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·18 January 2025
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·18 January 2025
* por Diogo Organista Pereira
O Estádio Marcolino Castro foi palco, este sábado, de um dos embates mais mediáticos da 18.ª jornada da Liga Portugal 2. O Feirense - que tem feito da sua casa uma autêntica fortaleza - recebeu o Torreense - que somou apenas uma derrota nos últimos nove jogos. No final, nenhum dos conjuntos conseguiu superiorizar-se (1-1) e o emblema de Torres Vedras foi, assim, incapaz de assaltar os lugares cimeiros da II Liga e colocar pressão ao Tondela.
Vítor Martins repetiu o mesmo onze - e estrutura tática (4x2x3x1) - da vitória caseira frente ao Leixões, na última jornada, com Leandro Antunes e Banjaqui com bastante liberdade de movimentos e a deambular pelo miolo. Já Tiago Fernandes operou quatro alterações em relação ao último jogo - empate no Estádio do Mar - e manteve a aposta tática (3x5x2), com Manuel Pozo a atuar como ala direito e Vando Félix e David Costa como homens mais avançados no terreno.
A formação de Torres Vedras entrou com tudo na partida e colocou-se cedo na frente do marcador. Na sequência de uma reposição de bola, João Costa arriscou em demasia e sucumbiu à forte pressão efetuada por Vando Félix (6'), que conseguiu interceptar o esférico e inaugurar as hostilidades com um ressalto. Ficou mal visto na fotografia o experiente guardião luso.
Face à desvantagem no encontro, os fogaceiros puxaram dos galões, subiram as linhas e mostraram-se ativos no último terço, com diversas aproximações de perigo à baliza defendida por Leandro Matheus. A linha defensiva do Torreense apresentou-se sólida e coesa, conseguindo afastar todas as ocasiões de perigo, exceto um brilhante lance individual de Zidane Banjaqui.
Aos 43 minutos, o avançado agitou as águas, deixou a oposição direta para trás e armou um potente remate de longe, que terminou no fundo das redes do guardião brasileiro. Balde de água fria para a comitiva visitante ao cair do pano e tudo empatado na ida para os balneários.
No reatar do encontro, Tiago Fernandes tirou Pité e lançou Dani Bolt, apostando novamente no conhecido 3x4x3, com Manuel Pozo a regressar à sua posição de origem - avançado centro. Apesar disso, as dificuldades em criar perigo em zonas avançadas mantiveram-se, não só para a formação do Torreense, como também para os homens da casa.
Ambos os conjuntos pretendiam desfazer a igualdade e tomar as rédeas do encontro, mas o ritmo de jogo sofreu uma quebra acentuada e a falta de assertividade e clarividência - principalmente no último terço - prejudicou ambas as equipas na fase de construção.
Os pupilos de Tiago Fernandes apresentam uma ligeiro ascendente na partida, perto do último quarto de hora, mas foram assombrados por um erro infantil de Léo Azevedo. O camisola '8' do emblema de Torres Vedras - que já tinha recebido cartão amarelo no decorrer da partida - tentou atrasar a reposição de bola e recebeu novo cartão, deixando o Torreense reduzido a dez elementos na reta final do embate.
Face à vantagem numérica, os comandados de Vítor Martins subiram as linhas e tentaram ameaçar as redes defendidas por Leandro Matheus, nos instantes finais da partida, mas foram incapazes de abanar a consistente linha defensiva do Torreense. O resultado não sofreu qualquer alteração e reinou a igualdade no Estádio Marcolino Castro.