Pouco inspirado, o Napoli superou o Sporting e venceu a primeira na Champions League | OneFootball

O estádio Diego Armando Maradona foi palco de um duelo de estilos nesta segunda rodada da Champions League. O Napoli, acostumado a sufocar seus adversários em casa, recebeu um Sporting confiante, que apostava na disciplina defensiva e em transições rápidas para tentar surpreender. A expectativa era de equilíbrio: de um lado, a pressão ofensiva italiana; do outro, a organização portuguesa, sempre perigosa nos contra-ataques. No fim das contas, os azzurri decepcionaram, mas venceram no sufoco: 2 a 1, com sintonia entre De Bruyne e Højlund, autores das assistências e dos gols dos mandantes, respectivamente.

No início, o Napoli tentou se impor com intensidade, marcando alto e acelerando o ritmo. Aos 4 minutos, De Bruyne arriscou, mas o seu chute saiu pela linha de fundo. Anguissa também teve oportunidade, mas finalizou por cima, somente aos 21.

Até então opaco com a camisa do Napoli, Højlund mostrou sua veia ofensiva ao definir o duelo com assistências de De Bruyne (Getty)

A estratégia do Sporting de Rui Borges, no entanto, funcionava: a equipe portuguesa fechava os espaços, principalmente na entrada da área, e não deixava os italianos criarem triangulações perigosas. O time lusitano chegou até a assustar, aos 26, com chute de João Simões defendido pelo goleiro Milinkovic-Savic.

O equilíbrio só foi quebrado aos 36 minutos, quando apareceu a genialidade de De Bruyne. O belga arrancou, iniciando contragolpe, se livrou de dois marcadores e encontrou Højlund em profundidade. O atacante não desperdiçou e abriu o placar para o Napoli. O gol deu moral aos donos da casa, mas também obrigou o Sporting a repensar sua postura em campo, já que estava confortável até aquele momento com o empate parcial.

O segundo tempo trouxe outro panorama. O Sporting voltou mais agressivo e foi premiado quando, aos 61, Maxi Araújo sofreu pênalti bobo de Politano, que utilizava a faixa de capitão em virtude da ausência do suspenso Di Lorenzo. O colombiano Suárez assumiu a responsabilidade e bateu firme, empatando o jogo no minuto seguinte. O Napoli, pressionado, tentou recuperar a posse e acelerar novamente, mas deu espaços. Pedro Gonçalves teve grande chance de virar aos 75, mas finalizou para fora, desperdiçando o que poderia ter mudado a história da noite em Nápoles.

Capitão por uma noite, Politano quase complicou a vida do Napoli com um pênalti tolo (Getty)

A resposta italiana veio em jogada ensaiada de escanteio. Politano cobrou curto para De Bruyne, que cruzou com precisão. Højlund antecipou-se à defesa e cabeceou para as redes, marcando seu segundo gol no jogo aos 79 minutos. A torcida explodiu no Diego Armando Maradona, devolvendo confiança ao time de Antonio Conte. Nos acréscimos, o Sporting ainda tentou reagir e exigiu uma defesa espetacular de Milinkovic-Savic em cabeçada de Hjulmand, ex-Lecce, mas não conseguiu evitar a derrota.

O resultado final de 2 a 1 reflete a capacidade do Napoli de ser letal mesmo em uma noite de dificuldades criativas. A equipe de Conte soube aproveitar os momentos-chave, com De Bruyne desequilibrando e Højlund mostrando faro de artilheiro. Já o Sporting, apesar da derrota, sai com a sensação de que poderia ter conquistado mais, tamanha a consistência apresentada em boa parte do confronto.

O Napoli chegou aos seus primeiros três pontos e deu um passo importante na tabela de classificação, reforçando sua força dentro de casa. O próximo desafio será contra o PSV Eindhoven, em duelo que acontecerá nos Países Baixos e  promete ser disputado. O Sporting, por sua vez, permanece com a mesma pontuação dos azzurri e agora terá um confronto decisivo diante do Olympique de Marseille, em Lisboa, onde precisará da vitória para não se complicar na briga por uma vaga no mata-mata.