Calciopédia
·11 de noviembre de 2024
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·11 de noviembre de 2024
Na jornada que antecedeu a pausa para a Data Fifa, as partidas realizadas ratificaram a palavra que melhor define o Campeonato Italiano até o momento: equilíbrio. Em uma temporada em que a liderança é disputada ponto a ponto, o Napoli deixou escapar a chance de se distanciar ao empatar com a Inter em 1 a 1 no San Siro – assim como os nerazzurri perderam a oportunidade de, em casa, tomarem a primeira posição da Serie a. Agora, o time de Antonio Conte continua na frente, mas sente a pressão de não apenas uma, mas de quatro equipes em seu encalço, todas separadas por apenas um ponto.
Com apenas dois pontos separando o líder Napoli (26) da sexta colocada, a Serie A está mais disputada do que nunca – e de forma absolutamente inesperada. Atalanta, Fiorentina, Inter e Lazio estão logo atrás dos azzurri, todas com 25. A Juventus, na sexta colocação, aparece com 24.
A equipe de Thiago Motta, aliás, segue invicta e venceu o Derby della Mole, contra o Torino. Enquanto a Velha Senhora mantém sua consistência, o Torino afunda em uma má fase, acumulando mais uma derrota – o que reforça a necessidade de reencontrar o caminho, após um bom início de campeonato. Ao mesmo tempo, a Fiorentina continua sua impressionante sequência de vitórias. Comandada por Kean, que brilhou com uma tripletta na vitória sobre o Verona e se tornou vice-artilheiro da Serie A, a Viola agora desponta como uma candidata momentânea ao título.
Por outro lado, a Roma se afundou ainda mais ao perder para o Bologna, resultado que culminou na demissão de Ivan Juric. Os giallorossi agora buscam um recomeço, enquanto o time rossoblù mostrou força para se reerguer. Quem saboreia é a Lazio, sua arquirrival, que mostra solidez e, com quatro triunfos em sequência, está na luta pelo scudetto no momento. Já a Atalanta, mesmo enfrentando várias lesões, conseguiu a virada sobre a Udinese, alcançando sua sexta vitória consecutiva e mantendo-se firme na briga pela liderança.
Mais perto do meio da tabela, o Milan e o Bologna, com 18 pontos, tentam não se distanciarem das equipes acima, enquanto Roma, Torino e Empoli tentam se reerguer, com 13, 14 e 15 pontinhos, respectivamente. Já na parte inferior, a luta para escapar da zona de rebaixamento esquenta, com Monza e Venezia dividindo a lanterna. O Lecce, também em dificuldades, mudou de técnico, enquanto Como, Cagliari e Genoa ainda flertam com o perigo da degola. Confira tudo isso no resumo da jornada.
Gols e assistências: Çalhanoglu (Bastoni); McTominay (Rrahmani) Tops: Acerbi (Inter) e Rrahmani (Napoli) Flops: Dumfries (Inter) e Meret (Napoli)
Antonio Conte e Lukaku voltaram a Milão, dessa vez como adversários da fortíssima Inter, em um confronto de altíssimo nível no San Siro. Inter e Napoli empataram por 1 a 1 em um jogo envolto em muita intensidade e polêmicas. O resultado manteve os visitantes na liderança isolada da Serie A, enquanto os nerazzurri seguem na perseguição, mas com a frustração de não ter aproveitado as chances claras que tiveram na segunda etapa, incluindo um pênalti desperdiçado por Çalhanoglu. Foi a primeira cobrança que o turco errou desde que chegou à Itália, considerando apenas o futebol de clubes. No campeonato, havia convertido as 17 anteriores.
A partida começou com o Napoli controlando o ritmo e bloqueando as principais jogadas dos mandantes. A estratégia de Conte anulou Lautaro e Dimarco, forçando a Inter a buscar alternativas sem profundidade. O Napoli foi mais incisivo e abriu o placar aos 23 minutos, com McTominay aproveitando uma bola espirrada, após escanteio cobrado por Kvaratskhelia. O escocês, gigante no meio-campo, mostrou mais uma vez porque tem sido uma peça-chave para os napolitanos nesta temporada.
