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·7 October 2025
Sesc Flamengo evita comentar movimento por liga de vôlei; clubes discutem proposta de R$ 70 milhões

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·7 October 2025
Sesc Flamengo ainda não definiu sua posição sobre a criação de uma liga independente na Superliga de Vôlei, movimento que envolve 19 equipes masculinas e femininas. Algumas matérias indicam que o clube estaria indeciso ou alinhado à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), mas o time não se manifestou oficialmente.
A XP apresentou aos clubes um modelo de parceria para captação de recursos, em que os times se uniriam em um grupo para vender parte dos direitos comerciais e de transmissão para investidores. O modelo é similar ao usado na Liga de Futebol Unificado (LFU), em que clubes venderam cerca de 10% dos direitos por 50 anos para LCP Partners e Livemode. A informação sobre o movimento foi publicada inicialmente pelo 'Estadão'.
O objetivo é aumentar a arrecadação das equipes, já que a Superliga atualmente opera com prejuízo. A CBV afirma que não consegue cobrir todos os custos da competição, que somaram R$ 17 milhões na última temporada.
Essa estrutura financeira resulta em uma premiação considerada baixa pelos dirigentes, cerca de R$ 3 milhões no total, com aproximadamente R$ 250 mil para o campeão. Além disso, clubes reclamam da falta de transparência sobre as receitas da confederação.
Há também divergências sobre o número de placas publicitárias que as equipes podem comercializar e sobre o formato da final, que neste ano será em jogo único, a pedido da TV Globo. Além disso, dirigentes avaliam que a CBV vende mal o produto da Superliga, e citam como exemplo a ausência de um acordo para naming rights.
O MundoBola Flamengo procurou o Sesc Flamengo para obter a posição oficial do clube sobre o movimento. O Rubro-Negro respondeu que “não comenta esse tipo de especulação”.
A reportagem também questionou o clube sobre os valores atuais repassados pela CBV aos participantes da Superliga, mas o time optou por não se manifestar.
Enquanto isso, o 'Estadão' indicou que o Sesc Flamengo ainda não definiu posição sobre a criação da liga, e o portal 'O Tempo' apontou que o clube estaria alinhado à CBV. As discussões são lideradas por representantes de Praia Clube, Guarulhos, Joinville, Osasco e Sesi Bauru.
No início de outubro, antes de detalhes da proposta virem a público, o Praia Clube se manifestou oficialmente:
“A XP tem trabalhado em uma proposta para a Liga de Vôlei. O Praia Clube apoia este modelo, que tem como objetivo o avanço do vôlei nacional. Reconhecemos a necessidade de uma liga moderna e competitiva, mas acreditamos que a evolução deve ser construída em conjunto, com a participação e chancela da CBV."
"A proposta foi apresentada aos clubes, que manifestaram apoio à iniciativa. Agora, solicitamos uma reunião com a CBV para dar continuidade ao diálogo.”
Nos próximos meses, equipes, CBV e XP devem discutir a proposta apresentada, que condiciona a criação da liga à gestão independente, tornando os clubes responsáveis por eventuais prejuízos, atualmente cobertos pela confederação.