Um jogo e três adversários: o Estudiantes, a arbitragem, nossas próprias substituições | OneFootball

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·19 September 2025

Um jogo e três adversários: o Estudiantes, a arbitragem, nossas próprias substituições

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Foram 10 minutos de sonho. Já na saída de bola Pedro abriu o placar, com oito minutos Varela havia feito o segundo e a sensação no Maracanã era de possibilidades infinitas. A goleada seria contundente, a classificação seria selada em casa, o título era questão de tempo, amanhã de manhã sua mãe iria te contar que seu verdadeiro pai biológico é um bilionário árabe que não só possui um time de futebol como quer você de camisa 10 e quem não te passar a bola toma chibatada.

E não é que o Flamengo não tenha responsabilidade no que veio depois, na morte do sonho, no fim desse momento, na extinção dessa fofa criatura que era a ilusão de um jogo fácil. A equipe rubro-negra fez sim coisas que jamais deveria fazer.


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Foram muitos gols perdidos, foram inúmeras chances desperdiçadas, foi mais uma vez Filipe Luís, tal qual uma criança mostrando que consegue andar de bicicleta sem usar as mãos, tentando nos convencer que o Flamengo pode se manter em campo sem nenhum jogador de ataque que use o cérebro. Permitir que Allan participe do jogo é sempre tão seguro quanto deixar o arsenal nuclear russo nas mãos do ex-BBB Davi Brito, tirar Arrascaeta sem colocar nenhum meia no lugar inevitavelmente deixa o time recheado de pontinhas que correm, brigam, mas não tem a capacidade de segurar a bola e articular uma jogada.

Mas ainda que o Flamengo tinha sim sua parcela de culpa, é muito complicado negar o espetáculo que foi a arbitragem de André Rojas, nos oferecendo talvez a mais ousada e impressionante atuação de um artista colombiano no Brasil desde a última turnê de Shakira, com a diferença que a cantora provavelmente ignorou menos regras do futebol profissional durante a sua apresentação.

Foram pênaltis não marcados, foram faltas invertidas, expulsões equivocadas e gols que possivelmente deveriam ter sido anulados, tudo isso potencializado por uma incrível e injustificada autossuficiência que fazia com que o árbitro não recorresse ao VAR mesmo em jogadas onde poderia fazer toda a diferença.

O resultado dessa combinação de vacilos do Flamengo com forte influência da arbitragem no resultado foi uma noite que tinha tudo para ser de goleada rubro-negra se transformando em uma vitória suada, que deixa a situação absolutamente em aberto para o jogo de volta, na Argentina, além de colocar mais pressão na equipe rubro-negra para o clássico desse fim de semana, pelo Campeonato Brasileiro.

A classificação em La Plata é absolutamente possível? Certamente. Mas era pra ela estar bem mais encaminhada e o Flamengo estar numa situação bem menos preocupante? Com certeza também. Resta agora buscar não apenas uma vitória consistente pelo Brasileirão e depois ao menos um empate maroto na outra semana, pra garantir a vaga nas semifinais. Qualidade pra isso a gente tem, e se a gente jogar o que sabe, nem mesmo o juiz vai conseguir impedir.

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