A Inter demorou a reagir, mas encontrou o empate no final do primeiro tempo. Após um início apagado, Çalhanoglu acertou um chute espetacular de fora da área, aos 42 minutos, surpreendendo Meret e devolvendo a esperança aos torcedores nerazzurri. Foi um momento de pura magia do turco, que vinha sendo o jogador mais consistente do time até aquele momento.
No segundo tempo, a Inter voltou mais agressiva, com Acerbi liderando a defesa e ajudando na transição ofensiva. A equipe de Simone Inzaghi chegou perto de virar o jogo, com Dimarco acertando a trave aos 52 minutos. A melhor oportunidade, no entanto, veio aos 74, quando Dumfries sofreu um pênalti em uma jogada confusa na área. Çalhanoglu, confiante após seu gol, assumiu a cobrança, mas viu seu chute explodir no poste, frustrando os torcedores no San Siro.
O Napoli, embora menos incisivo na segunda etapa, conseguiu segurar a pressão com uma defesa sólida, liderada por Buongiorno e Rrahmani. O time ainda buscou contra-ataques com Kvaratskhelia e Politano, mas sem sucesso. Nos minutos finais, Meret brilhou ao defender um chute perigoso de Barella, garantindo o ponto precioso fora de casa.
Com o empate, o Napoli manteve a liderança isolada, enquanto a Inter, que jogou melhor, perdeu a chance de ultrapassar o rival direto. O resultado deixou claro que a corrida pelo título está mais aberta do que nunca, com cada ponto sendo disputado como ouro. Este confronto foi apenas o primeiro capítulo de uma rivalidade que promete ser a principal nesta temporada, vide a qualidade e consistência das duas equipes.
Gols e assistências: Weah e Yildiz (Conceição) Tops: Cambiaso e Yildiz (Juventus) Flops: Vojvoda e Pedersen (Torino)
Torino é bianconera – pela enésima vez nas últimas três décadas, que foram de absoluto domínio da Juventus, derrotada em somente um clássico neste recorte. Para o Derby della Mole, Thiago Motta manteve a espinha dorsal da equipe, poupando poucos jogadores em comparação à partida pela Champions League, no meio da semana. Weah e Savona ganharam mais minutos, enquanto Perin foi o titular no gol. O Torino, que enfrentava um jejum de vitórias, não conseguiu se impor e acumulou mais uma derrota, mesmo com a tentativa de Vanoli de ajustar o time em meio a desfalques importantes, como Zapata e Adams.
A Juventus iniciou a partida com intensidade, explorando a lateral esquerda com Cambiaso e Koopmeiners, que controlavam o ritmo e criavam oportunidades. O primeiro gol saiu aos 18 minutos: Cambiaso fez uma grande jogada individual, chutou cruzado e Milinkovic-Savic espalmou, mas Weah aproveitou o rebote e empurrou para as redes. Foi o quarto gol do jovem norte-americano na temporada, consolidando sua excelente forma. O Torino teve poucas respostas, limitando-se a tentativas tímidas, como um passe de Vlasic que não encontrou finalização eficaz.
No segundo tempo, o Torino voltou mais agressivo, buscando verticalidade e tentando surpreender a Juventus. Lazaro foi um dos mais ativos, mas a falta de apoio ofensivo impediu o time de ser mais incisivo. Enquanto isso, a Juventus controlava o jogo e buscava ampliar a vantagem. Aos 70 minutos, Weah chegou a marcar o segundo gol, mas o lance foi anulado por toque de mão na jogada. Thiago Motta então trouxe Francisco Conceição para o jogo, substituindo Vlahovic, e a entrada do português teve impacto imediato.
