Viu Salvador Blopa crescer no Sporting e confessa: "Nunca poderia jogar..." | OneFootball

João Couto explicou a razão pela qual Salvador Blopa abandonou a posição de ponta-de-lança, para passar a jogar nas alas. O jornal Record falou com vários elementos do staff da Academia do Sporting, que viram o jovem jogador crescer, depois do bis na estreia de leão ao peito, frente ao Alverca, nos quartos-de-final da Taça da Liga.

João Lourenço, técnico na Academia, trabalhou com Salvador Blopa e contou algumas histórias: "Não teve um contexto fácil mas sempre mostrou determinação, humildade e capacidade de trabalho. Para dar um exemplo participámos em França num torneio de sub-10, o 'Europoussins', onde ficámos numa vivenda onde os miúdos já tinham as suas responsabilidades como fazer a própria cama. O Blopa não só fazia tudo o que lhe pediam como logo em criança perguntava se podia pôr a mesa ou fazer mais coisas. Sempre foi uma pessoa humilde e educada dentro dos valores corretos".

"Estava em 1.º lugar na lista de talentos dos jovens que deviam transitar do Pólo EUL para Academia... foi uma excelente fornada onde também estava o Gabriel Silva, por exemplo. Em relação ao Salvador ainda não tinha dado o salto pubertário - período de aceleração rápida do crescimento - e isso só o tornava mais prometedor como se veio a verificar", explicou, de seguida, João Couto, antigo coordenador da Academia verde e branca.

João Lourenço falou, depois, da versatilidade do jogador, complementado, de seguida, por João Couto: "Nos sub-10 e sub-11 ainda não definimos as posições e ele ia jogando a avançado e médio-ofensivo pelas características técnicas. Só mais tarde, já nos sub-15, passou para extremo. Faz parte do processo de formação experimentar diferentes posições. Na ala mostrou ser um atleta capaz de fazer todo o corredor".

"Começou por ser identificado como avançado pela velocidade e resistência e era um ponta-de-lança dinâmico mas nunca poderia jogar fixo pois assim não seria possível explorar a sua velocidade. Tem a facilidade de rematar com os dois pés - qualidade inata que foi aperfeiçoando - e sentimos que seria melhor jogar de trás para a frente por isso começou a jogar a lateral. ", rematou o antigo coordenador da Academia do Sporting.