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·4 June 2025

Mário esclarece polêmica com Nacional-URU: “Nunca fizemos negócio com eles”

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Presidente do Fluminense rebate acusação de dirigente uruguaio e explica como funciona o mercado de transferências

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, esclareceu nesta terça-feira a polêmica declaração de um dirigente do Nacional, do Uruguai, que afirmou durante conversas envolvendo Nico Lopes que “o Flu não está pagando os clubes”. Em participação no podcast “Setor Sul”, o mandatário tricolor resposdeu a um torcedor e revelou que a acusação não tinha fundamento e explicou os bastidores da situação.

Conferência interna comprovou regularidade

Após tomar conhecimento da declaração através da assessoria de comunicação do clube, Mário Bittencourt foi pessoalmente ao setor financeiro verificar a situação das pendências com clubes uruguaios.


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“Eu obviamente pensei que só podia ter sido algum clube do Uruguai. Então fui lá perguntar sobre os dois jogadores que compramos de lá: Lavega e Bernal”, explicou o presidente. “O pessoal do financeiro me disse: ‘Não, presidente, no início conversamos com eles, teve aquele reparcelamento e estamos com as parcelas todas em dia. A próxima parcela vence só em agosto dos dois clubes’.”

Bittencourt então entrou em contato telefônico com o dirigente do Nacional para esclarecer a situação. Durante a conversa, ficou evidente que a declaração não tinha base factual.

“Quando falei com ele, ele disse: ‘Não, os clubes brasileiros são assim’. Eu respondi: ‘Sim, meu caro, mas eu nunca fiz um negócio com o Nacional do Uruguai, nunca comprei um jogador de vocês na minha gestão'”, relatou Mário.

O dirigente uruguaio então admitiu que fez o comentário porque “precisava de dinheiro à vista” para suas operações. Mário rebateu: “Nenhum clube no mundo compra jogador à vista, meu caro.”

Como funciona o mercado de transferências

O presidente tricolor aproveitou para explicar como realmente funcionam as negociações no futebol, citando exemplos concretos da gestão atual.

“As parcelas da compra do Canobbio e do Hércules tinham uma primeira parcela num valor porque contávamos que íamos receber parte da premiação da FIFA do Mundial entre março e abril. Eles informaram que só vão começar a pagar agora no início da competição”, revelou.

Diante da situação, Mário adotou a transparência como solução: “Peguei o telefone, liguei pro presidente do Fortaleza, pro presidente do Atlético Paranaense, falei: ‘Cara, posso fracionar a primeira parcela em três meses?’ O cara falou: ‘Pode’, e a gente está cumprindo.”

Crítica aos clubes que gastam além das possibilidades

Bittencourt aproveitou para criticar clubes que fazem contratações acima de suas condições financeiras e defendeu maior transparência nas negociações.

“Tem uns que contratam acima do que podem pagar, inclusive reparcelar. Aí explode, quebra, não tem jeito. A gente compra dentro das nossas condições”, afirmou.

O presidente também criticou a prática de alguns clubes que fazem grandes investimentos sem ter o dinheiro disponível: “Às vezes a gente ouve comentário de que a janela do clube tal foi muito melhor que a do Fluminense. Três meses depois você vê que a janela do clube tal não pagou ninguém. Aí eu chamo de comprar jogador com dinheiro do banco imobiliário.”

Defesa do fair play financeiro

Por fim, Mário Bittencourt reforçou sua defesa da implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro, argumentando que isso traria mais equilíbrio às competições.

“Por isso que eu defendo o fair play financeiro. São vários cavalinhos que começam a corrida, só que tem dois, três que faturam o dobro, às vezes o triplo ou o quádruplo do que a maioria dos outros”, concluiu.

O caso serve como exemplo de como declarações sem fundamento podem gerar polêmicas desnecessárias no futebol, reforçando a importância da transparência e do diálogo entre os clubes.

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