Mauro Cezar discorda de necessidade de 'liberdade' citada por Boto na formação de jovens | OneFootball

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·31 December 2024

Mauro Cezar discorda de necessidade de 'liberdade' citada por Boto na formação de jovens

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Apresentado oficialmente nessa segunda (30), José Boto criticou em coletiva o trabalho que tem sido feito no Brasil quanto a formação de atletas. O português afirmou que tem de ser dado mais liberdade para os jovens e que o país errou em tentar copiar a Europa. Mauro Cezar Pereira criticou a fala do novo dirigente rubro-negro.

Primeiramente, o jornalista aponta como um erro a fala de José Boto quanto a cópia de métodos da Europa e aponta que, na verdade, o Brasil sofre com defasagem de trabalha.


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"José Boto foi bem preparado, devidamente orientado para a coletiva. E se saiu bem na 'estreia'. Só discordo dessa história de “imitar europeus” atrapalhou o futebol brasileiro. A defasagem aqui é enorme, em relação à Europa especialmente. A maior prova disso é que depois de técnicos, temos diretor de futebol estrangeiro por aqui. Ele mesmo, Boto", disparou MCP.

Segundo o dirigente português, o Brasil é o maior formador de craques do mundo, mas, ao tentar copiar o modelo de base do futebol europeu, regrediu. Dessa forma, Boto afirmou que terá como tarefa resgatar esses "métodos do passado" na formação de atletas brasileiros, no Flamengo.

"Eu tenho uma ideia de que o Brasil foi buscar muita coisa do que se faz na Europa. E na Europa nós viemos buscar coisas boas que vocês fizeram na base. A chegada de técnicos estrangeiros no profissional pode ter dado um rigor mais tático para o jogo, mas replicar isso na base é um erro. Vocês são os melhores formadores de jogadores de todos os tempos, e parecem que querem fazer jogadores como na Europa, e isso é um erro", disse Boto.

Ainda em cima do assunto, Mauro Cezar foi contra a tal "liberdade" para atletas da base, sob fala de Boto que o Brasil deveria voltar aos métodos do passado em que não se apegava muito na tática, mas no talento do atleta.

"Há uma diferença entre jogar bola e jogar futebol. “Ah, mas os técnicos da base tiram a liberdade do jogador que quer driblar”, dizem. Tiram? Talvez em alguns casos, sim, mas não venham generalizar. Tudo depende do contexto. Driblar em que setor do campo? Em que momento do jogo? Se quiser jogar futebol, tem que saber onde, em que parte do gramado e quando utilizar o recurso. E por aí vai", definiu o jornalista.

"Desde novos todos precisam aprender domínio, passe, posicionamento, saída de bola, pressão na saída de bola adversária, etc. O drible, a jogada individual é o recurso natural que o jovem precisa saber usar, como, quando e onde. Assim serão formados jogadores, assim se prepara um jovem para que se torne jogador de futebol, não de football freestyle", concluiu.

Boto citou o DNA do Brasil para justificar sua analise e avaliou que estamos mal, enquanto não voltarmos para trás aos "reios".

"Então acho que há de se voltar um pouco para trás, aquilo que foram reios e fundamentos do futebol brasileiro, voltar a dar liberdade para os jovens atletas de errarem, de experimentarem, de não estarem errados a sistemas táticos, pois a partir de uma certa altura vão ter tempo pra isso. Isso muda a forma como se forma jogadores no Brasil. Vocês estavam bem, foram copiar a Europa e neste momento estão mal", declarou Boto.

Apesar do discurso e da análise, a base do Flamengo não será liderada por Boto, embora, claro, terá influência no setor. Para a posição, o Rubro-Negro tentará uma última cartada por JP Sampaio, do Palmeiras.

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