Final da Taça manchada: VAR assumiu erro e calou-se | OneFootball

O lance entre Matheus Reis e Andrea Belotti na final da Taça de Portugal valeu ao jogador do Sporting um castigo de cinco jogos. Mas o mais grave não é a suspensão, é o que se passou na sala do VAR e que está agora detalhado no acórdão. Ali se lê que todos os árbitros foram unânimes em considerar a agressão como conduta violenta. E mesmo assim… nada foi assinalado no momento.

O árbitro principal, Luís Godinho, não teve conhecimento do lance. Porquê? Porque o VAR, Tiago Martins, depois de inicialmente achar que o lance tinha sido “sem querer”, acabou por mudar de ideias ao ver um novo ângulo:

“Isto é vermelho, isto é vermelho, eu vou chamar”, disse. Mas o que se seguiu na VOR é surreal: um debate entre Tiago Martins e os assistentes Vasco Santos e Sérgio Jesus sobre se ainda poderiam ou não intervir, dado que o jogo já tinha sido reiniciado. Resultado? O VAR acabou por recuar:

“Ok, tudo bem, vá, siga.”

Assumiram o erro. Mas fica a dúvida: esta explicação serve para manter Tiago Martins como responsável de VAR? A culpa agora é dos assistentes? Se esta versão for verdadeira, então é ainda mais grave, porque demonstra que nem uma equipa de VAR consegue liderar. O que se exige agora é simples: divulguem os áudios. Que todos possam ouvir como se destrói a verdade desportiva num estúdio com ecrãs e silêncio.

O Benfica perdeu a final da Taça. E não foram cinco jogos de castigo ao Matheus Reis que devolveram o troféu que foi para Alvalade. Admite-se o erro, mas o estrago está feito. E esta arbitragem, ainda para mais com recursos tecnológicos, não é um erro: é uma mancha.