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·4 de agosto de 2025

Análise tática - Ceará 1x1 Flamengo: bipolaridade rubro-negra custa pontos preciosos no Brasileirão

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O Flamengo empatou com o Ceará no último domingo (3) e, apesar de se manter na liderança do Campeonato Brasileiro, deixou escapar uma oportunidade de ouro para se manter isolado na ponta da tabela, especialmente após a vitória do Cruzeiro na rodada.

A noite no Castelão foi um retrato de dois times em um: uma equipe dominante na primeira etapa e outra apática e irreconhecível no segundo tempo. A queda de rendimento acende um sinal de alerta para o técnico Filipe Luís, que terá pela frente a missão de reverter um resultado adverso na Copa do Brasil.


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O mês de agosto chegou trazendo consigo o momento mais agudo da temporada, no qual o clube precisa equilibrar as energias entre três competições. O tropeço no Maracanã pela Copa do Brasil, no meio da semana, claramente influenciou as decisões para o duelo em Fortaleza.

A estratégia de rotação do elenco, no entanto, não pareceu surtir o efeito desejado, levantando mais perguntas do que respostas para o jogo decisivo em Belo Horizonte.

Se na quinta-feira passada, oito titulares foram poupados, o retorno de peças como Arrascaeta e Bruno Henrique não foi suficiente para garantir a vitória, e o time ainda contou com as estreias de Emerson Royal e Samuel Lino entre os titulares. Para além dos nomes em campo, o Flamengo de Filipe Luís precisa, urgentemente, reencontrar a sua melhor performance.

Flamengo bipolar no Castelão

É justo dizer que o primeiro tempo no Castelão foi animador. O Flamengo fez o que dele se espera: controlou a posse de bola, ditou o ritmo e se impôs. O time criou chances claras com Gonzalo Plata, Bruno Henrique e Samuel Lino, mas o gol teimava em não sair.

Aos 36 minutos, a qualidade individual fez a diferença. Numa jogada construída desde a defesa, Léo Ortiz, atuando como um verdadeiro "camisa 10" da zaga, encontrou um passe espetacular para Plata, que de cabeça serviu Arrascaeta.

O uruguaio, com a frieza habitual, mandou para o fundo das redes. A primeira etapa foi marcada também pela boa impressão deixada pelos estreantes. Lino, pela esquerda, deu amplitude e mostrou bom entrosamento com Alex Sandro, enquanto Royal, na direita, combinou bem com Plata.

O cenário mudou drasticamente após o intervalo. Arrascaeta, sentindo um incômodo na coxa, foi substituído e, com sua saída, pareceu levar junto toda a criatividade e a intensidade da equipe. A queda de rendimento foi brusca e preocupante. O Flamengo se tornou um time lento, previsível no ataque e desorganizado na marcação.

Percebendo a vulnerabilidade do Mais Querido, o Ceará cresceu. O time da casa adiantou suas linhas, passou a pressionar com mais agressividade e expôs as falhas rubro-negras. Mugni, ex-camisa 10 do Fla, acertou uma bola no travessão e, pouco depois, o goleiro Rossi precisou trabalhar para evitar o gol de Aylon. Com a vantagem mínima, o Flamengo praticamente abdicou de atacar.

O castigo veio aos 22 minutos, em uma jogada de bola parada. Após cobrança de escanteio de Mugni, o atacante Pedro Raul subiu completamente livre para cabecear. A falha foi coletiva: Rossi saiu mal do gol, deixando a meta desprotegida, e o sistema defensivo falhou miseravelmente na marcação. O gol de empate desorientou ainda mais o Flamengo, que não encontrou forças para reagir.

Mais um jogo com dificuldade em quebrar linhas

A partida evidenciou um problema crônico da equipe de Filipe Luís: a dificuldade de enfrentar adversários que se defendem em bloco baixo e apostam nos contra-ataques. Quando não consegue impor seu ritmo através da posse, o time sofre para se reencontrar e competir.

É natural que os reforços ainda precisem de tempo para criar conexões e se adaptar completamente ao modelo de jogo, mas a paciência do torcedor começa a diminuir.

Se a pressão por melhores atuações já era grande, ela pode ser deixada de lado momentaneamente na quarta-feira (6). Em mata-mata, o que importa é a classificação. Contudo, o saldo do confronto no Castelão é um aviso claro; para avançar na Copa do Brasil, o Flamengo terá que abandonar a morosidade e jogar com foco e concentração máximos.

Uma eliminação, mesmo que a competição não seja a prioridade máxima, colocará um holofote ainda maior sobre o trabalho de Filipe Luís e o desempenho da equipe desde a Copa do Mundo de Clubes, que não vem sendo brilhante e nem tão dominante como se espera.

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