Fernando Saul e o processo ganho ao FC Porto: “Queria dizer que não é contra o FC Porto. Eu trabalhei 26 anos no FC Porto” | OneFootball

Durante a 18.ª sessão do julgamento da Operação Pretoriano, realizada esta quarta-feira no Tribunal de São João Novo, no Porto, Fernando Saul discutiu o processo judicial que moveu contra o FC Porto, o qual venceu, com o Tribunal de Trabalho a condenar o clube a pagar 80 mil euros, acrescidos de juros, ao ex-Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA).

“Em primeiro lugar, gostaria de afirmar que não é contra o FC Porto. Trabalhei 26 anos no clube, fui despedido pela direção anterior, com a qual cheguei a um acordo que a nova direção não respeitou, o que lamento. Para defender os meus direitos, após 26 anos de serviço, tive de recorrer ao tribunal, e estou satisfeito por se ter feito justiça”, confessou o arguido na Operação Pretoriano.

“Sinto-me triste por ter chegado a este ponto, pois não era necessário. As pessoas que estão atualmente na direção conhecem-me bem, especialmente o presidente. Ele sabe o que fiz pelo FC Porto, o trabalho que realizei com ele quando era treinador. Fico triste, mas não deixo de ser portista por causa disso”, acrescentou Fernando Saul, referindo-se a André Villas-Boas.

Havia um acordo que não foi cumprido. Acha que faltou a palavra do que foi acordado? Eu fiz um acordo, que foi assinado e que previa três prestações. A primeira foi paga, mas as seguintes não o foram, e tive de recorrer ao tribunal após tentativas de receber e me dizerem que não pagariam, por isso fui ao tribunal para reivindicar o que era meu por direito.

Quanto à possibilidade de o FC Porto recorrer da decisão, Fernando Saul não se mostra preocupado: “Não sei, isso não me diz respeito. Estou contente porque se fez justiça, que é o que mais me interessa. Se decidirem recorrer, que o façam, mas acredito que a justiça prevalecerá, seja hoje, amanhã ou depois. Se me darão razão? Sim, como o Tribunal de Trabalho já fez.”

Por fim, como ex-Oficial de Ligação aos Adeptos, Fernando Saul foi questionado sobre a emboscada realizada, em Lisboa, por adeptos do Sporting a membros dos Super Dragões. “Fiquei muito triste, pois são situações que devem ser erradicadas do futebol. Felizmente, ao longo de 20 anos como OLA, nunca tive um caso tão grave como o de ontem. É necessário erradicar este tipo de situações, e as autoridades devem tomar as devidas medidas, pois não se pode permitir que ocorram mais incidentes como o de ontem”, concluiu.