Aos 84 minutos, Conceição mostrou sua qualidade ao fazer uma bela jogada pela esquerda e cruzar para Yildiz. O jovem de 19 anos, titular em seu primeiro Derby della Mole e no aniversário de 50 de seu ídolo Del Piero, marcou de cabeça, selando o placar e comemorando com a torcida e repetindo, mais uma vez, a icônica comemoração do lendário camisa 10 da Velha Senhora – que autorizou o turco a assumir a mesma numeração. Com a vitória garantida, a Juventus administrou os minutos finais, enquanto Perin fez sua única grande defesa no chute de Sanabria, já aos 90.
A vitória colocou a Juventus a apenas dois pontos do líder Napoli. Vale destacar a solidez defensiva da equipe, que teve a sua melhor atuação defensiva desde a lesão de Bremer, e a eficácia de seus jovens talentos. Por outro lado, o Torino segue em má fase, com Vanoli precisando encontrar soluções urgentes para evitar o prolongamento da sequência negativa.
No aniversário de Del Piero, Yildiz fechou a vitória da Juventus no clássico com o Torino (Getty)
Gols e assistências: Kean (Beltrán), Kean (Adli) e Kean (De Gea); Serdar Tops: Kean e Tengstedt (Fiorentina) Flops: Magnani e Coppola (Verona)
Kean foi o nome da partida no Artemio Franchi, conduzindo a Fiorentina à vitória por 3 a 1 sobre o Verona com uma tripletta espetacular. Para o atacante ítalo-marfinense, foi mais um jogo memorável, elevando sua marca para oito gols na competição, atrás apenas de Retegui, seu companheiro de seleção – nada mal para quem passou 2023-24 zerado. Por sua vez, a equipe de Raffaele Palladino chegou à sexta vitória consecutiva na Serie A e agora está na vice-liderança, junto de Atalanta, Inter e Lazio.
A Fiorentina começou com muita energia e abriu o placar logo aos 4 minutos. Após assistência de Beltrán, Kean finalizou bem para vencer Montipò. O Verona reagiu rapidamente e empatou com Serdar aos 18, aproveitando uma falha de Bove para acertar um belo chute no canto, sem chances para De Gea. A partida seguiu equilibrada no restante do primeiro tempo, com a Viola dominando a posse, mas enfrentando dificuldades para furar a defesa compacta dos visitantes.
No segundo tempo, a Fiorentina voltou mais agressiva, e Kean mostrou novamente sua estrela. Aos 59 minutos, ele aproveitou um escanteio de Adli para finalizar de voleio e recolocar a Viola na frente. O Verona tentou reagir com substituições, mas as mudanças de Paolo Zanetti não surtiram o efeito esperado. O time visitante teve chances esporádicas, mas não conseguiu ameaçar seriamente a vantagem dos donos da casa.
Nos acréscimos, Kean selou a vitória e sua atuação de gala. Após lançamento de De Gea, o atacante superou a marcação e finalizou com categoria, completando sua tripletta e arrancando aplausos da torcida no Franchi. Com a vitória, a Fiorentina segue em grande fase, enquanto o Verona, apesar do esforço, amarga mais uma derrota e precisa urgentemente de ajustes para sair da parte inferior da tabela.
Gols e assistências: El Shaarawy (Mancini) e El Shaarawy (Shomurodov); Castro, Orsolini (Castro) e Karlsson (Miranda) Tops: Castro e Miranda (Bologna) Flops: Cristante e Mancini (Roma)
A Roma viveu uma noite desastrosa no estádio Olímpico, sendo derrotada por 3 a 2 pelo Bologna em uma partida marcada por protestos da torcida e pela confirmação da saída do técnico Ivan Juric. Os giallorossi apresentaram pouca organização, enquanto os visitantes aproveitaram a fragilidade adversária para conquistar sua terceira vitória consecutiva no campeonato.
