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·8 October 2025

Hossam Hassan: o goleador que agora faz história como técnico do Egito

Article image:Hossam Hassan: o goleador que agora faz história como técnico do Egito

Mohamed Salah destacou-se na qualificação egípcia para o Mundial, e com mérito: é a principal referência em campo e marcou dois golos na vitória que garantiu o lugar, contra Djibouti.

Hossam Hassan, porém, tem o seu nome na história: ainda detém um feito que Salah não alcançou e tornou-se hoje o primeiro egípcio a levar o país a um Campeonato do Mundo como jogador e treinador.


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Esta será a quarta participação dos egípcios na maior prova de seleções. A primeira foi em 1934, com apenas um jogo: eliminação pela Hungria, por 4-2. Depois disso, apenas em 1990 e 2018.

Hassan jogou os 90 minutos dos três jogos do Egito no Italia90, onde coincidiu com o seu irmão gémeo, Ibrahim Hassan.

O primeiro Faraó do futebol

Três décadas antes de Mohamed Salah se tornar o símbolo global do futebol egípcio, o primeiro Faraó do futebol local já abria o caminho das pirâmides para o sucesso. Hossam Hassan nasceu em 10 de agosto de 1966 em Cairo.

Começou nas categorias de base do Al Ahly com o irmão gémeo, Ibrahim Hassan, que era lateral direito. Juntos, dominaram o futebol egípcio e conquistaram também a Liga dos Campeões Africanos, num momento em que o Al Ahly ainda não tinha a hegemonia de hoje no continente (os primeiros títulos surgiram justamente na década de 1980).

Hossam estreou-se primeiro pela seleção, em 1985, e em 1988 juntou-se o irmão. Se no futebol de clubes acabaram separados, na seleção jogaram juntos por 13 anos.

No dia 17 de novembro de 1989, o Egito recebeu a Argélia na Cidade do Cairo num jogo que decidiria quem disputaria o Campeonato do Mundo do ano seguinte. A partida ficou marcada de forma negativa como O Jogo do Ódio.

A rivalidade entre os dois países é antiga. Tudo começou na década de 1950, quando algumas seleções africanas e de países árabes realizaram amigáveis em solidariedade à causa libertária da Argélia, desafiando a FIFA. O Egito, que acolheu a sede da Confederação Africana de Futebol no Cairo, para não se indispor com o órgão, recusou-se a jogar.

Regressando a 1989, a Argélia era considerada a favorita, já que havia disputado o campeonato anterior e terminado em terceiro na CAN de 1988. E mais: avançariam para o Mundial de 1990 em caso de empate.

As confusões começaram desde o desembarque dos argelinos na capital egípcia, seguiram durante o jogo e terminaram em briga até no hotel da delegação, com acusação de que um jogador argelino teria cegado um egípcio. Antes disso, o Estádio do Cairo, que recebeu quase 100 mil pessoas, viu o suspense do jogo terminar cedo.

Aos quatro minutos, Hossam Hassan aproveitou um cruzamento da esquerda e surgiu como um raio na área para desviar de cabeça e abrir o marcador. Foi o único golo do jogo, que terminou com confusão entre jogadores e arbitragem, mas com lugar no Campeonato do Mundo para o Egito.

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