Revista Colorada
·13 December 2025
Na mira do Inter para 2026, Palermo é sincero em entrevista

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Apontado como um dos nomes monitorados pelo Internacional para a próxima temporada, Martín Palermo se manifestou publicamente pela primeira vez após deixar o comando técnico do Fortaleza. Em entrevista concedida ao programa Sportv, na sexta-feira (12), o argentino detalhou os bastidores de sua saída do clube cearense, rechaçou qualquer motivação financeira e deixou claro que, neste momento, não possui propostas concretas para seguir trabalhando, seja no Brasil ou na Argentina.
Segundo Palermo, o vínculo com o Fortaleza era válido até o dia 31 de dezembro, e havia, sim, o desejo da diretoria tricolor em mantê-lo no cargo, mesmo após o rebaixamento para a Série B. No entanto, o treinador optou por não seguir no projeto por uma questão de convicção pessoal e emocional. Ele explicou que pediu alguns dias ao CEO Marcelo Paz para avaliar a possibilidade de permanência, mas concluiu que não conseguiria dar continuidade com a segurança necessária.
“Não foi por dinheiro, nem por pensar em outras opções. Não existiam propostas. A conversa foi apenas sobre continuidade. Eu precisava me sentir seguro, principalmente pela forma como cheguei ao clube. Sentia que tinha entregado tudo ao Fortaleza”, afirmou Palermo. O treinador destacou que o impacto do rebaixamento foi determinante para sua decisão, especialmente pela maneira como a queda se confirmou na última rodada, com a derrota para o Botafogo.
Contratado com a missão de salvar o Fortaleza da Série B, Palermo comandou a equipe em 17 partidas, acumulando oito vitórias, quatro empates e cinco derrotas. O dado mais expressivo foi a sequência de nove jogos sem perder, que reacendeu a esperança de permanência até as rodadas finais. Ainda assim, o esforço não foi suficiente para evitar a queda, o que deixou marcas profundas no treinador.
“Foi uma frustração muito grande. O golpe foi forte, principalmente pelo que aconteceu contra o Botafogo. Aquilo me afetou muito. Criamos uma conexão muito forte nesses 17 jogos, e depois ficou um vazio enorme”, revelou. Palermo ainda reforçou que não houve nenhuma proposta objetiva de outros clubes, apenas uma sondagem informal do Remo, descartando qualquer negociação em andamento.
A fala do argentino ganha peso no momento em que o Internacional avalia o mercado em busca de um novo comandante. O perfil de Palermo, identificado com futebol competitivo, liderança forte e histórico como ídolo no futebol sul-americano, agrada parte da direção e da torcida. Sua declaração de que não possui compromissos encaminhados mantém o nome vivo no radar colorado.
Enquanto isso, o Fortaleza já definiu seu novo rumo. O clube anunciou Thiago Carpini, de 41 anos, como treinador para a temporada seguinte. O profissional já desembarcou em Fortaleza para iniciar os trabalhos visando a disputa da Série B.
Livre no mercado e ainda digerindo o impacto emocional do rebaixamento, Martín Palermo surge como um nome que pode ganhar força nos bastidores do Beira-Rio nos próximos dias. O cenário está aberto — e o Inter observa com atenção.









































