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·19 November 2025
Sub-21 | Portugal volta ao nulo, quase uma década depois

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·19 November 2025

A seleção portuguesa sub-21 não foi além de um empate a zero na Chéquia, mantendo-se no primeiro lugar do Grupo B da qualificação para o Euro Sub-21 2027. Ainda assim, a última vez que Portugal havia ficado a zeros em uma partida da fase de apuramento para o Europeu foi há mais de nove anos.
No dia 2 de setembro de 2016, no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, o conjunto orientado por Rui Jorge também não passou de um empate sem golos frente a Israel. A turma portuguesa acabou por garantir a qualificação para o Campeonato da Europa de 2017, após terminar em primeiro lugar do grupo com 26 pontos em dez jornadas. Curiosamente, a equipa lusa apresentou um registo defensivo pior do que a seleção israelita, que terminou com apenas quatro golos sofridos, contra os cinco de Portugal.
Com uma vitória nessa partida, a Seleção Nacional poderia ter assegurado desde logo o apuramento, depois de somar seis triunfos nos primeiros seis jogos. Com isso em mente, Israel fechou-se no seu meio-campo defensivo, apostando num esquema de três centrais e numa organização em 5-4-1 sem bola. O resultado prático dessa tática ultra-defensiva foi um verdadeiro bloqueio criativo da seleção portuguesa.
No entanto, esses empates - separados por quase uma década - foram, ao mesmo tempo, parecidos e diferentes. Isto porque, em ambos os encontros, Portugal mostrou-se muito perdulário no momento de finalizar. Contudo, se em 2016 o problema residia em furar a muralha israelita, na Chéquia a dificuldade esteve sobretudo em ultrapassar a primeira fase de pressão do adversário.
No jogo mais recente, os agora comandados de Luís Freire até foram crescendo ao longo dos 90 minutos, expondo-se cada vez mais. Se é verdade que Portugal desperdiçou oportunidades claras de golo, é igualmente verídico que também poderia ter saído derrotado - grande defesa de João Carvalho já no tempo de descontos. Mas, no cômputo geral, a equipa portuguesa deixou dois pontos na Chéquia.
Por outro lado, na nova era do mais recente selecionador português, não têm faltado celebrações e festejos de golo - são já 21 marcados em cinco jornadas. Assim, esta foi a primeira partida em muito tempo, onde Portugal não faturou num duelo de qualificação. E quando foi a última vez?
Curiosamente, a resposta a essa pergunta é o mesmo 0-0 frente a Israel. De lá para cá, foram nove anos sempre a marcar pelo menos uma vez nos jogos desta categoria. Ao todo, os jogadores portugueses fizeram balançar as redes adversárias por 170 vezes, em 49 ocasiões.
Nesta geração, os pontas de lança portugueses não têm dado tantas cartas como desejado. Youssef Chermiti, Gustavo Varela e Vivaldo Semedo têm sido as opções na frente de ataque, mas o trio foi responsável por apenas cinco dos 21 tentos alcançados nesta fase de apuramento. Inclusive, o avançado do Rangers pecou à frente da baliza por três vezes, tendo tido a hipótese de dar o triunfo ao conjunto português.
Olhando para o 11 inicial do embate com os israelitas, Gonçalo Paciência assumiu o papel de ponta de lança titular, mas não conseguiu ser herói nos 64 minutos que teve em campo. O avançado até mostrou a sua veia goleador neste escalão - 23 golos em 53 internacionalizações -, mas nunca mereceu uma oportunidade constante na seleção principal.
Numa altura em que muito se fala do sucessor de Cristiano Ronaldo, Gonçalo Ramos continua como o substituto mais óbvio do capitão de Portugal. O ponta de lança do PSG tem mesmo excelentes números nos sub-21: 14 tentos e três assistências em 18 encontros.
Ainda assim, desse empate a zero em 2016, destacam-se Bruno Fernandes e Rúben Neves, que foram lançados de início e, hoje em dia, são peças-chave no esquema tático de Roberto Martínez. Do banco de suplentes, saltaram ainda figuras com muitas internacionalizações pela equipa principal: Ricardo Horta, Gonçalo Guedes e Diogo Jota.
No entanto, dois desses nomes ficaram na história do nosso país, ao marcarem os golos decisivos nas duas conquistas da Liga das Nações. Primeiro, em 2019, Gonçalo Guedes marcou o tento solitário que deu o triunfo sobre os Países Baixos (1-0). Mais tarde, neste ano, Rúben Neves converteu a grande penalidade que selou a vitória portuguesa diante da Espanha (2-2, 5-3 g.p.).
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