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·9 September 2025

Supremacia num embate quase centenário: o que diz a história dos duelos entre Portugal e Hungria

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Concluída com sucesso a passagem pela Arménia, Portugal desloca-se à Hungria para um embate, em teoria, bem mais complicado. Numa das qualificações para um Mundial mais curtas de que há memória, é importante não deslizar, mesmo que o adversário possa sugerir outras precauções. Às portas do 15º confronto com os húngaros, qual o grau de dificuldade da deslocação a solo magiar?

Ora, fazendo a consulta ao histórico praticamente centenário de confrontos, as conclusões não são complicadas de tirar...


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Em 14 jogos realizados entre as duas seleções, o saldo é amplamente positivo para Portugal: 10 vitórias e apenas quatro empates. O sabor menos amargo que os húngaros conseguiram perante a equipa das Quinas.

Empate na estreia, triunfo no Mundial 66 e a loucura de 2016

Logo nos anos seguintes à criação da Federação Portuguesa de Futebol, em 1926, o embate inaugural e de cariz amigável entre as equipas terminou numa igualdade a três (3-3), mesmo com as sucessivas recuperações dos pupilos de Cândido de Oliveira.

Seguiram-se dois triunfos para Portugal em 1933 e 1938, antes da série de jogos amigáveis com a Hungria fechar com novo empate, em 1956, dez anos antes da primeira aparição oficial que Portugal levou a melhor no Mundial 66.

Numa equipa recheada de talento capaz de garantir o 3º lugar da prova, José Augusto foi a grande figura da partida ao anotar um bis, com José Torres a dar a tranquilidade à turma lusa sobre o apito final (3-1).

Um jogo vital para o primeiro lugar de um grupo em que o Brasil acabou eliminado e onde a Hungria ficou a dois pontos da seleção nacional.

De 1966 até ao fecho do século XX, só por mais duas vezes a receita se repetiu. Em 1983, no Estádio Municipal de Coimbra, deu-se o único empate sem golos entre as duas forças para, 15 anos volvidos, Portugal regressar aos sucessos.

De referir que, entre esse jogo de 1998 e os sete duelos ocorridos no novo milénio, todos eles de cariz oficial, Portugal só deixou escapar o triunfo por mais uma vez, no afamado jogo de loucos do Euro 2016 (3-3) - na estreia a marcar de Ronaldo contra esta seleção (x2).

Num despique por natureza desequilibrado, um bis de Sá Pinto e mais um golo de Rui Costa possibilitaram três de seis preciosos pontos para que Portugal se qualificasse de forma direta para o Euro 2000 como melhor segundo (1-3). Na segunda mão, a história foi idêntica, desta feita, com direito a chapa 3, no Estádio da Luz.

Dez anos à frente, numa ocasião em que se disputava o apuramento para o Mundial 2010, na África do Sul, mais do mesmo se testemunhou. Pepe decidiu em solo húngaro (0-1), capitalizando um importante triunfo para a seleção então orientada por Carlos Queiroz, seguindo-se uma vitória bem mais desafogada em Portugal, onde Simão assumiu o papel principal.

Como já citado, 2016 trouxe o louco e memorável empate que acabou por carimbar o terceiro e último lugar de acesso à fase a eliminar do Europeu que entrou para a história das cores portuguesas, sendo que, desse dia em diante, não mais Portugal sofreu contratempos diante dos magiares.

Nem um ano depois do sofrido e saboroso duelo realizado em França, Cristiano Ronaldo (bis) e André Silva resolveram sem grandes dramas uma questão, que voltaria a surgir e a ser ultrapassada com distinção pelo instinto do atual jogador do Elche na reta final do mesmo apuramento para o Mundial 2018.

Por último, a desforra em Euros! Na jornada de abertura do Europeu 2020, Raphaël Guerreiro abriu o ativo, deixando para o capitão da seleção nacional o fecho das contas - mais dois golos para o máximo goleador neste confronto direto.

CR7, o maior carrasco dos húngaros

De um ponto de vista mais individual e, acima de tudo, virado para os golos, é fácil perceber a influência de alguns jogadores portugueses no histórico entre as equipas acima interpretado.

Numa lista com cinco nomes grandes do futebol lusitano, Cristiano Ronaldo destaca-se dos demais, mesmo tendo sido o último a reclamar o estatuto de carrasco da Hungria.

Com um total de seis golos anotados à seleção que vai voltar a defrontar, CR7 tem mais uma oportunidade de reforçar um registo que já é, de longe, o melhor em comparação com a «concorrência» de José Augusto, Sá Pinto, Rui Costa e Simão Sabrosa.

Com dois golos cada, sobressai a curiosidade de que quase todas as marcas foram alcançadas a um jogo só, ou seja, à boleia do famoso bis. Desta tendência destoa apenas Rui Costa, capaz de marcar nos dois jogos de apuramento para o Euro 2000.

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