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·14 October 2025

O Flamengo das páginas: Marcelo Dunlop e Ruy Castro promovem bate-papo para celebrar livro Era uma vez: Flamengo

Article image:O Flamengo das páginas: Marcelo Dunlop e Ruy Castro promovem bate-papo para celebrar livro Era uma vez: Flamengo

O livro Era uma vez: Flamengo, antologia de 22 contos que explora a paixão rubro-negra, será tema de uma roda de conversa neste domingo (19), na livraria Belle Époque, no Méier. O evento reunirá o jornalista e escritor Marcelo Dunlop, o imortal da Academia Brasileira de Letras Ruy Castro e o editor André Salviano, organizador da antologia, em um encontro que promete histórias, memórias e boas doses de humor sobre o Mengão.

Em contato com o MundoBola Flamengo, Marcelo Dunlop destacou que o bate-papo será um reencontro de amigos em torno da literatura e do clube. “Quando recebemos o convite para falar de livros e futebol, não pensamos duas vezes. Ruy topou na hora e vamos lá, relembrar histórias como o gol do Pet, as façanhas de Zico e tudo mais que o livro aborda e está no imaginário da torcida.”


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O bate-papo na Belle Époque promete mais do que lembranças literárias: será uma celebração da amizade e da paixão compartilhada pelo Flamengo. Além de conversas e histórias, o público poderá interagir com os autores, adquirir exemplares autografados da antologia e mergulhar no universo rubro-negro contado pelos próprios escritores.

“A Époque é um lugar simbólico para nós. Tem esse clima de bar de bairro com cheiro de papel, onde o Flamengo aparece até quando ninguém fala dele. Vai ser mais um domingo rubro-negro, com livro, prosa e emoção”, resume Dunlop, autor de Crônicas Flamengas e O Homem Que Morava no Maracanã.

Das cinzas ao renascimento de uma história rubro-negra

A parceria entre os autores tem histórico de sucesso. Em janeiro de 2023, Dunlop, Salviano e Ruy estiveram na mesma livraria para o lançamento da antologia 'O mau humor de chuteiras', de autoria de Marcelo Dunlop.

Aquele encontro aconteceu em um momento simbólico para o bairro e para a própria Belle Époque, que havia renascido após ser atingida por um incêndio. O livreiro Ivan Errante transformou a data em celebração: um tributo ao livro, à cidade e à resistência cultural do local.

“Foi uma roda de conversa arejada, com centenas de pessoas de todas as idades, entre amigos e escritores. Apareceram os Verissimo, Arthur Muhlenberg, Julio Adler, Marcelo Moutinho e até lutadores do bairro. Uma tertúlia de juntar criança”, lembra Dunlop.

Foi naquele clima de renascimento que o editor André Salviano compartilhou com Marcelo Dunlop a ideia de criar um livro de contos exclusivamente sobre o Flamengo e escritos por autores rubro-negros. O entusiasmo foi imediato.

“O Ruy deu o maior apoio, e eu confirmei presença na hora. O Sal trabalhou como um Domingos Bosco, o célebre coordenador de futebol do Flamengo de 81, e tratou de convocar cronistas e romancistas de todos os estilos. O resultado foi uma seleção que mistura nostalgia, invenção e rubro-negrismo puro”, conta Dunlop.

Marcelo Dunlop também revelou um detalhe curioso do processo de seleção dos autores: a atriz Fernanda Torres quase participou da antologia, mas estava ocupada com as gravações do filme Ainda Estou Aqui, que ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional, o primeiro Oscar da história do Brasil.

“Tomara que tenha dado tudo certo e ela não tenha se arrependido”, brinca Dunlop.

O Flamengo que ultrapassa as quatro linhas

A antologia reúne 22 contos que exploram diferentes formas de viver o rubro-negro, de 1969 a 2047. O livro traz histórias que vão de um gol de barriga em meio a uma gravidez misteriosa até um crime em pleno Maracanã, passando por narrativas sobre infância, arquibancadas e o futuro do estádio.

“Acho que os 22 contos impressionam pela versatilidade. Há histórias de uma criança numa peneira para ser jogador do Flamengo, o pequeno Zico treinando, torcedor que nunca veste o Manto Sagrado, uma partida pelo ponto de vista de um urubu e até um crime em pleno Maracanã. Pensei numa trama policial, mas acabei escrevendo outra tragédia: e se o Maracanã um dia fosse ao chão e surgisse um supermercado?”

Para Dunlop, Era uma vez: Flamengo ocupa um espaço que faltava na vasta bibliografia do clube:

“Como o Ruy escreveu na contracapa, já havia todo tipo de livro sobre o Flamengo, de quadrinhos a poesia, mas faltava o Flamengo visto por ficcionistas. O Flamengo dos sonhos não cabe nas quatro linhas.”

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