A gente acredita porque é Galo

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Fala Galo

·7 de noviembre de 2024

A gente acredita porque é Galo

Foto: Pedro Souza Por: Gustavo Lopes Pires de Souza

No domingo, a Arena MRV será mais que um estádio: será o altar de um povo que faz do impossível sua bandeira. Perdemos o primeiro jogo por 3×1 para o Flamengo, mas quem é atleticano sabe que isso não é sentença. Isso é combustível. A matemática é simples: dois gols levam para os pênaltis; três, para a eternidade. Mas o atleticano nunca foi movido por números. Nosso coração bate no compasso da fé e da luta.

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Lá em 2013, na mágica Libertadores, revertíamos placares como quem respira, como quem vive. Contra o Tijuana, pênalti defendido no último minuto. Contra o Newell’s, gol de Guilherme no fim e pênaltis heróicos. E na final, os 2×0 que nos levaram à glória. Um ano depois, em 2014, o mantra da virada continuava. Contra o Flamengo, no Mineirão, tomamos 2×0 no Maracanã, mas devolvemos com juros: 4×1 para escrever história. Esse é o jeito do Galo: ser gigante na dor e maior ainda no amor.

E agora, no momento mais esperado do ano até o momento, voltamos para casa. A nossa casa. A Arena MRV, tão sonhada e que já conhece o peso de um coração atleticano. É a mesma cabeça que foi para Buenos Aires, em 2023, depois de fazer 3×0 no River e se perguntou: “Será que dá pra segurar?”. É o nosso jeito. A dúvida e a crença caminham juntas, mas é na crença que moramos. Somos o time que canta o hino do “lutar, lutar, lutar” como oração.

Como dizia Roberto Drummond, atleticano é aquele que, ao nascer, já tem o destino traçado: “Ou morre do coração ou vira poeta”. Porque só quem é Galo entende que futebol não é só esporte, é vida. E a vida do atleticano é escrita com suor, lágrimas e a certeza de que nunca será fácil. Mas se fosse fácil, não seria Atlético.

No domingo, a Arena MRV não será só um estádio. Será um vulcão. Nós vamos acreditar porque somos o Galo. Porque é assim que a gente vive. E porque o impossível só existe para os outros. O atleticano sabe que reverter um 3×1 não é loucura. É destino.

Vamos, Galo!

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