O Bologna dominou as ações desde o início, com Castro abrindo o placar aos 25 minutos, após erros da defesa romanista. Orsolini ampliou no segundo tempo, com um gol que refletiu a facilidade dos visitantes em explorar as falhas defensivas. Karlsson marcou o terceiro gol após assistência de Miranda, consolidando a vitória. Pela Roma, El Shaarawy tentou liderar uma reação tardia, marcando dois gols – um de cabeça, que deixou a partida empatada por somente três minutos, e outro em belo chute de fora da área. Claro, a participação do faraó foi insuficiente para evitar o desastre.
A atuação da Roma foi tão fraca que a Curva Sud protestou silenciosamente, esvaziando o estádio e abandonando as bandeiras. Juric insistiu em escolhas questionáveis, como a escalação de Angeliño na defesa – o espanhol foi superado em várias ocasiões por Orsolini. Para completar a frustração, o time mostrou poucas ideias ofensivas, limitando-se a lançamentos longos que pouco ameaçaram a be organizada retaguarda do Bologna.
No final, a demissão de Juric foi oficializada. Florent Ghisolfi, diretor da Roma, admitiu o erro em ter dispensado Daniele De Rossi anteriormente. Segundo a imprensa italiana, Roberto Mancini, ex-técnico da Itália e ídolo da Lazio, é o nome mais cotado para assumir o comando técnico dos giallorossi. Enquanto isso, o Bologna celebra um resultado importante, contra um adversário de peso, situação que não vem sendo a natural neste período pós-Thiago Motta, liderado por Vincenzo Italiano.
De zerado em 2023-24 a vice-artilheiro da Serie A: Kean virou a chave na carreira e lidera a Fiorentina (Ansa)
Gols e assistências: Pasalic (Bellanova) e Touré (contra); Kamara (Thauvin) Tops: Bellanova e Pasalic (Atalanta) Flops: Touré e Karlström (Udinese)
A Atalanta precisou suar para derrotar a Udinese de virada, por 2 a 1 em casa, somando sua sexta vitória consecutiva na Serie A. O resultado colocou os nerazzurri apenas a um ponto do líder Napoli, enquanto a Udinese lamenta a oportunidade perdida de segurar um resultado favorável.
O primeiro tempo teve bons momentos para ambas as equipes. A Udinese chegou perto com um chute no travessão de Thauvin e um gol anulado de Davis, por falta no lance. A Atalanta, mesmo com algumas investidas perigosas, sofreu com desatenções defensivas e perdeu Djimsiti por lesão. Nos acréscimos, Kamara teve liberdade pela esquerda, tempo de calibrar o chute e acertou um belo arremate de fora da área, colocando os visitantes na frente ao final da etapa inicial.
No segundo tempo, a Atalanta voltou mais agressiva, impulsionada pela entrada de Bellanova no lugar do lesionado Zappacosta. A Udinese ainda teve uma chance com Thauvin, mas, aos 56, a Dea mostrou sua força coletiva. Após uma sequência de passes rápidos, Pasalic apareceu na área para empatar o jogo. Apenas quatro minutos depois, Bellanova efetuou um cruzamento rasteiro que resultou em um gol contra de Touré, consolidando a virada.
A Udinese tentou reagir com substituições ofensivas, mas não conseguiu retomar o controle do jogo. A Atalanta, por outro lado, administrou bem a vantagem, apesar de uma nova preocupação com Zaniolo, que deixou o campo com dores na virilha, pouco depois de entrar. A equipe de Gian Piero Gasperini demonstrou muita força e versatilidade, adaptando-se a incontáveis situações negativas com seus atletas durante a partida.
Com a vitória, a Atalanta chega a 25 pontos e segue embalada na briga pelo título. A Udinese, embora tenha mostrado bom desempenho em partes do jogo, continua com dificuldades para traduzir atuações competitivas em resultados, mas ainda está na nona posição – algo acima do previsto. Para os nerazzurri, o desafio será manter o ritmo diante de uma lista crescente de lesões, enquanto os friulanos buscam ajustes para retomarem a boa sequência das rodadas anteriores, que chegaram a colocá-los na liderança por um fim de semana.
