'LIVRE' DO TRANSFER BAN, SÃO PAULO FALA EM REPOSIÇÃO PARA ANDRÉ SILVA. MAS NÃO SABE COMO E NEM ONDE PROCURAR | OneFootball

Atacante pode desfalcar o Tricolor pelo restante da temporada (Ricardo Moreira/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

Tão logo apareceu a notícia de que André Silva sofrera uma grave contusão que pode lhe tirar de todo o restante da temporada, o pensamento lógico interno no São Paulo foi o de contratar uma reposição. A ideia é até lógica visto que além do camisa 17, outros dois centroavantes do clube estão entregues ao departamento médico com problemas no joelho: Calleri e Ryan Francisco.

Entretanto, acreditem, esse não é o único desafio enfrentado pelos dirigentes são-paulinos. Com teto de gastos e limite orçamentário, o Tricolor não sabe como sair ao mercado atrás de um nome para reforçar suas fileiras, conforme apurou o AVANTE MEU TRICOLOR.

O desafio é lógico. Ainda no primeiro semestre, quando Calleri se tornou desfalque e corria o risco de perder toda a temporada após passar por cirurgia, o São Paulo sondou pelo menos três opções antes de fechar com Juan Dinneno, argentino que estava sem espaço no Cruzeiro e que só veio por ser uma transferência sem custos para sua aquisição (e com outras despesas 'no precinho').

O problema, para os são-paulinos, é que opções no mercado que estavam disponíveis, ou seja, livres de contratos e que poderiam chegar de forma gratuita, já acertaram com outros clubes. Um exemplo é Carlos Vinícius, centroavante rodado na Europa e que não abaixou a pedida salarial do jeito que o clube queria, mesmo com a ajuda de Lucas Moura nas tratativas. Acabou indo parar no Grêmio.

À reportagem, fontes do CT da Barra Funda indicam que a busca será por nomes de divisões inferiores ou que estejam sem espaço nos seus times, abrindo brecha para uma negociação por empréstimo.

Seja como for, será uma corrida contra o tempo, já que a janela de transferências se encerra no dia 2 de setembro.

Nesta terça-feira (26), acompanhado pelo médico do clube, Ricardo Galotti, André Silva passará por uma consulta com Moisés Cohen, consultor médico do Tricolor, quando haverá a definição da conduta de tratamento.

O atacante deve iniciar processo de recuperação conservador e, nos próximos dias, dependendo de como o seu quadro evoluirá, positiva ou negativamente, é que será decidido o descarte definitivo da cirurgia.

O período de recuperação para lesões desse tipo, sem passar por uma operação médica, pode variar entre quatro e 12 semanas, complicando de vez a vida do técnico Hernán Crespo, que vê a terceira opção de peça para o setor ir parar no .

Antes de André Silva, os centroavantes Calleri e Ryan Francisco já estavam entregues ao departamento médico, se recuperando de cirurgias que fizeram no decorrer do ano. Dos dois, o fio de esperança para um retorno nesta temporada é do veterano argentino, que já trabalha no campo do CT da Barra Funda com a fisioterapia.

Para escalar o ataque, como centroavante nato, Crespo conta com o conterrâneo Dinneno, nome que chegou do Cruzeiro ainda quando o treinador era Luis Zubeldía, que inclusive o indicou ao Tricolor (fato, aliás, que pode contribuir para sua baixa utilização com o novo comandante).