Três jogos consecutivos com golos a partir de cantos: a nova arma letal do Famalicão | OneFootball

Três jogos consecutivos com golos a partir de cantos: a nova arma letal do Famalicão | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Zerozero

Zerozero

·22 September 2025

Três jogos consecutivos com golos a partir de cantos: a nova arma letal do Famalicão

Article image:Três jogos consecutivos com golos a partir de cantos: a nova arma letal do Famalicão

Casa Pia e FC Famalicão estiveram frente a frente em Rio Maior, em jogo a contar para a sexta jornada da Liga Portugal Betclic. O encontro terminou empatado a uma bola, com os treinadores de ambos os conjuntos a revelarem perspetivas distintas quanto à justiça do resultado. Após o apito final, Hugo Oliveira afirmou que apenas os de Famalicão quiseram jogar, levando João Pereira a apelidá-lo de «pseudo-Mourinho».

Apesar da troca de declarações entre os técnicos, existem alguns pontos interessantes a destacar da partida. É verdade que o Fama criou mais lances claros de perigo, mas isso não se traduziu em vitória. Os gansos aproveitaram a sua única grande ocasião e garantiram a conquista de um ponto.


OneFootball Videos


Ainda assim, importa dar destaque a um cenário que começa a ser recorrente para os famalicenses: foi o terceiro golo consecutivo marcado na sequência de um pontapé de canto - sendo o mais recente da autoria de Léo Realpe. Nas últimas três jornadas, o FC Famalicão rubricou três tentos nascidos da tão útil bola parada.

Um recurso explorado em qualquer situação

O futebol moderno chegou para ficar. O jogo sofreu várias mutações e pode ser interpretado de formas diferentes - se melhorou ou piorou dependerá sempre da perspetiva. Existe, porém, um ponto inegável: mais do que nunca, os pequenos pormenores decidem partidas.

Todos os momentos são relevantes e, nesse contexto, as bolas paradas assumem hoje uma importância acrescida. Há mesmo treinadores especialistas nesta vertente - veja-se o caso da seleção portuguesa, que conta na sua equipa técnica com Austin MacPhee, afamado pelo seu vasto conhecimento sobre o tema.

Como referido, o FC Famalicão marcou os seus últimos três golos na I Liga na sequência de pontapés de canto. Curiosamente, todos surgiram em circunstâncias diferentes, confirmando a utilidade deste recurso e a mestria dos pupilos de Hugo Oliveira neste tipo de lances.

O primeiro da série aconteceu frente ao AFS, em jogo que terminou com uma vitória fora de portas (0-1). Apesar do mau arranque no campeonato, os avenses estavam a dificultar a vida ao Famalicão, que ficou reduzido a dez unidades após a expulsão de Léo Realpe.

E foi nesta circunstâncias- aos 70 minutos, em momento de aflição - que os visitantes encontraram no trabalho de bola parada a chave para os três pontos: Sorriso cobrou um canto tenso para o primeiro poste, onde Justin de Haas se impôs nas alturas com uma cabeçada indefensável.

Na jornada seguinte, diante do Sporting, o golo de canto surgiu num cenário completamente distinto. O encontro estava ainda a ganhar forma quando, aos 17 minutos, o conjunto da casa conquistou o seu terceiro canto da partida. Gil Dias bateu à maneira curta, combinou com Mathias de Amorim e cruzou diretamente para a área.

A bola desviou em Francisco Trincão e acabou por sobrar para a zona do segundo poste, onde Gustavo Sá apareceu para finalizar - numa jogada em que a equipa da casa tinha superioridade numérica nessa zona (5x4). Apesar, de mais tarde, o FC Famalicão ter sofrido uma remontada (1-2), ficou a prova de que também diante do bicampeão nacional a bola parada foi uma arma letal.

Por fim, frente ao Casa Pia, neste domingo, o golo surgiu logo no arranque da segunda parte, depois de um primeiro tempo marcado pela ineficácia. À semelhança do que acontecera diante do Sporting, Gil Dias voltou a cobrar curto para Mathias de Amorim e cruzou para o segundo poste.

Uma «cópia» da jogada criada frente aos leões, desta vez finalizada por Léo Realpe, de cabeça.

Na conferência de imprensa após o jogo contra os casapianos, Hugo Oliveira comentou o golo: «Podíamos ter ido para o intervalo com um resultado completamente diferente. Mas continuámos na segunda parte e fizemos o golo em mais um momento de trabalho de equipa.»

O FC Famalicão tem conseguido capitalizar os seus cantos de forma exemplar. Resta perceber se esta tendência se consolidará como a imagem de marca da equipa de Vila Nova de Famalicão nas próximas jornadas.

View publisher imprint