Jogada10
·18 August 2025
Retrospectiva Kings League Brasil: Real Elite sofre com extracampo e desaponta no split

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·18 August 2025
O primeiro split da Real Elite na Kings League Brasil foi uma montanha-russa de emoções. Com Allan “o Estagiário” no comando, o clube chegou à competição cercado de expectativa, embalado pela projeção do dirigente que havia sido campeão com a Seleção Brasileira na última Copa do Mundo da modalidade. No entanto, dentro de campo e nos bastidores, o roteiro não foi tão linear. Afinal, a equipe oscilou, viveu momentos decisivos e acabou eliminada ainda na primeira fase, ocupando a oitava colocação.
A Real Elite encerrou o split com 10 pontos, somando duas vitórias no tempo normal, uma vitória no shootout, duas derrotas no shootout e quatro derrotas no tempo normal. Foi uma campanha de irregularidades, na qual o time se mostrou competitivo, mas não conseguiu traduzir sua energia em resultados consistentes.
Dentro de campo, o grande destaque foi o atacante Davi, artilheiro da equipe e responsável por carregar a Real Elite em jogos decisivos. Fora dele, a figura central foi Allan, que além de presidente, assumiu o papel de líder em momentos turbulentos, chamando a responsabilidade para si e tentando reorganizar o elenco diante das adversidades.
O clube não passou ileso a problemas fora das quatro linhas. Brigas internas e certa desconexão entre diretoria e elenco atrapalharam a harmonia do projeto. A presença da cantora Ludmilla, uma das sócias mais midiáticas da Real Elite, foi menor do que o esperado, o que gerou frustração em parte da comunidade.
Ainda assim, Allan manteve-se ativo na linha de frente, tentando segurar as pontas em um ambiente que alternava entre grandes expectativas e crises pontuais.
Se havia um jogo que poderia reescrever a história do split da Real Elite, foi contra o Dendele, na última rodada da fase regular. O time precisava vencer no tempo normal para se classificar às quartas de final e, até os últimos minutos, a vaga parecia garantida. Mas um gol sofrido no fim decretou o empate, a ida para os shootouts e a eliminação precoce. O lance virou símbolo do que foi a campanha: um time que lutou, mas deixou escapar nos detalhes.
Real Elite oscilou muito durante todo o primeiro split – Foto: QSI Quality Sport Images
Apesar dos resultados aquém do esperado, a Real Elite encontrou combustível em sua torcida digital. A comunidade compareceu em peso nas transmissões e redes sociais, criando narrativas, apoiando e mantendo o clube em evidência mesmo nos momentos mais instáveis. A relação com o público foi um dos diferenciais da temporada e deixou clara a dimensão do projeto fora de campo.
O balanço final do primeiro split deixa lições claras: é preciso transformar engajamento em resultados esportivos. Para Allan e sua equipe, o desafio no segundo split será alinhar bastidores, elenco e diretoria, sem perder a essência de proximidade com a torcida.
Se o primeiro split da Kings League Brasil terminou com frustração, a sensação entre os torcedores é de que o capítulo seguinte ainda pode trazer a virada que a Real Elite tanto busca.