
Gazeta Esportiva.com
·12 March 2025
Leila Pereira rebate atletas que se manifestaram contra o sintético: “Já deveriam ter parado de jogar”

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·12 March 2025
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, marcou presença no Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta quarta-feira, junto com dirigentes dos outros 19 clubes da Série A. Após a reunião, a dirigente comentou sobre a polêmica gramado natural x gramado sintético e rebateu atletas que se manifestaram contra este último.
Na reunião, foi apresentado um estudo pelo doutro Jorge Pagura, chefe da comissão médica da entidade. Leila Pereira se colocou aberta à discussão sobre a qualidade dos gramados e “criticou” a comparação que fazem com a proibição dos sintéticos em países da Europa.
“Foi falado sobre o gramado sintético, o Dr. Pagura fez uma bela apresentação, um estudo que a CBF fez sobre a diferença de um gramado para outro. E, concluindo, não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta. Mas não houve votação se fica ou sai ou ou gramado sintético”, disse Leila ao SporTV.
“Então, a gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o o natural e sim a qualidade dos gramados. E normalmente os atletas que reclamam são atletas mais velhos, que eu até compreendo que eles querem prolongar ainda mais a vida profissional deles, então que eles acham que isso pode encurtar a vida útil deles como atleta, mas normalmente são atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol, ao invés de ficar reclamando do gramado. Levando em conta que no Brasil, a realidade é outra. Se os gramados europeus são tão bons, ótimo. Fiquem lá, não venham para cá”, declarou a dirigente.
No mês passado, um grupo de atletas brasileiros contestaram o uso do gramado sintético e publicaram nas redes sociais um manifesto contra o uso desse tipo e material. Entre eles estão Neymar (Santos), Gabigol (Cruzeiro), Dudu (Cruzeiro), Lucas Moura (São Paulo), Thiago Silva (Fluminense), Alan Patrick (Internacional) e Philippe Coutinho (Vasco),
“Houve um compromisso da do Conselho Nacional de Clubes, se aprofundar nesse assunto e chegar à uma conclusão em que todos os clubes sejam atendidos, porque o problema é o seguinte: não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira. É muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais e esburacados. Isso é uma coisa óbvia”, concluiu Leila Pereira.
O Palmeiras é um dos clubes da Série A do Brasileirão que utiliza o sintético, no Allianz Parque, desde 2020. Outro time que também instalou o material foi o Botafogo, no Nilton Santos. Na Série B, a Ligga Arena, do Athletico-PR, também conta com a grama sintética. Além disso, o estádio do Pacaembu, na capital paulista, também reabriu após um período de reforma com um campo artificial.