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·16 October 2025

Membros do CORI e outros órgãos do Corinthians podem ser investigados pelo MP

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O Ministério Público de São Paulo denunciou nesta quarta-feira o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e o superintendente financeiro, Roberto Gavioli, por três crimes relacionados a gastos irregulares com cartões corporativos do clube. A promotoria, entretanto, não fechou as portas para a possibilidade de investigar outros membros de órgãos internos do Timão, como o Conselho de Orientação (CORI) e o Conselho Fiscal, além da própria diretoria financeira.

Andrés Sanchez e Roberto Gavioli foram denunciados pelos crimes de apropriação indébita agravada continuada, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário, cometidos durante o último mandato do ex-presidente, entre 2018 e 2020.


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Com juros e correção monetária, os gastos irregulares nos cartões corporativos do Corinthians na gestão de Andrés Sanchez chegam a R$ 480 mil, valor que o MP-SP exige que seja ressarcido pelo ex-presidente e por Roberto Gavioli, além do pagamento de 75% desse valor, ou seja, R$ 360 mil, por parte de cada um dos denunciados por danos morais e materiais ao clube.

A grande questão é que no período em que aconteceram os gastos indevidos, o Conselho Fiscal, a diretoria financeira e o Conselho de Orientação do Corinthians aprovaram as prestações de conta do clube, não detectando qualquer irregularidade da gestão Andrés Sanchez.

Justamente por isso, a dúvida sobre a idoneidade dos membros desses órgãos internos do Corinthians foi levantada. O Conselho Deliberativo instaurou um processo administrativo para apurar a responsabilidade de membros do clube que tinham a função de fiscalizar as contas e não o fez, realizando, inclusiva, oitivas com alguns conselheiros.

Por enquanto, os membros do Conselho Fiscal, da diretoria financeira do último mandato do ex-presidente Andrés Sanchez e do Conselho de Orientação podem ser julgados somente nas instâncias estatuárias internas do Corinthians, mas, se o Ministério Público decidir denunciá-los, eles poderão responder também ao Poder Judiciário.

Como deveria funcionar a fiscalização de gastos no Corinthians?

O Conselho Fiscal e a diretoria financeira do Corinthians têm a obrigação de prestar contas e, inclusive, elaborar relatórios sobre as finanças do clube ao Conselho de Orientação (CORI).

O CORI, por sua vez, é quem avalia as contas do Corinthians e, caso detecte alguma irregularidade, leva a denúncia à Comissão de Ética e ao Conselho Deliberativo do clube.

Durante a gestão de Andrés Sanchez, mesmo com os gastos indevidos em cartões corporativos avaliados pelo Ministério Público de São Paulo, o Conselho Fiscal e o Conselho de Orientação não encontraram qualquer irregularidade na prestação de contas do Corinthians, o que levanta suspeitas sobre a conivência dos integrantes desses órgãos com as práticas indébitas.

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