Calciopédia
·1 de noviembre de 2024
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·1 de noviembre de 2024
Mais uma rodada da Serie A foi encerrada e, já com 30 pontos disputados, o campeonato começa a realmente tomar forma. A 10ª jornada teve muitas expulsões e poucas grandes surpresas, mas deixou clara a força de alguns times, como o Napoli, cada vez mais líder, que venceu o Milan em San Siro. A equipe treinada pelo polêmico – porém extremamente competente – Antonio Conte tem se aproveitado do calendário mais enxuto, sem competições europeias, para desenvolver cada vez mais seu jogo e se mostra um candidato fortíssimo ao scudetto. Certamente os azzurri iniciaram a maratona de confrontos complicados deste mês com o pé direito.
A grande decepção ficou por conta da Juventus, que, em casa, empatou com o modesto Parma, precisando duas vezes correr atrás do resultado. Antes uma fortaleza impenetrável, a defesa montada por Thiago Motta foi irreconhecível nas últimas rodadas, tomando seis gols em dois jogos – e havia sofrido apenas um nas oito partidas iniciais do certame. Já o ataque segue oscilante, sendo capaz de marcar quatro vezes contra a favorita Inter, mas duas contra o Parma, além de já ter passado partidas em sequência sem balançar as redes. Assim, a Velha Senhora, a exemplo do Milan, vai se afastando da liderança.
Já Atalanta, Inter e Lazio fizeram valer o amplo favoritismo contra Monza, Empoli e Como, respectivamente, e não permitiram que o Napoli iniciasse uma verdadeira fuga na liderança. Já a Fiorentina aproveitou para chegar ao G4, com os mesmos pontos dos nerazzurri de Bérgamo e dos celestes da capital italiana. Tudo isso e muito mais você confere a seguir no resumo da 10ª rodada da Serie A!
Gols e assistências: Lukaku (Anguissa) e Kvaratskhelia (Olivera) Tops: Kvaratskhelia e Anguissa (Napoli) Flops: Pavlovic e Maignan (Milan)
No San Siro, tivemos mais uma aula do que é o futebol de Antonio Conte. Um time compacto, que não faz questão de ficar muito tempo com a posse da bola, se defende bem e tem uma saída de jogo praticamente impecável, visando atrair seu rival, escapar da pressão e acelerar. O time de Paulo Fonseca em nenhum momento foi capaz de furar o bloqueio napolitano, tendo que apelar para finalizações de longe ou com muita marcação.
Os azzurri começaram a construir sua vitória logo no começo da partida, e com a principal valência de seu centroavante. Lukaku utilizou sua força para superar Pavlovic e, com frieza na frente de Maignan, abriu o placar – só o belga e o nigeriano Lookman, da Atalanta, marcaram e forneceram assistências pelo menos quatro vezes nesta Serie A. Ainda na primeira etapa, o talentoso Kvaratskhelia mostrou que esta temporada se parece menos com a passada e mais com a época anterior, que culminou no título do Napoli. Ele se aproveitou da fragilidade defensiva do Milan para penetrar o campo adversário e acertar um belíssimo chute na bochecha da rede, sem chances para o arqueiro francês.
Os rossoneri, sem criatividade, tentaram criar oportunidades, mas não obtiveram sucesso, mal conseguindo dar trabalho para Meret, que saiu de campo com o uniforme limpo. A forte defesa e a eficiência do ataque explicam porque o Napoli lidera a Serie A após 10 rodadas e já abriu quatro pontos de vantagem. O Milan tem um jogo a menos, mas já está perdendo contato com a briga pelo título e se complicando até para chegar à Liga dos Campeões da próxima temporada.
Gols e assistências: Frattesi (Darmian), Frattesi (Lautaro) e Lautaro (Barella) Tops: Frattesi e Lautaro (Empoli) Flops: Goglichidze e Viti (Empoli)
Mais uma expulsão precoce mudou a história de um jogo nesta edição do Campeonato Italiano. Um dos times mais completos do mundo na última temporada, tendo capacidade de furar retrancas de equipes mais modestas e defensivas e jogar no contra-ataque contra adversários poderosos, a Inter de Simone Inzaghi ainda não engrenou na época atual.
