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·9 March 2025

Palmeiras contesta multas da Conmebol ao Cerro Porteño e levará caso de racismo “às últimas instâncias”

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O Palmeiras emitiu uma nota neste domingo repudiando as punições impostas pela Conmebol ao Cerro Porteño por conta do caso de racismo contra o atacante Luighi. O clube paulista entende que as medidas tomadas pela entidade foram “extremamente brandas”.

“Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano”, escreveu o Verdão.


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“As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas”, ampliou.

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O Cerro Portño terá que pagar uma multa e jogará com os portões fechados na Libertadores sub-20. O valor da pena é de US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil na cotação atual). O montante deverá ser pago no prazo de 30 dias corridos a partir desta segunda-feira.

Além disso, o time deverá publicar nas redes sociais uma campanha comunicacional para conscientização contra o racismo, durante a Libertadores sub-20. Todos os jogadores do time devem participar e a publicação deverá ser aprovada previamente pela Gerência de Comunicações da Conmebol.

O Palmeiras prometeu que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que “o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo”.

O jovem Luighi foi vítima de racismo na última quinta-feira, na vitória por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, do Paraguai, em jogo da fase de grupos da Libertadores sub-20, no Estádio Gunther Vogel.

Veja a nota do Palmeira na íntegra:

A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela CONMEBOL ao Cerro Porteño-PAR em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, no Paraguai.

Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano.

As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas.

O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo.

As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!

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