AVANTE MEU TRICOLOR
·28 November 2025
MAIS UM DESABAFO! Crespo também solta o verbo após vexame: “Vamos ver se o que me prometeram vai se confirmar”

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·28 November 2025

Sim, nós sabemos, as entrevistas coletivas de Hernán Crespo se tornaram, uma verdadeira sessão de terapia, mais para o treinador, tentando encontrar explicações e soluções para o segundo semestre traumático, motivado por um elenco em frangalhos com o acúmulo de contusões.
Mas, claro, a expectativa era acima do normal pelas falas do argentino após o São Paulo sofrer, em 95 anos de história, apenas a TERCEIRA derrota por mais de cinco gols de diferença.
Talvez a expectativa fosse tamanha que o próprio clube se preveniu. Pela primeira vez nesse Campeonato Brasileiro, por decisão própria e não por problemas técnicos, decidiu não transmitir a entrevista coletiva. São mais de meia noite, aliás, e nem sequer o vídeo foi upado.
Tudo bem, entendemos… Afinal a profecia se fez como previsto. E Crespo mais uma vez não usou meio termos para tentar justificar o injustificável. A coisa vai além. O treinador tinha até um certo semblante leve. Afinal, ele foi uma voz destoante da falta de crença pela classificação à Copa Libertadores. E agora, como o fundo do poço chegou, ele pode fazer com tranquilidade e sobriedade o que faz de melhor: cobrar a incompetente diretoria, percebendo que talvez não sejam lá tão confiáveis.
“Eu cheguei aqui com um sentimento, eu tenho muito carinho e sentimento pelo São Paulo e pela torcida, então é difícil falar. A torcida não merece passar por essas coisas, mas está acontecendo e precisamos colocar a cara. Eu sabia que podia acontecer tudo isso e para nós continua igual, se não teria ficado em casa. Sabemos que temos que mudar muito, quero fazer parte disso e vou confiar, vamos ver se as palavras que me falaram em julho vão ser confirmadas, tenho que pensar no planejamento agora, o planejamento é um papel, temos que fazer”, disse.
Evidentemente, como não houve a divulgação por parte do clube da entrevista, essas aspas que vocês estão lendo são de colegas de outros veículos, deixando aqui o registro.
“No dia a dia vamos trabalhar, mas se não tiver uma mudança muito grande, eu vou ser contente com um passo, mas para ser grande precisa de uns 20 passos. Assim não vamos para frente, agora o que acontece é confiar, participar do planejamento e ver se vai dar certo, esperar que dê, se não o São Paulo continua sempre, pode ser com outro (técnico), o São Paulo é muito grande. Eu quero participar disso, sabemos que não vamos dar os 20 passos, trabalho com a realidade, mas se está acontecendo o que está acontecendo é porque merecemos. Agora é trabalhar para ficarmos em oitavo e torcer para Cruzeiro ou Fluminense ganharem a Copa do Brasil”, completou.
Com 15 desfalques, sendo 13 lesões e duas suspensões, Crespo nem teve o que justificar sobre o jogo. Convenhamos, não havia o menor clima para isso. Restou ao óbvio, escancarar os bastidores. E mostrar que existe sim, por parte dele, comprometimento para a reestruturação no ano que vem.
“Não merecíamos passar por isso, a torcida não merecia. Não podemos jogar, encontramos um time que teve um pênalti, fez um gol na primeira chegada e a gente não podia fazer nada. Eles jogaram bem e aconteceu o que aconteceu, foi a tempestade perfeita. Agora o que vai acontecer, um resultado como o de hoje pode acelerar as coisas, o planejamento para o ano que vem, temos muitas coisas a melhorar, já elencamos”, afirmou.
“A diretoria falou para mim desde que cheguei que não tinha dinheiro, que não iam contratar e que tínhamos que nos salvar. Estamos planejando o futuro, mas tenho que ver claro o que podemos fazer, as ideias eu tenho claras, estou confiando no que eles falaram, que até dezembro não teria dinheiro e que de repente em janeiro as coisas podem melhorar”, apontou.
Antes que as especulações tomem conta de vez do noticiário, como tinha se tornado recorrente até algumas semanas atrás, o treinador, que tem contrato até o fim de 2026, já se antecipou e disse que “quer ser parte da solução” do São Paulo.
“A ideia é continuar e planejar o futuro, pois tenho que acreditar e confiar, pois quero o melhor para o São Paulo e acho que posso fazer parte e ser solução. Confiar que as coisas vão acontecer, então faz parte da minha vida, não tenho como explicar porque tenho tanto amor pelo São Paulo, mas é assim e tento ajudar. Quando a diretoria achar que eu não posso ajudar, vou sair ou vou ser demitido pela segunda vez do São Paulo (risos). Como jogador, eu fui assim, tentei ganhar em todos os lados e como técnico fui assim também, fui um dos poucos que ganhou em três continentes diferentes, então posso ser parte da solução. Neste momento, a ideia é reconstruir. Estou falando há muitas coletivas sobre a necessidade de mudanças, pois seria fácil só falar depois de uma goleada dessa, mas a realidade do São Paulo atual é essa, precisa melhorar”, disse.
“O torcedor ficará sempre aqui, eu sou só um estrangeiro que aprendeu a amar o São Paulo e topou colocar a cara para ajudar o clube, esperando que sejamos a solução. A ideia é aproveitar os anos que tenho de carreira para ajudar, o caminho é claro, a ideia é acompanhar a mudança profunda que precisa ser feita. Estamos falando da próxima temporada que já começa em um mês, talvez não vai acontecer profundamente, mas começamos a fazer um passo de cada vez, temos 20 passos para a história de verdade do São Paulo. O carinho da torcida talvez venha, pois eu falo a realidade, eu não vou mentir, não sei mentir, mesmo quando começamos a ganhar em sequência eu falei de manter os pés no chão, a realidade é essa aqui”, concluiu.









