Enfrentando um frágil Empoli, que, é verdade, faz uma campanha melhor do que a encomenda, os nerazzurri fizeram um primeiro tempo burocrático, precisando contar com um homem a mais em campo e um pouco de sorte para desamarrar o jogo, já na segunda metade. Com meia hora de bola rolando, Goglichidze deu uma entrada dura, de cima para baixo, em Thuram. O árbitro Matteo Marchetti a princípio não tinha dado cartão vermelho, mas o VAR entrou em ação para corrigir esta decisão.
Com um a mais, a Inter começou a crescer na partida, até que, no início da etapa final, um chute de Frattesi, com desvio no atrasado Viti, enganou o goleiro Vásquez, inaugurou o marcador e deu início a um massacre. Um dos quatro ex-atletas dos azzurri na equipe de Milão, o meia da seleção italiana anotou sua doppietta pouco depois e encaminhou a vitória dos visitantes.
Um triunfo que ficou mais saboroso no final, depois que um grande vacilo do arqueiro adversário permitiu a Lautaro reencontrar as redes, chegar a quatro gols na Serie A e a 134 com a camisa nerazzurra – se tornando, isoladamente, o maior artilheiro estrangeiro da Beneamata. Com direito a noite histórica, a vice-líder garantiu mais três pontos e não deixou a distância para o Napoli aumentar.
Lautaro viveu noite histórica em Empoli e a Inter não permitiu que o Napoli disparasse na liderança da Serie A (Getty)
Gols e assistências: Samardzic (Retegui) e Zappacosta (Samardzic) Tops: Samardzic e Zappacosta (Atalanta) Flops: Mota e Caprari (Genoa)
Uma atuação dominante dos comandados de Gian Piero Gasperini. Apesar de o Monza ser um adversário modesto, já conseguiu resultados expressivos no torneio, como empates com Roma, Fiorentina e até com a poderosa Inter, que, curiosamente, tem os mesmos números defensivos que os biancorossi. E, treinado pelo brilhante ex-zagueiro Alessandro Nesta, o time conseguiu, por um bom tempo, atrapalhar o melhor ataque do campeonato. Mas o poderio ofensivo da Dea é irresistível.
O primeiro tempo foi morno, como os visitantes, que se contentaram com um empate, queriam. Sem grandes chances para nenhum dos lados, era uma partida então de poucos riscos, chegando ao intervalo com o placar em branco. Já a segunda metade do jogo foi mais à feição do que Gasperini acredita de futebol. Um ritmo intenso, com muita velocidade e agressividade. E tudo porque o treinador fez alterações certeiras, lançando Samardzic e Zappacosta a campo, nos lugares de Lookman e Ruggeri.
Como já é de praxe da Atalanta, o coletivo faz a diferença, de modo que a equipe não dependa de jogadores específicos. As individualidades do time de Bérgamo aparecem e podem vir de qualquer lugar. Desta vez, os dois jogadores vindos do banco decidiram. Samardzic abriu o placar fazendo uma bela jogada dentro da área e finalizando com categoria. Depois, o sérvio serviu Zappacosta: da entrada da área, o ala arrematou muito bem para dar números finais ao jogo e mandar a Dea para a terceira posição, com os mesmos 19 pontos de Fiorentina e Lazio.
Gols e assistências: Mazzitelli; Castellanos (pênalti), Pedro (Nuno Tavares), Patric (Dia), Castellanos (Dia) e Tchaouna (Lazzari) Tops: Castellanos e Dia (Lazio) Flops: Audero e Braunöder (Como)
A Lazio se impôs do início ao fim da partida, não dando nenhuma chance para o Como e saindo com uma goleada expressiva fora de casa. O time de Marco Baroni vem crescendo na temporada e já chegou à terceira colocação, ao lado de Atalanta e Fiorentina, após 10 rodadas. Já os biancoblù vêm enfrentando dificuldades após um início promissor no torneio, no qual venceram a Dea em Bérgamo, num dos clássicos da Lombardia.
A equipe de Roma demorou quase meia hora para conseguir abrir o placar, mas, quando o fez, em um pênalti de Castellanos, já marcou mais um logo em seguida, com Pedro, finalizando a primeira metade do jogo com uma vantagem de dois gols. A grande surpresa se deu na volta do intervalo, quando, no início da etapa complementar, o romano – e ex-romanista – Mazzitelli descontou com uma linda puxeta, encobrindo Provedel e recolocando seu time no jogo.
