
Central do Timão
·6 October 2025
Postos de combustível licenciados pelo Corinthians estão entre alvos de operação da PF

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·6 October 2025
Deflagrada pela Polícia Federal em agosto, a Operação Carbono Oculto, considerada a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), atingiu de forma indireta o Corinthians, devido à presença de três postos de combustível licenciados pelo clube entre os 251 atingidos pelas diligências policiais. A informação foi revelada em apuração do portal ge.globo, publicada nesta segunda-feira, 6.
Os postos ficam localizados nos bairros Cidade Líder, Vila Norma e Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega, na Zona Leste da capital paulista, sendo licenciados como postos de bandeira branca e que figuram nos cadastros oficiais do clube normalmente. As unidades estão ligadas a Pedro Furtado Gouveia Neto, Himad Abdallah Mourad e Luiz Ernesto Franco Monegatto, todos suspeitos de atuar em um esquema criminoso comandado por Mohamad Hussein Mourad, de acordo com as investigações.
Foto: Reprodução/Instagram
O licenciamento dos postos foi possível devido à abertura, em 2021, da rede “Postos Corinthians”. Na época, o presidente do Alvinegro era Duilio Monteiro Alves. Ouvido pelo veículo, ele argumentou que os aditivos ocorridos em sua administração respeitaram os trâmites institucionais, que não recebeu qualquer denúncia ou indício de irregularidade sobre os acordos e que os mesmos possuem cláusulas prevendo a responsabilização das empresas licenciadas por possíveis prejuízos à imagem do Corinthians.
Já de acordo com o clube, os postos operam sob contratos de licenciamento intermediados por terceiros, não sendo responsável pela gestão das atividades. O Alvinegro apontou ainda que acompanha de perto os desdobramentos e admite a possibilidade de medidas jurídicas, caso os fatos assim exijam. Vale lembrar que o Corinthians não é citado em nenhum momento pelas autoridades responsáveis pela Operação Carbono Oculto.
Estima-se que o esquema criminoso sob análise da Justiça tenha movimentado R$ 8,4 bilhões por meio de fraudes tributárias, lavagem de dinheiro e práticas associadas aos 251 postos, que estão espalhados por quatro estados. Pedro Furtado Gouveia Neto, indicado como agente da GGX Global, faria parte do grupo responsável pela administração da rede, enquanto Himad Mourad aparece como articulador de mecanismos para blindagem e lavagem por meio de mais de cem empresas do ramo.
Confira o posicionamento do Corinthians:
“O Sport Club Corinthians Paulista informa que não é o administrador responsável pelos postos de gasolina citados pela reportagem. Nesses casos o Clube esclarece que trata-se de um contrato de licenciamento de sua marca.
O Corinthians também informa que acompanha com máxima atenção o andamento das investigações para — se necessário — tomar as medidas jurídicas cabíveis em relação aos contratos de licenciamento com os postos de gasolina citados pela reportagem.”
Confira o posicionamento de Duilio Monteiro Alves:
“Trata-se de um contrato de licenciamento que previa a criação da rede de postos Corinthians, já existente no clube antes da minha posse como presidente. Os aditivos contratuais assinados em minha gestão autorizaram a operação das primeiras unidades e passaram pelos órgãos competentes do clube, tendo sido assinados com empresas autorizadas por agência fiscalizadora federal. Desconheço que tenha havido qualquer irregularidade ou denúncia feita sobre esse contrato até o último dia de minha gestão. Destaco que nosso Departamento Jurídico ainda incluiu uma cláusula de responsabilização pela operação, que assegura ao clube ser ressarcido por qualquer eventual dano causado à instituição e à sua imagem”
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