Pinotes Batista comenta lesões no Sporting: "Preso por arames..." | OneFootball

O Sporting tem sido fustigado por várias lesões que têm assobrado as ideias de Rui Borges na turma leonina. Nesse sentido, André Pinotes Batista assinou a sua coluna de opinião no jornal 'Record', em que abordou exatamente o assunto que tem dominado os verdes e brancos nos últimos tempos, tendo comentado ainda o desempenho de Frederico Varandas enquanto Presidente.

"A despeito da tão lusa tradição de enfatização de ordens, títulos honoríficos e gradações académicas, a circunstância de Frederico Varandas ser médico e militar foi, não raras vezes usada como instrumento de apoucamento do Presidente do Sporting na sua honra e capacidade de gestão. Na minha óptica - de respeito pela diferença e pela unicidade de cada ser humano - tais atributos sempre me pareceram uma mais-valia e não uma desvantagem que pudesse servir como arma para o ferir", começou por revelar André Pinotes Batista.

"Ultrapassado o cabo das tormentas, gerado pela saída abrupta de Amorim e pela sucessão infeliz de João Pereira, o futebol do Leão estabilizou, aumentou margens para a concorrência e atravessou um calvário inexplicável de lesões, quer traumáticas, quer musculares. Como em quase tudo o que tem a ver com anatomia e fisiologia, aquilo que as atitudes disfarçam, os corpos acabam por pagar", acrescentou ainda o consultor de comunicação que abordou o estado clínico dos jogadores do Sporting nas últimas partidas.

"Nos embates com Porto e Borrusia Dortmund a realidade - que rondava discreta - entrou pelos olhos e pela alma dos adeptos a dentro. O plantel verde-e-branco está preso por arames e, nem eram necessárias as palavras de Rui Borges para o confirmar. Inácio, Quaresma, Nuno Santos, Pote, Morita, Gyokeres e Bragança não são um grupo de escrucionistas que possa ser substituído com facilidade, mas, ao invés, constituem a coluna dorsal do campeão português", acrescentou ainda.

Por fim, André Pinotes Batista deixou um alerta a Frederico Varandas. "Com a janela de transferências fechada, a vertente clínica do Presidente faz, hoje, mais falta do que nunca. Admitindo que não compreendi a estratégia de mercado, mas escolho confiar na sua capacidade para dar a volta a situações difíceis. Afinal de contas, neste domínio vale mais um Presidente-Médico que mil Presidentes-Adepto.