Advogado da Torcida Jovem do Flamengo critica suspensão de 2 anos e aponta exageros | OneFootball

O Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos determinou, nesta terça-feira (16), a suspensão da Torcida Jovem do Flamengo de qualquer evento esportivo por dois anos.

A decisão ocorre apenas duas semanas após o retorno da organizada aos estádios, depois de cinco anos afastada. O advogado da torcida, Clhysthom Thayllon, falou com o MundoBola Flamengo e criticou o prazo como “exorbitante”.

“O BEPE já havia informado tudo que aconteceu no dia 31 de agotos e pediu suspensão de 30 dias, enquanto o Ministério Público sugeriu 60 dias. Mesmo assim, a juíza aplicou dois anos, ignorando pareceres e o histórico de colaboração da torcida. Ela abriu vista para o BEPE, depois para o Ministério Público, e logo em seguida deu a decisão dela. Nem o Ministério Público, nem o BEPE, muito menos a torcida, tiveram direito de defesa”, disse Clhysthom.

A Jovem Fla recebe nova suspensão apenas duas semanas após retornar aos estádios de uma punição que durou cinco anos. A decisão da juíza Renata Guarino deixa de homologar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Firmado em 28 de agosto com o MP e o BEPE, o TAC estabelece regras para o retorno gradativo da torcida.

Segundo a Justiça, no dia da volta ao Maracanã, torcedores da organizada invadiram os trilhos da Supervia e subiram no teto de ônibus na Ponte Rio-Niterói. A juíza também citou agressões a torcedores vascaínos em um bar em Copacabana.

Além disso, foram apontados outros incidentes em que a torcida estaria presente ou é investigada, incluindo a morte de um torcedor vascaíno, ainda em apuração.

Torcida Jovem do Flamengo vai recorrer da decisão

O advogado da Torcida Jovem do Flamengo classificou a suspensão de dois anos como exagerada e destacou o histórico de colaboração da organizada. Ele afirmou que a diretoria sempre buscou auxiliar as autoridades e cumprir o TAC firmado para o retorno seguro aos estádios.

“A diretoria, através do corpo jurídico, constantemente tentou ajudar a sociedade a conter atos de vandalismo ou qualquer conduta que desabonasse a torcida. Sempre entramos em contato, sempre buscamos auxiliar os órgãos públicos. É por isso que acreditamos que a decisão foi exorbitante e totalmente fora do contexto. A torcida procurou cumprir o TAC, mas acabou punida de forma muito mais severa do que o solicitado pelos órgãos.”

Os próximos passos já estão definidos. Isso porque Clhysthom Thayllon confirmou que a Torcida Jovem do Flamengo vai recorrer da decisão e tentar reverter o prazo aplicado pela Justiça.