Gol e assistência: Zaccagni (Guendouzi) Tops: Zaccagni e Nuno Tavares (Lazio) Flops: Izzo e Pedro Pereira (Monza)
Que diferença de clima na capital. Enquanto a Roma está afundada na crise e na modesta 12ª posição, a Lazio alcançou sua quarta vitória consecutiva ao vencer o Monza por 1 a 0 no U-Power Stadium, e chegou à vice-liderança. Um golaço de Zaccagni no primeiro tempo foi suficiente para garantir os três pontos e colocar a equipe de Marco Baroni na briga pelo topo da Serie A. Apesar de dominar boa parte da partida, os biancocelesti não conseguiram ampliar a vantagem, enquanto o Monza, mesmo mostrando vontade, segue na lanterna do campeonato.
Após um início equilibrado e com poucas chances claras, a Lazio cresceu a partir dos 20. Aos 33, Zaccagni acertou a trave em um chute colocado e, três minutos depois, marcou o único gol da partida, em jogada iniciada por Guendouzi, coroando o domínio técnico da equipe visitante.
No segundo tempo, a Lazio manteve o controle das ações, mas faltou precisão para ampliar o placar. Rovella e Nuno Tavares criaram boas chances, enquanto o Monza começou a reagir com as entradas de Pessina e Caprari. Maldini e Bianco tiveram oportunidades de empate, mas falharam nas finalizações. Provedel, bem posicionado, garantiu segurança nos momentos em que o time da casa tentou pressionar.
Na reta final, as mudanças de Baroni ajudaram a Lazio a neutralizar o jogo e ainda criar chances de matar a partida. Castellanos teve duas oportunidades claras, mas desperdiçou ambas. Apesar da dificuldade de consolidar o triunfo, a equipe capitolina mostrou consistência defensiva e eficiência suficiente para conquistar mais uma vitória e ampliar seu momento positivo na temporada. O resultado mantém os celestes na briga pelo topo, enquanto o Monza precisa, com alguma pressa, melhorar seu desempenho ofensivo para sair da incômoda última posição.
Fim da linha: Juric nunca conseguiu fazer a Roma, 12ª colocada, praticar um bom futebol e acabou demitido após derrota para o Bologna (Getty)
Gols e assistências: Zortea, Zappa e Zappa (Augello); Rafael Leão (Reijnders), Rafael Leão (Fofana) e Abraham Tops: Zappa (Cagliari) e Rafael Leão (Milan) Flops: Palomino (Cagliari) e Hernandez (Milan)
O Milan desperdiçou a chance de se aproximar do topo da tabela ao ceder um empate ao Cagliari nos minutos finais. Para os mandantes, o resultado trouxe alívio após uma sequência de três derrotas consecutivas e confiança para a sequência do campeonato. E, na verdade, os sardos até colocaram mais bolas nas redes durante a partida.
O jogo começou a todo vapor, com o Cagliari abrindo o placar logo no segundo minuto. Após cobrança de escanteio de Viola, Zortea aproveitou a sobra e finalizou com precisão. O Milan respondeu rapidamente: com uma linda cavadinha, Reijnders encontrou Rafael Leão em boa posição, e o português não desperdiçou, encobrindo Sherri e empatando aos 9. Ainda no primeiro tempo, o camisa 10 voltou a marcar, aproveitando um passe em profundidade de Fofana para driblar o goleiro e colocar os rossoneri na frente.
