Relembre os lances de arbitragem mais polêmicos do Palmeiras na temporada | OneFootball

A temporada de 2025 chega ao seu encerramento neste mês de dezembro, deixando para trás um rastro de discussões acaloradas sobre a arbitragem em jogos decisivos do Palmeiras. De decisões que garantiram classificações a erros admitidos pela CBF e suspensões aplicadas, o apito foi protagonista em diversos momentos cruciais do ano, influenciando diretamente o destino das competições e inflamando a rivalidade entre os clubes.

O pênalti decisivo no Choque-Rei do Paulista

O histórico de controvérsias começou cedo, no dia 10 de março, durante a semifinal do Campeonato Paulista contra o São Paulo. No Allianz Parque, um lance nos minutos finais do primeiro tempo definiu o clássico quando o goleiro Rafael, ao tentar sair jogando com Arboleda, entregou a bola para Vitor Roque.

O atacante caiu em dividida com o zagueiro equatoriano e o árbitro Flávio Rodrigues de Souza assinalou um pênalti considerado “vergonhoso” pela diretoria tricolor. Raphael Veiga converteu a cobrança, garantindo a vitória por 1 a 0 e a classificação alviverde, o que gerou protestos oficiais do presidente Julio Casares e do diretor Carlos Belmonte.

Erro admitido pela CBF na Ilha do Retiro

Já no Campeonato Brasileiro, a polêmica se repetiu logo na segunda rodada. Na vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Sport, o árbitro Bruno Arleu de Araújo marcou um pênalti sobre Raphael Veiga aos 46 minutos da etapa final, sem consultar o monitor do VAR.

Piquerez converteu a cobrança que garantiu os três pontos para a equipe paulista, mas a repercussão negativa foi imediata. Dias depois, em um gesto de transparência, a CBF admitiu publicamente que houve um erro na marcação da penalidade, confirmando que o lance não deveria ter sido assinalado.

Carga em Gustavo Gómez e os ânimos exaltados no Maracanã

O clima de tensão seguiu para o confronto direto contra o Flamengo, em um jogo com peso de final antecipada. Logo no segundo minuto da partida, Gustavo Gómez caiu na área após sofrer uma carga de Jorginho pelas costas, mas Wilton Pereira Sampaio mandou o jogo seguir, para desespero dos palmeirenses.

A derrota por 3 a 2 permitiu que o Rubro-Negro igualasse a pontuação do Verdão na liderança, culminando em críticas pesadas de Gómez, que sugeriu um “problema pessoal” do árbitro contra o clube após as expulsões de Piquerez e do auxiliar João Martins por reclamação.

Suspensões no STJD após o duelo no Morumbis

No segundo turno, em novo Choque-Rei disputado no Morumbis em outubro, o árbitro Ramon Abatti Abel tornou-se o centro das críticas ao ignorar dois lances capitais a favor do São Paulo: um possível pênalti em Tapia e uma entrada dura de Andreas Pereira em Marcos Antônio.

A ausência de revisão no VAR e a manutenção das decisões de campo causaram revolta generalizada. O caso foi tão grave que, em novembro, o STJD aplicou 40 dias de suspensão a Abatti Abel e ao operador do VAR, Ilbert Estevam, reconhecendo a falha técnica na condução da partida.

O amarelo de Gómez e a insatisfação mineira

Por fim, o empate sem gols contra o Cruzeiro, pela 30ª rodada, trouxe um cenário inverso, com os mineiros revoltados por uma entrada forte de Gustavo Gómez em Wanderson.

Embora o responsável pelo VAR tenha sugerido a revisão para um possível cartão vermelho, o árbitro Rafael Rodrigo Klein manteve sua decisão de campo e aplicou apenas a advertência amarela. O áudio divulgado pela CBF horas depois confirmou que a equipe de arbitragem considerou o lance apenas para amarelo.

Entrada de Pulgar e a polêmica na final continental

A tensão atingiu seu ápice na decisão da Libertadores, entre Palmeiras e Flamengo. Aos 30 minutos do primeiro tempo, o volante Pulgar atingiu duramente Bruno Fuchs, zagueiro do Verdão, em um lance que paralisou a partida por alguns minutos para atendimento médico.

Apesar do impacto ter deixado marcas nítidas das travas da chuteira na perna do atleta palmeirense, o árbitro Darío Herrera optou por aplicar apenas o cartão amarelo. A decisão gerou revolta imediata no banco de reservas alviverde, agravada pelo fato de o VAR não ter recomendado a revisão para uma possível expulsão, tornando-se um dos lances mais discutidos da temporada.