A alegria, porém, durou pouco, pois não demorou nem dez minutos para Braunöder receber seu segundo amarelo e, consequentemente, vermelho – um erro crasso do austríaco, aliás, já havia sido preponderante para a derrota para o Torino, na última rodada. Entretanto, os biancocelesti não teriam tempo para aproveitar a vantagem numérica, pois Nuno Tavares também seria expulso devido ao acúmulo de cartões. Com mais espaço, os visitantes aceleraram o jogo, contaram com uma boa contribuição de Dia, saído do banco, e mandaram na partida, marcando com Patric, Castellanos mais uma vez e Tchaouna. A Lazio vem em uma boa fase e cada vez mais se torna candidata às competições europeias.
Samardzic saiu do banco e decidiu a partida contra o Monza: com a vitória, a Atalanta subiu para a terceira posição (Getty)
Gol: Gosens Tops: De Gea e Gosens (Fiorentina) Flops: Vogliacco e Sabelli (Genoa)
Uma vitória suada, mas muito importante da Fiorentina, que chegou à terceira colocação da Serie A, juntamente a Atalanta e Lazio, e se firmou na briga por classificação para a Liga dos Campeões. A equipe da Toscana ainda sentiu o gostinho extra de ter ultrapassado a Juventus, sua maior rival, empurrando-a para a sexta posição.
Já o Genoa não fez uma má partida. Conseguiu dificultar a vida dos visitantes e até teve um maior índice de gols esperados, mas foi derrotado ainda assim, ficando na lanterna da competição, após os triunfos de Lecce e Venezia. As lesões que limitaram drasticamente a quantidade de opções que Alberto Gilardino tem no ataque são o principal fator para o momento negativo. Será que Balotelli, reforço inesperado dos grifoni, já presente nas tribunas de honra do Marassi, terá condições de contribuir para uma reviravolta?
O primeiro tempo foi de poucas oportunidades para os dois times. A Fiorentina teve quase toda a posse da bola, mas muita dificuldade para criar. O Genoa, por outro lado, executou muito bem sua estratégia defensiva. Foi apenas na segunda etapa que os visitantes conseguiram seu único gol, com Gosens, num lance bastante fortuito dentro da área. Aparecendo como centroavante trombador, o alemão garantiu uma vitória simples em um jogo em que os atacantes foram inferiores aos marcadores. E ainda vale o destaque para De Gea, que, já no apagar das luzes, fez uma defesaça para evitar o empate dos lígures.
Gols e assistências: McKennie (Weah) e Weah (Conceição); Delprato (Balogh) e Sohm (Man) Tops: Weah (Juventus) e Delprato (Parma) Flops: Vlahovic (Juventus) e Charpentier (Parma)
Um jogo muito movimentado entre times em situações diferentes na tabela. A Vecchia Signora sonha em voltar ao topo da Itália, enquanto os crociati querem eliminar o risco de rebaixamento o mais rapidamente possível. E o time visitante surpreendeu com uma atuação sólida, tanto coletiva quanto individualmente. Os comandados de Fabio Pecchia, ex-jogador da Juventus, poderiam ter vencido. Do outro lado, os bianconeri sofreram com mais uma partida ruim de Danilo e com a falta de pontaria de Vlahovic – os dois disputaram o inglório prêmio de pior em campo.
O Parma abriu o placar logo no início, com o capitão Delprato, em uma jogada típica de futevôlei. Sem Bremer, que não deve mais jogar em 2024-25, a Juventus permitiu que a dupla de zagueiros dos ducali fizesse uma tabelinha aérea dentro de sua grande área. Mais agressiva com o comando de Thiago Motta, a Juve criou oportunidades até chegar ao empate ainda na primeira etapa, com McKennie. O que a equipe de Turim não previa é que Sohm recolocaria seu adversário em vantagem antes do intervalo, noutra excelente subida gialloblù.
O segundo tempo foi de maior imposição bianconera, ainda que o Parma conseguisse distribuir o jogo com o excelente Bernabé e incomodasse pela ponta direita, com o insinuante Man. Só que o time emiliano sofreu com os ataques dos mandantes, que igualaram o marcador mais uma vez logo no início, com Weah – o melhor bianconero em campo. A diferença de qualidade entre os elencos se fazia sentir.
A Juventus teve bastante tempo para virar o jogo com a força de sua torcida e tentou empurrar os visitantes para trás. Mas quem criou as melhores oportunidades foram os gialloblù, que não conseguiram, porém, transformá-las em bolas na rede. Charpentier, cara a cara com Di Gregorio, desperdiçou a melhor. E, por muito pouco, o goleiro Suzuki não atirou um balde de água fria bem na cabeça dos visitantes, no último lance: soltou uma bola fácil nos pés de Yildiz, que só não marcou devido a um corte providencial de Delprato, quase sobre a linha.