Nos últimos 45 minutos, o Cagliari mostrou resiliência mesmo com o placar desfavorável e buscou o empate com Zappa, que se aproveitou de um erro defensivo de Fofana para marcar – o lateral, aliás, já havia finalizado para balançar a rede antes do intervalo, mas Viola, impedido, tocou na bola que entraria no gol e invalidou o lance. O Milan respondeu com Abraham, que recolocou o time na liderança após boa jogada coletiva. Mas, aos 89 minutos, Zappa apareceu novamente, dessa vez com um voleio espetacular, garantindo o empate e frustrando os planos dos rossoneri. Durante toda a partida, o lateral aproveitou os generosos espaços conferidos por Hernandez, que não vem bem na temporada.
O empate saiu com gosto de derrota para o Milan, que se distanciou dos primeiros colocados, com uma desvantagem de seis pontos para a Juventus, sexta colocada, enquanto o Cagliari celebrou um pontinho importante na luta contra o rebaixamento. O time ainda está perto do Z3, mas pode ganhar moral na sequência do campeonato.
Gols e assistências: Nicolussi Caviglia (Oristanio); Valeri (Man) e Bonny Tops: Valeri e Man (Parma) Flops: Andersen e Haps (Venezia)
O Parma encerrou um jejum de mais de dois meses sem vencer ao derrotar o Venezia no estádio Pier Luigi Penzo. A equipe de Fabio Pecchia, apesar de várias lesões importantes, mostrou organização e eficiência para buscar uma vitória crucial na luta contra o rebaixamento. O gol decisivo veio com Bonny, que saiu do banco para garantir os três pontos, após um jogo bem agitado.
O Venezia começou melhor e abriu o placar logo aos 5 minutos, quando Nicolussi Caviglia aproveitou um cruzamento de Oristanio e finalizou bem. O Parma reagiu rapidamente, aproveitando um escanteio mal defendido pelo Venezia para empatar com Valeri, aos 17. A partir daí, as duas equipes alternaram bons momentos, mas sem resultado. O Venezia apostava na velocidade de Oristanio e no apoio de Ellertsson pela direita, enquanto o Parma equilibrava com a força física de Keita no meio-campo e a presença ofensiva de Benedyczak e Cancellieri.
No segundo tempo, Pecchia fez ajustes decisivos ao mandar Charpentier e Bonny para o campo. O Parma cresceu em intensidade, aproveitando erros do Venezia para orientar seu jogo. Aos 68, a insistência foi recompensada: Bonny, recém-entrado, aproveitou um rebote após chute de Man e empurrou para as redes, virando o placar. O time de Eusebio Di Francesco tentou pressionar nos minutos finais, mas faltou a pontaria da primeira etapa. Pohjanpalo teve boas oportunidades de cabeça, mas Suzuki garantiu o resultado para os visitantes.
A vitória dá ao Parma um fôlego na tabela e reforça a confiança na proposta de Pecchia, enquanto o Venezia, atolado na lanterna, precisa reagir rapidamente. A derrota deixa Di Francesco sob ainda mais pressão, com o próximo confronto, contra o Lecce, tendo um tom mais dramático do que se esperava.
A entrada de Bellanova fez bem à Atalanta, que virou o jogo contra a Udinese e assumiu a vice-liderança compartilhada (Getty)
Gols e assistências: Vogliacco (Pinamonti); Da Cunha (Paz) Tops: Vogliacco (Genoa) e Paz (Como) Flops: Sabelli (Genoa) e Verdi (Como)
O Genoa escapou de uma derrota amarga contra o Como graças a um gol salvador de Vogliacco, nos acréscimos. O time de Alberto Gilardino, ainda sofrendo com desfalques, apresentou muitas dificuldades durante o jogo e viu o Como dominar amplamente as ações, liderado pelo talento de Paz. O empate, no entanto, deu um alívio momentâneo ao técnico rossoblù, enquanto Cesc Fàbregas e sua equipe lamentam os erros que custaram uma vitória merecida.
