca da Raposa 2, enquanto Fabrício Bruno foi titular em todo o tempo no confronto entre Brasil e Bolívia.
No lado alvinegro, Junior Alonso, convocado para a seleção do Paraguai, atuou apenas no primeiro jogo das eliminatórias, retornando antes à Cidade do Galo por conta de uma suspensão. Já Alan Franco foi titular pela seleção equatoriana no jogo contra a Argentina e chegou apenas na noite desta quarta-feira.
Apesar do mistério por conta da lesão do Kaio Jorge, o atacante se recuperou a tempo de ser relacionado e iniciar a partida como titular no time de Leonardo Jardim. Dessa forma, o 11 inicial do Cruzeiro se manteve aquele sistema tradicional já acostumado pelo torcedor:
Já no lado alvinegro, as dúvidas eram muitas por conta da estreia de Jorge Sampaoli. Várias surpresas no time inicial chamaram a atenção, como o retorno de Lyanco, que vinha de um longo tempo parado por conta de uma lesão, Gabriel Menino e Igor Gomes como titulares e Fausto Vera retornado à equipe titular do Galo. Assim foi o primeiro 11 de Jorge Sampaoli em seu retorno:
O jogo começou no ritmo esperado por parte dos dois clubes. O jogo posicional do Atlético era visível, com uma linha de três e dois alas esperando pra tocar a bola. No lado contrário, o Cruzeiro utilizava o jogo vertical pra atacar com muita velocidade e explorando os espaços deixados. Não demorou muito pra que o ataque cruzeirense, mostrando toda sua força, fizesse valer a boa fase: William levantou na área, Fabrício Bruno cabeceou em direção ao gol e Kaio Jorge, caindo, empurrou pro fundo do gol aos 5 minutos. Cruzeiro 1 a 0 Atlético.
Após o gol, o jogo tomou outro ritmo, com muitas faltas e lances de disputas mais pesadas, o que complicava a arbitragem de Rafael Klein. O Atlético se lançava ao ataque tentando trocar mais passes e levar mais jogadores à frente. O Cruzeiro, com pouca posse de bola, apostava mais nos lançamentos rápidos e longos.
O excesso de faltas fez com que ambos os times ficassem mais ansiosos e nervosos, com os lances faltosos mais ríspidos e as primeiras aplicações de cartões amarelos: Wanderson foi amarelado após falta em Hulk, impedindo contra-ataque, enquanto o mesmo Hulk também recebeu cartão, mas por uma discussão com Fabrício Bruno.
Com a bola rolando, o lado esquerdo do Atlético, com infiltrações do Arena pelo meio e a aproximação de Igor Gomes, era a arma mais utilizada, mas com pouca eficiência por conta da marcação em cima dos beiradas. Já o Cruzeiro tentava, pelo meio, construir algumas jogadas, mas parava na marcação mais pesada. O Atlético mantinha quase 70% da posse de bola a partir da metade final da primeira etapa, mas não conseguia finalizar a gol, enquanto o Cruzeiro, com menos posse, levava mais perigo ao gol de Everson.
As melhores chances alvinegras vinham de bolas paradas, em cobranças de escanteio ou jogadas ensaiadas a partir delas, mas Cássio saia nas bolas com segurança para rebater. Com o jogo mais controlado, o Cruzeiro subiu suas linhas pra pressionar a saída trabalhada de Sampaoli, forçando o Atlético ao erro, mas não conseguiu aproveitar os momentos em que teve o controle da bola para criar chances melhores.
Com 5 minutos de acréscimo no placar, o Atlético seguia mantendo a posse de bola e a troca de passes em busca do melhor espaço para atacar, quase sempre pelo seu lado esquerdo do campo. A marcação seguia sendo a grande marca da partida no primeiro tempo, com muitas disputas de bola e duelos pela posse limpa. Sem chances claras, o primeiro tempo terminou com 1 a 0 para a Raposa no placar.
Para a etapa final, uma alteração do lado do Galo: Rony, atacante, entrou em campo no lugar de Gabriel Menino. O objetivo de Sampaoli era preencher mais o ataque e aproveitar a posse de bola para levar mais perigo ao gol de Cássio. O Cruzeiro voltou a campo com o mesmo time que começou a partida, como de praxe do técnico Leonardo Jardim.
O Cruzeiro voltou do intervalo mantendo uma postura bem parecida com a do início do jogo, com a bola no pé e no toque rápido, buscava levar perigo ao Everson, que em um grande chute de Romero, fez uma grande defesa. Mas na cobrança de escanteio, aos 4 minutos da etapa final, não deu para o Atlético: Matheus Pereira Cruzeiro, a bola rebatida sobrou para William, que finalizou e viu Kaio Jorge desviar para o fundo das redes. Cruzeiro 2 a 0 Atlético. No agregado dos confrontos, 4 a 0 para a Raposa.
Com muita discussão em campo, o jogo voltou a ficar muito pegado pouco antes da metade da etapa final. Com o Atlético forçando passes para chegar ao ataque com mais volume, o Cruzeiro usava das faltas para parar os lances ainda na intermediária. Cuello, agora na lateral direita, pouco participava. O Atlético usava o cruzamento na área para tentar levar perigo, enquanto o Cruzeiro seguia na tentativa de um jogo direto e mais rápido para atacar. Hulk chegou a ter boa falta na entrada da área para tentar diminuir o placar, mas acabou por mandar a bola por cima do gol.
As primeiras mudanças no Cruzeiro aconteceram aos 20 minutos do segundo tempo: Matheus Henrique e Gabigol entraram em campo, nos lugares de Wanderson e Kaio Jorge, respectivamente. A melhor oportunidade do Atlético na partida, até então, veio após uma cobrança de falta de Gustavo Scarpa, quando a bola sobra pra Hulk, que bate e acerta o travessão.
Voltando a pressionar a saída do Atlético, o Cruzeiro forçava seu rival ao erro e começar a levar mais perigo ao gol de Everson, com boas inversões e perigo nas bolas paradas. Jardim fez nova substituição aos 32 minutos, com a entrada de Sinisterra no lugar de Christian. Sampaoli respondeu com duas outras mudanças, saindo Igor Gomes e Cuello, para a entrada de Alan Franco e Reinier, respectivamente.
Cadenciando mais a partida, o Cruzeiro controlava o jogo e determinava o ritmo, enquanto o Atlético, por conta do desespero e da ansiedade, não conseguia criar boas jogadas de ataque. Jardim ainda queimou mais minutos com suas últimas substituições: Wallace e Eduardo entraram para dar mais vigor físico ao time – Lucas Silva e Matheus Pereira deixaram o campo – e tentar criar jogadas para ampliar o placar.
Já nos acréscimos, Guilherme Arana não gostou de uma entrada de Matheus Henrique e partiu pra cima do volante celeste, recebendo o cartão vermelho de Rafael Klein e deixando o Atlético com um a menos nos últimos minutos. E esse foi o último ato do clássico, com vitória do Cruzeiro.
O clássico também marcou o recorde de público no novo Mineirão, com 61.584 torcedores do Cruzeiro e uma renda de R$ 6.487.220,04.
Agora a Copa do Brasil volta apenas após o fim do Campeonato Brasileiro. Com mudanças no calendário, promovidos pela CBF, tanto as semifinais quanto as finais só serão disputadas no mês de dezembro e o chaveamento já está definido, com o Cruzeiro enfrentando o Corinthians, que eliminou o Athletico-PR.
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