YOUNG DEVE ESTREAR, ENFIM, E LUTA PARA ENCERRAR 'MALDIÇÃO' DE GOLEIROS DA BASE NO SÃO PAULO | OneFootball

Jovem pode ser a novidade na escalação tricolor contra o Sport (Instagram)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

É bem provável que os torcedores são-paulinos vejam neste sábado (16) a estreia oficial de um jogador com a camisa tricolor: o goleiro Young, aposta para ser titular contra o Sport, em Recife (PE), pelo Campeonato Brasileiro. É sua primeira oportunidade após ser relacionado para 39 partidas.

O jovem de 23 anos, desde os 13 no São Paulo, chama a atenção pelos impressionantes 2,01 metros de altura, que fazem dele o atleta mais alto do plantel tricolor.

Young passou a frequentar os treinos no CT da Barra Funda em 2022, promovido pelo ídolo, referência da posição no clube do Morumbi e então treinador Rogério Ceni.

Mas nem tudo foram flores na trajetória da revelação. Relegado à quarta opção ao setor, viu o clube apostar na contratação de nomes veteranos, como Jandrei, Tiago Alves e Rafael. Motivo pelo qual estava decidido a não renovar o contrato com o Tricolor no ano passado. Acabou convencido pelos dirigentes a ficar diante da promessa de que receberia oportunidades. Acabou renovando até o final do ano que vem.

Bem, a oportunidade deve surgir só agora, com o esgotamento total da paciência com Jandrei, contestado pela torcida (mas admirado internamente, importante ressaltar) que se transferiu ao Juventude.

Nesse primeiro capítulo de sua trajetória jogando pelo São Paulo, Young vai ter a chance de quebrar uma escrita incômoda de goleiros revelados pela base tricolor.

Sim, apesar da referência ser Ceni, com seus mais de mil jogos e 100 gols, recordista absoluto de partidas disputadas e idolatria inquestionável formado na base tricolor, a verdade é que o clube do Morumbi não tem um grande histórico de pratas da casa assumindo essa posição no profissional.

Além de Rogério Ceni, somente dois outros arqueiros subiram das categorias de base e atuaram em mais de 30 partidas pela equipe principal: Caxambu (1937– 1943), com 80 jogos, e Barbirotto (1981–1985), com 55.

Depois deles, vem Lucas Perri, com 30 partidas, embora 22 delas pela Copa Paulista, torneio profissional que o São Paulo disputou com o sub-20 entre 2016 e 2017.

Os três estão muito distantes das 1.237 partidas de Ceni.

Além disso, o Tricolor não coloca uma revelação da base no gol desde 28 de julho de 2022, quando Thiago Couto — atualmente, o dono de seus direitos econômicos é o Sport, adversário de hoje, embora ele esteja emprestado ao Vitória — começou jogando na vitória por 1 a 0 sobre o América-MG, pela Copa do Brasil, no Morumbi.