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·18 July 2025

Renato detona empresários, se despede de Arias e assume erros na derrota: “Faltou foco”

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O técnico Renato Gaúcho concedeu uma entrevista detalhada após a derrota do Fluminense por 2 a 0 para o Cruzeiro, no Maracanã, falando sobre a escolha do esquema tático, a saída do atacante Jhon Arias, o desempenho da equipe e criticas vindas de empresários. O treinador também refletiu sobre a expectativa da torcida após a campanha histórica no Mundial de Clubes e falou sobre o desafio de manter o grupo focado para as decisões do segundo semestre.

Esquema tático e escolhas para o duelo

Renato explicou que a decisão de escalar Fuentes e Soteldo, seguindo um esquema utilizado no início da Copa do Brasil, foi determinada com base nas observações diárias sobre o desempenho e a condição física dos atletas. “Nós vamos jogar a cada três dias, e ninguém aguenta atuar em sequência sem descanso. Por isso, é fundamental ter um elenco grande para fazer o rodízio. Eu sei quem está melhor a cada dia e procuro colocar os jogadores mais preparados”, explicou.


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Apesar de o elenco estar habituado a qualquer esquema adotado, o treinador admitiu que o time não entrou focado no primeiro tempo, o que foi decisivo para os dois gols sofridos. “O Cruzeiro está brigando pelo título, está com 27 pontos e costuma fazer gols no primeiro tempo com muita intensidade. A gente não entrou da mesma forma que estávamos focados nos Estados Unidos. No segundo tempo, acordamos, modificamos a equipe, melhoramos bastante, criamos chances, mas faltou tranquilidade para finalizar”, avaliou.

Despedida de Arias e futuro

Sobre a saída de Jhon Arias, René lembrou o profissionalismo do colombiano e reconheceu a importância dele para o clube e a torcida. “Ele teve uma proposta para realizar o sonho de jogar na Europa, e quando um jogador tem um sonho assim, ele corre atrás. O presidente tentou segurar, mas o sonho falou mais alto. Desejamos toda sorte ao Arias, que tenha o mesmo sucesso que conquistou aqui”, afirmou.

Renato também comentou o desafio de substituir Arias já no jogo de domingo, contra o Flamengo. “É difícil achar outro jogador com o talento dele, mas temos um grupo e até domingo vou dar oportunidade a quem melhor se adaptar na posição.”

Falhas defensivas e lições do primeiro tempo

O treinador admitiu que a equipe falhou nos detalhes defensivos que originaram os gols do Cruzeiro no primeiro tempo. “Os detalhes fazem diferença no futebol e hoje pagamos por isso. Foram erros por falta de concentração, algo que já havia sido alertado para a equipe devido à intensidade que o Cruzeiro apresenta nos primeiros 45 minutos”, explicou.

Renato destacou que, na segunda etapa, o time mostrou reação e criou várias oportunidades, embora não tenha conseguido marcar. “No futebol, você tem que aproveitar as chances. O Cruzeiro foi letal, nós tivemos chances e não aproveitamos. No segundo tempo a equipe voltou focada, mas não foi suficiente para evitar a derrota”, lamentou.

Recado firme para os empresários

Renato também comentou sobre as declarações de empresários de jogadores, especialmente em relação ao meia Senna, que tiveram repercussão recente. “No Fluminense não existe cláusula de titularidade. Os empresários precisam cuidar dos seus jogadores, não ficar falando besteira por aí. A comissão técnica e a diretoria são que decidem o time. Fluminense tem comando e quem abrir a boca terá resposta à altura”, avisou.

Ele ressaltou que seu trabalho é corrigir diariamente os defeitos dos atletas e que declarações externas não influenciam sua forma de trabalhar. “A entrega e o comprometimento dos jogadores é o que importa, não as cobranças externas”, completou.

Expectativas da torcida e desafios para o segundo semestre

Renato reconheceu que a torcida tem aumentado sua expectativa após os ótimos resultados no Mundial de Clubes, mas destacou que o time precisa manter a entrega e a concentração. “O torcedor tem direito de cobrar, especialmente quando o time não entra focado como no primeiro tempo contra o Cruzeiro. A mentalidade tem que ser sempre a mesma, a entrega precisa ser constante”, disse.

Ele lembrou a presença expressiva da torcida no Maracanã e a responsabilidade dos jogadores em corresponder dentro de campo. “Se o time se entregar, o torcedor vai junto. Nossa campanha no Mundial criou uma expectativa grande que a gente precisa honrar”, completou.

John Kennedy e o reforço para o ataque

Renato revelou que já conversou com o atacante John Kennedy, que retorna ao clube, e destacou a importância da entrega do jogador para conquistar um espaço. “Ele tem futebol, o que mais importa. Agora ele precisa mostrar entrega, compromisso no dia a dia para ganhar espaço e ajudar a equipe”, pontuou.

Visão sobre o futebol brasileiro após o Mundial de Clubes

Por fim, Renato reafirmou sua opinião acerca do nível do futebol nacional, que considera “nivelado por baixo”, devido à grande desigualdade financeira em comparação com os gigantes europeus. “Jogadores daqui são vendidos porque não conseguimos competir com o poder financeiro dos clubes estrangeiros. O Chelsea, nosso adversário no Mundial, por exemplo, gastou mais de 400 milhões em um jogador”, destacou.

Apesar da realidade dura, o técnico afirmou que o aprendizado foi grande durante o Mundial e mostrou confiança de que sua equipe seguirá evoluindo. “Aprendo toda hora e também procuro ensinar. Estamos no caminho certo, mas sabemos das dificuldades que enfrentamos”, finalizou.

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