Leonino
·14 December 2024
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João Pereira continua a enfrentar muitas críticas desde que assumiu o cargo de novo treinador do Sporting. A comunicação do substituto de Ruben Amorim também tem sido alvo de contestação. Sérgio Krithinas, diretor executivo do jornal Record, refere que os discursos do técnico não têm surtido efeito.
“Os resultados são, de forma inegável, o principal critério de avaliação para treinadores de clubes grandes como o Sporting. Apesar de outros fatores, como o desenvolvimento de jogadores e a união da equipa, terem a sua importância, ficam em segundo plano se o treinador não apresentar vitórias. Em clubes desse porte, a exigência é imediata, e o sucesso é medido quase exclusivamente pelos números no marcador. Sem isso, qualquer outro mérito tende a ser desvalorizado", disse, ao diário desportivo.
“Há uma diferença clara entre o trabalho nas categorias de formação e no comando de uma equipa principal. Em equipas B ou sub-23, o objetivo não é apenas vencer, mas preparar os jogadores para desafios maiores na equipa principal. Contudo, ao assumir um clube grande, essa dinâmica muda. O treinador passa a ser avaliado quase exclusivamente pelos resultados obtidos a curto prazo", acrescentou.
“O discurso de João Pereira, ao minimizar a importância dos resultados, foi considerado infeliz, especialmente num momento de má fase. Após derrotas consecutivas, sugerir que outros aspetos são mais importantes do que vencer soa desajustado. Em contextos assim, os adeptos querem respostas concretas e esperam uma mudança imediata. Justificar os fracassos, mesmo que parcialmente, não ressoa bem entre adeptos exigentes", admitiu.
“Portanto, para um treinador em situação como a de João Pereira, o ideal seria um discurso que reconhecesse a importância dos resultados. Ao mesmo tempo, poderia destacar outros valores, mas sem deixar de reafirmar que vencer é essencial. Sem resultados positivos, é impossível avançar ou consolidar qualquer outro mérito. Afinal, em clubes grandes, os adeptos querem conquistas no presente e não apenas promessas de futuro”, concluiu Sérgio Krithinas.