FC Porto amortizou 26 milhões de euros de factoring dos direitos televisivos | OneFootball

O FC Porto informou o mercado financeiro que procedeu ao reembolso de mais 26 milhões de euros associados ao financiamento ligado ao contrato de direitos televisivos. Esta operação antecipa para janeiro de 2026 a receção direta das verbas das transmissões dos seus jogos — dois anos antes do previsto — e permitirá poupar vários milhões em encargos com juros.

Desde o início do ano, a SAD, liderada por André Villas-Boas, já tinha amortizado 52 M€ no âmbito deste contrato: 16 M€ em janeiro, 10 M€ em abril e agora mais 26 M€. O acordo com a Altice (atualmente MEO), assinado até junho de 2028, tinha sido objecto de uma antecipação de receitas em fevereiro de 2024 pela administração anterior, cedendo créditos à Sagasta (através da Apollo), o que fez com que a MEO passasse a pagar diretamente a essa entidade financeira até dezembro de 2027.

Com os reembolsos efectuados em 2025, o contrato fica liberto a partir de janeiro de 2026, altura em que o FC Porto retomará a recepção directa das receitas pagas pela MEO — montantes que, segundo O JOGO, serão utilizados para cobrir despesa corrente, salários e pagamentos a fornecedores. Na prática, a SAD assegura dois anos e meio de receitas líquidas em dinheiro, em vez de apenas o último meio ano do contrato.

Segundo a administração financeira, liderada por José Pereira da Costa, esta operação permitirá uma poupança aproximada de seis milhões de euros em juros, dado que o financiamento tinha uma taxa na ordem dos 11%. A manobra insere-se na estratégia da SAD de substituir dívida mais onerosa por outra mais barata.