O Como começou melhor, mostrando a evolução do trabalho cheio de expectativas de Fàbregas até aqui. Aos 17 minutos, Da Cunha abriu o placar com um belo chute de pé esquerdo, aproveitando uma jogada bem trabalhada pelo flanco canhoto. A pressão dos visitantes continuou, com Paz brilhando no meio-campo e criando várias chances. Fadera e Cutrone desperdiçaram oportunidades claras para ampliar, enquanto o Genoa tinha dificuldades para se encontrar no campo, limitando-se a tentativas frustradas com Pinamonti e o jovem Ekhator.
No segundo tempo, Gilardino conseguiu trazer mais equilíbrio ao meio-campo, mas sem grandes melhorias ofensivas. Do outro lado, o Como manteve o controle do jogo, mas pecou na finalização. Cutrone chegou a balançar as redes, mas o gol foi anulado por impedimento. Fàbregas apostou em manter o ritmo com Paz comandando as ações, mas a equipe foi incapaz de transformar o domínio em vantagem mais confortável.
A insistência do Genoa foi recompensada nos acréscimos. Após escanteio cobrado por Miretti, Vogliacco apareceu no meio da confusão para garantir o empate, aos 92 minutos. O resultado pouco movimenta a tabela para ambas as equipes, mas deixa lições: o Genoa precisa desesperadamente recuperar peças-chave. E Balotelli não passou em branco novamente: mais um cartão amarelo para o atacante, em apenas dois jogos. Já o Como deve melhorar sua eficiência na frente do gol para transformar boas atuações em vitórias.
Gols e assistências: Pierotti (Gallo); Pellegri (Cacace) Tops: Pierotti (Lecce) e Pellegri (Empoli) Flops: Oudin (Lecce) e Henderson (Empoli)
Lecce e Empoli protagonizaram um empate equilibrado na Via del Mare, em uma partida que começou lenta e terminou mais agitada. O Empoli, mesmo desfalcado, foi superior na maior parte do jogo e abriu o placar com Pellegri, no primeiro tempo. Já o Lecce, após boas mexidas de Luca Gotti, reagiu e buscou o empate com Pierotti, mas desperdiçou chances de virar o jogo nos minutos finais.
O primeiro tempo foi marcado pela cautela de ambas as equipes, com poucas oportunidades criadas. O Empoli saiu na frente aos 33 minutos, com Pellegri aproveitando assistência de Cacace e chutando rasteiro para vencer Falcone. Os visitantes quase ampliaram pouco depois com Maleh, mas foram bloqueados pela defesa. O Lecce mostrou dificuldades na criação e só teve lampejos com Dorgu, que – sem sucesso – tentou puxar o time. Os salentinos foram para o intervalo sob vaias da torcida.
No segundo tempo, o Lecce voltou com mais intensidade, mas viu o Empoli quase ampliar novamente com um cruzamento de Cacace, que explodiu na trave. A partir daí, Gotti ajustou o time com as entradas de Coulibaly e Sansone, que trouxeram nova energia a campo. A recompensa veio aos 77, quando Gallo cruzou e Pierotti, de cabeça, empatou. Nos minutos finais, os donos da casa pressionaram e chegaram a acertar a trave duas vezes – primeiro com Sansone, depois com Krstovic –, mas não conseguiram o gol da vitória.
O resultado mantém Lecce e Empoli estacionados na tabela, ambos precisando encontrar mais consistência para buscar voos mais altos na temporada. Apesar do equilíbrio, o empate acabou refletindo as limitações e os momentos de fragilidade de ambos os times. O desfecho da partida também representou o fim da linha para Gotti, que foi substituído por Marco Giampaolo. Uma escolha arriscada da diretoria, visto que o treinador passou dois anos parado.
De Gea (Fiorentina); Rrahmani (Napoli), Acerbi (Inter), Buongiorno (Napoli); Zappa (Cagliari), Paz (Como), Pasalic (Atalanta), Cambiaso (Juventus); Castro (Bologna), Kean (Fiorentina), Rafael Leão (Milan). Técnico: Marco Baroni (Lazio).