O empate deixou um sabor amargo para os dois lados. Tanto para o Parma, que esteve à frente do marcador duas vezes e poderia ter aproveitado a vantagem, quanto para a Juventus, que, em casa, não conseguiu fazer valer o apoio da torcida e viu seus principais concorrentes vencendo e a deixando de fora do G4.
Eficiente, a Lazio contou com poder de decisão de Castellanos para superar o Como e ultrapassar a Juventus (Getty)
Gol: Dybala Tops: Dybala e Pisilli (Roma) Flops: Linetty e Masina (Torino)
No Olímpico, tivemos mais um jogo sem brilho da Roma. Porém, a vitória foi fundamental para acabar com a sequência de três partidas sem triunfar na Serie A e, principalmente, para segurar o técnico Ivan Juric no cargo. O croata era só sorrisos após o duelo contra o Torino, seu antigo time, em contraste com a imagem chorosa registrada durante a goleada por 5 a 1 no fim de semana, contra a Fiorentina.
Com a vitória, a equipe da capital voltou a figurar na metade de cima da tabela, mas ainda precisa de mais regularidade para sonhar em disputar vaga em competições europeias. Como o campeonato está muito equilibrado, a distância para o pelotão que luta por esses lugares não é muito grande – a Udinese, sétima, está só três pontinhos acima da Roma. Entre elas, temos exatamente o Torino de Paolo Vanoli, oitavo juntamente com o Milan, que perdeu a oportunidade de se inserir de vez nessa briga.
A noite prometia um confronto equilibrado, e de fato foi. Pouquíssimas coisas aconteceram, inclusive: escassas oportunidades na primeira etapa e ainda menos na segunda. Foi a individualidade de Dybala que resolveu um jogo que, pelo que foi construído, poderia muito bem ter acabado com o placar em branco. O argentino, desta vez, jogou como um camisa 9, sem a presença de um centroavante de ofício. Pode não ser onde ele rende melhor, mas a adaptação trouxe o resultado positivo e pode ser uma solução para a ausência de Dovbyk. Mas também é verdade que a vida do argentino foi facilitada pelo erro crasso de Linetty, que lhe ofereceu o gol, e pelo corte equivocado de Masina, que entrou na baliza com bola e tudo no lance que definiu o placar.
Gols e assistências: Orsolini (Ndoye) e Odgaard (Lucumí) Tops: Ndoye e Skorupski (Bologna) Flops: Scuffet e Zappa (Cagliari)
Mesmo após o baque da saída de seu treinador Thiago Motta e de diversos jogadores do elenco, incluindo o artilheiro Zirkzee e o zagueiro Calafiori, o Bologna faz um início de temporada digno, se mantendo perto da parte de cima da tabela com um jogo a menos. O trabalho de Vincenzo Italiano não é brilhante e ainda está distante do que o seu antecessor apresentou, mas também vem se consolidando e, assim, os rossoblù estão em uma situação confortável na tabela.
O time da Emília-Romanha já se afastou da zona de rebaixamento e tem tentado sonhar com uma nova briga por competições europeias. Será possível? A torcida espera que sim, principalmente com a volta do capitão Ferguson, que foi relacionado para o jogo contra o Cagliari – apesar de não ter atuado. Foi a primeira vez que o escocês esteve à disposição do Bologna desde o rompimento dos ligamentos do joelho, em abril.
Em um jogo equilibrado, venceu quem teve mais eficiência. O Cagliari, durante todo o torneio, vem deixando boas impressões, mas tendo grandes problemas para definir, o que voltou a acontecer nesta partida. O time da Sardenha conseguiu desenvolver seu futebol e criar oportunidades, mas fracassou no momento de aproveitar as chances – méritos também para o goleiro Skorupski, que somou várias defesas relevantes ao longo da peleja. Quando se enfrenta um rival bem organizado, como é o Bologna, é impossível não ser penalizado pelas ocasiões desperdiçadas.
