PUNIDO: Bobadilla se livra de suspensão pela Conmebol, mas é multado após caso de xenofobia em jogo do São Paulo pela Libertadores | OneFootball

Volante paraguaio recebeu punição da Conmebol por conduta em joga da Libertaores (Foto: Victor Monteiro)

O volanteBobadilla escapou de suspensão pela Conmebol, mas foi multado pela entidade sul-americana pelo caso de xenofobia contra o zagueiro Miguel Navarro, no duelo entre São Paulo e Talleres, no último dia 27 de maio pela Libertadores.

O paraguaio do Tricolor teria chamado o adversário de “venezuelano morto de fome” efoi multado em 15 mil dólares (cerca de R$ 82,5 mil na cotação atual) por infringir o parágrafo segundo do Artigo 11 do Código Disciplinar da Conmebol.

Bobadilla foi enquadrado pela confederação nos itens B, C e F, que dizem:

“Artigo 11. Princípios de Conduta

2. Constituem, entre outros, comportamentos imputáveis e infrações passíveis de sanção aos referidos princípios:

b) Comportar-se de forma ofensiva, ultrajante ou fazer declarações difamatórias de qualquer natureza;

c) Violar as pautas mínimas do que deve ser considerado como comportamento aceitável no domínio do desporto e do futebol organizado;

f) Comportar-se de forma que o futebol, como esporte em geral, e a CONMEBOL em particular, possam ser desacreditados em decorrência de tal comportamento.”

O valor damulta será descontado automaticamente dos direitos de imagem e patrocínios recebidos pelo São Paulo da Conmebol.

Além da punição, o volante são-paulino também recebeu advertência da entidade, que informou que em caso de recorrência de qualquer infração semelhante, Bobadilla será enquadrado no Artigo 27 do Código, que trata sobre reincidência e pode levar a punições mais pesadas ao jogador. A decisão cabe recurso.

A parte da punição, o caso segue em andamento no Brasil.Bobadilla foi indiciado pelo DRADE (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) pelo crime de injúria racial com motivação xenofóbica no último dia 11, mesma data em que o volante paraguaio prestou depoimento à Polícia Civil.

O jogador desmentiu a polêmica frase que rendeu a acusação, dizendo que apenas rebateu as provocações e xingamentos anteriores de Navarro, sem nenhuma intenção alguma ofender as origens do adversário.

Ainda assim, o delegado responsável, Rodrigo Correa Batista, disse que os elementos colhidos apontavam para a autoria da ofensa por parte do volante tricolor, que não apresentou testemunhas em sua defesa, sendo assim indiciado.

“O inquérito está em fase final de tramitação. Concluindo, o inquérito

é encaminhado ao poder judiciário. O Ministério Público toma conhecimento dessa investigação e pode promover uma ação penal contra ele (Bobadilla). É uma acusação que o estado faz de processar uma pessoa no poder judiciário. Aí é a segunda etapa. A primeira é com a polícia, a segunda é com o poder judiciário e o Ministério Público”, explicou Rodrigo Correa.

Caso condenado, o volante do São Paulo poderá pegar de dois a cinco anos de prisão pelo ato de injúria racial.