Coluna do Fla
·18 February 2025
Rafa Penido: “Filipe Luís mira o absurdo”
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·18 February 2025
Filipe Luís foi preparado ao longo de 39 anos de vida para ser técnico do Flamengo. Ele sabe que o que vive é especial e transmite a certeza de que o que teremos pela frente é enorme.
Dos muitos elogios que merece (e aqui terá) o Flamengo de Filipe Luís, começarei pelo mais perigoso: QUE ZAGA!
Danilo e Léo Ortiz, os lordes da defesa, surgem como a mais auspiciosa e engalanada dupla de zagueiros do início de temporada. Com imodesta elegância, jogam ar de quem a qualquer momento vai pedir um uísque e um charuto ao árbitro ou gandula em campo mesmo, sem qualquer constrangimento.
A dupla é tão casca grossa, que joga o fino como que sem esforço e, de fato, sem complicações.
Até a tão criticada bola do Cariocão fica na moral quando nos pés deles.
Três clássicos no estadual e nenhum gol sofrido. Sólidos como gelo.
Abrindo nosso papo para a direita, Filipe Luís em uma de suas excelentes entrevistas coletivas, definiu o lateral sensação Wesley como um atleta ‘sem teto’, o que entende-se por um jogador com enorme margem pra crescimento, e que segundo o treinador “escolherá em qual time do mundo vai querer jogar a partir do meio do ano”.
A humildade perspicaz e a determinação carismática de Filipe Luís se aliaram a uma inacreditável ambição esportiva. O cara gosta muito de vencer, tanto quanto gosta de preparar vitórias e vencedores.
Ele está preparando Wesley para atuar em qualquer galáxia que ele quiser, tanto que o moleque está mesmo impossível. Entrou na mente de Dorival e de cobras da bola como Payet e Vegetti, na provocação no Fla-Vas.
O Flamengo de Filipe Luís joga Champions League no Maracanã.
Claro que é cedo para garantir no que vai dar. Só que já deu em Copa do Brasil e Supercopa. O time tem liga, química, molho, físico e fome de gol.
Mosaico que aos poucos nos revela a melhor e mais interessante novidade do futebol brasileiro dos últimos tempos.
O rival que não se preocupar com o porvir rubro-negro ou se envenenou com a própria alienação ou simplesmente se (des)encontra nos confins de Nárnia.
O Flamengo de 2025 busca, portanto, a transcendência.
Enquanto seu maior rival Vasco está sem chão ou terra firme, o Flamengo está sem teto, curtindo seu céu de brigadeiro.
O futebol e o trem da história não pararam, há uma indisfarçável distância entre os momentos de Flamengo e Vasco, retratado com justiça na austera vitória por 2 x 0 do Fla.
As setas e a bola apontam um ano promissor para o Rubro-Negro, enquanto vascaínos procuram as setas que caíram, para resetar e voltar à cena.