A partida foi definida no detalhe, e também na habilidade de Ndoye, que cansou os seus marcadores e gerou perigo constante pelos flancos. Os visitantes, com uma jogada muito bem trabalhada e concluída com precisão por Orsolini, saíram na frente ainda no primeiro tempo. Já no início da etapa final, uma finalização de rara felicidade de Odgaard deu números finais ao jogo. O time da casa até tentou diminuir e produziu algumas chances, mas esbarrou na própria dificuldade de arrematar.
Sem brilhantismo, a Fiorentina superou o Genoa e deu sequência a seu bom momento: divide a terceira posição com Atalanta e Lazio (Getty)
Gols e assistências: Pohjanpalo (pênalti), Nicolussi Caviglia e Pohjanpalo (pênalti); Lovric (Bravo) e Bravo Tops: Pohjanpalo e Oristanio (Venezia) Flops: Touré e Kabasele (Udinese)
Apesar de trazer poucas expectativas por se tratarem de duas equipes com camisas não tão tradicionais ou vencedoras, a partida entre Venezia e Udinese foi certamente uma das mais interessantes e emocionantes da rodada. Regionalmente, entretanto, era bastante aguardada – afinal, tratava-se de um dos dérbis do Trivêneto. Em campo, teríamos uma disputa entre times em situações opostas na tabela: os mandantes querendo reagir na competição para escaparem do rebaixamento e os visitantes brigando por vaga em competições europeias. E, mais uma vez, um cartão vermelho alterou o rumo do jogo.
O primeiro tempo foi equilibrado, com poucas grandes chances de gol, mas com a Udinese saindo na frente com belas finalizações de Lovric e Bravo, chegando a uma vantagem de dois gols. Considerando a fragilidade do Venezia, a sensação era de vitória encaminhada para os friulanos. Porém, os visitantes jogaram tudo no lixo. Já no fim da primeira etapa, Giannetti cometeu pênalti e o finladês Pohjanpalo descontou, recolocando seu time na partida. A sorte dos lagunari continuaria no segundo tempo, especialmente a partir da entrada de Oristanio e dos 53 minutos, quando Touré foi expulso ao impedir, com falta, uma chance clara e manifesta de gol.
Por ironia do destino, a infração nem sequer impediu o empate do time da casa, por conta de uma belíssima cobrança de Nicolussi Caviglia. O placar, então, estava igualado, mas os mandantes tinham um jogador a mais. E fizeram valer a vantagem, crescendo no jogo e criando diversas oportunidades. Mas foi a bola parada que decidiu novamente. E, também, os erros da Udinese: Kabasele, que havia entrado em campo para suprir a expulsão de Touré, se atirou de carrinho com os braços abertos e, dentro da área, bloqueou o chute de Duncan de maneira irregular. Pela segunda vez, o time de Eusebio Di Francesco teve uma penalidade máxima e, de novo, Pohjanpalo não desperdiçou, concretizando a virada sobre os comandados de Kosta Runjaic.
Gol e assistência: Dorgu (Banda) Tops: Dorgu e Gaspar (Lecce) Flops: Tchatchoua e Belahyane (Verona)
Uma expulsão no primeiro tempo condicionou o confronto direto, renovando as esperanças do Lecce e impedindo que o Verona conseguisse acumular gordura na luta contra o rebaixamento. No final da etapa inicial, após uma belíssima jogada individual, Dorgu saiu cara a cara com o goleiro Perilli. Ele só não contava com a ação de Tchatchoua, que preferiu cometer a falta em uma chance clara e manifesta de gol a deixar o atacante finalizar. Assim, o lateral recebeu o cartão vermelho.
O lance mudou o destino do jogo, com a segunda metade sendo completamente dominada pelo time da casa, que marcou logo no início com o próprio Dorgu. Curiosamente, o dinamarquês de origem nigeriana teria mais dois gols anulados.
O meio-campista Belahyane ainda seria expulso, deixando o Verona com apenas nove em campo, e tornando impossível uma já improvável reação. Até porque, defensivamente, o Lecce se portou muito bem. O time de Luca Gotti tem alternado goleadas vexatórias a excelentes atuações de sua retaguarda. Nos melhores momentos, o destaque tem ficado para o angolano Gaspar, uma das gratas surpresas da posição em 2024-25.
Skorupski (Bologna); Zappacosta (Atalanta), Delprato (Parma), Gaspar (Lecce), Dorgu (Lecce); Frattesi (Inter), Bernabé (Parma), Samardzic (Atalanta); Lautaro (Inter), Pohjanpalo (Venezia), Castellanos (Lazio). Técnico: Antonio Conte (Napoli).