
Gazeta Esportiva.com
·17 de abril de 2025
Análise: atuação abaixo preocupa, e instabilidade assombra Corinthians em início de Brasileiro

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·17 de abril de 2025
Por Thais Bueno
O Corinthians deixou uma má impressão e amargou a segunda derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro. Na última quarta-feira, o Timão perdeu para o Fluminense, por 2 a 0, na Neo Química Arena, em duelo válido pela quinta rodada do torneio. Na última rodada, a equipe alvinegra foi derrotada pelo Palmeiras.
Na escalação para o confronto, o técnico Ramón Díaz promoveu a entrada de Romero no ataque, como já havia feito anteriormente em algumas ocasiões. Na defesa, o time contou com os retornos importantes de Gustavo Henrique na zaga e de Angileri na lateral esquerda.
O primeiro tempo do Corinthians não foi de todo ruim. Romero e Memphis se alternavam nas pontas na formação 4-3-3. E no início do jogo, o Timão demonstrou uma boa pegada nos duelos, ganhando várias bolas no meio-campo e tendo algumas triangulações em tal setor.
O ataque, no entanto, não fluiu mais uma vez. Mesmo com três atacantes, o Corinthians novamente enfrentou problemas de criação. Na maioria das ocasiões, Memphis recuava muito para pegar a bola e tentar construir algo. A única oportunidade mais clara dos primeiros 45 minutos foi com o próprio holandês, que bateu para defesa de Fábio.
O auxiliar Emiliano Díaz, inclusive, explicou as diversas tentativas de mudanças de esquema e de estratégia na ausência de Rodrigo Garro, que está fora devido a uma tendinopatia patelar no joelho direito.
“Quando se tem um camisa 10 como o Garro, você é obrigado a jogar com ele, porque ele tem qualidade e é o melhor da sua posição. Não fomos profundos e não fomos claros. Mas claramente não se pode substituir Garro. Garro não tem substituto no futebol brasileiro. Temos que buscar variantes, sistemas diferentes, porque é impossível substituí-lo. Ele tem muita qualidade, os números falam por si só. Seguimos trabalhando para encontrar um sistema que funcione”, explicou Emiliano.
Mas, apesar das dificuldades criativas, o Timão também não sofreu defensivamente na etapa inicial. A marcação alvinegra conseguiu anular alguns dos principais atacantes do Fluminense, como Cano e Arias.
No segundo tempo, entretanto, tudo que o Corinthians parecia ter construído nos 45 minutos iniciais foi por água abaixo. O técnico Ramón Díaz não promoveu mudanças e o Alvinegro, por desorganização coletiva, perdeu o controle que teve na primeira etapa e viu o Fluminense crescer no jogo.
E, novamente, uma sobra de bola na entrada da área voltou a castigar o Corinthians. Após cruzamento, Félix Torres afastou. Nenhum volante do Timão cortou e Renê chegou finalizando de primeira, acertando um belo chute no ângulo e abrindo o placar na Arena. O gol lembrou o segundo tento sofrido contra o Palmeiras, no último fim de semana, quando Emi Martínez marcou de fora da área em um lance parecido.
O gol desestabilizou totalmente os donos da casa, que se perderam em campo. Ramón Díaz tentou mudar e colocou Talles Magno. Depois, mexeu mais uma vez e trouxe Héctor Hernández, Maycon e Martínez. Ao fim do jogo, o Corinthians tinha cinco atacantes em campo, mas levou pouquíssimo perigo ao gol defendido por Fábio.
E se a situação já estava ruim com o Alvinegro entregue em casa, o pênalti de José Martínez em Serna, aos 36 minutos da etapa complementar, piorou tudo. Arias foi para a bola e converteu, fechando a derrota do Corinthians e deixando a Fiel Torcida preocupada na Arena.
Na Série A, o Timão ocupa a 13ª colocação, com apenas quatro somados. A atuação abaixo preocupa e, mais do que isso, a instabilidade demonstrada assombra boa parte da torcida – aos que não se lembram, no ano passado, o Corinthians brigou contra o rebaixamento. Resta saber se, dessa vez, o time mostrará o mesmo poder de reação.
Em busca da recuperação no Campeonato Brasileiro, o Corinthians, agora, retorna aos gramados já neste fim de semana. O Timão mede forças contra o Sport neste sábado, às 16h (de Brasília), na Neo Química Arena, pela quinta rodada da competição.