MundoBola Flamengo
·26 de septiembre de 2025
Análise Tática - Estudiantes (2) 1x0 (4) Flamengo: faltou espírito de Libertadores

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·26 de septiembre de 2025
Em uma atuação ruim no Estádio Jorge Luis Hirschi, em La Plata, o Flamengo foi derrotado por 1 a 0 pelo Estudiantes, mas, na frieza das penalidades, garantiu a classificação para a semifinal da Libertadores.
A vaga, suada e dramática, deve ser comemorada, mas a performance acende um grande sinal de alerta para a sequência pelo sonho do tetracampeonato.
Desde o primeiro minuto, o cenário estava claro. O Estudiantes, empurrado por um estádio pulsante, transformou a partida em uma batalha de imposição física e intensidade. O Flamengo, por sua vez, entrou em campo em uma rotação abaixo.
Filipe Luís colocou em campo o chamado "11 ideal". A torcida celebrou a escalação antes da bola rolar. No entanto, a equipe demonstrou uma timidez incomum, excessivamente preocupada em conter a pressão inicial do que em propor seu jogo.
O resultado foi um primeiro tempo de pouca inspiração. Coletivamente, as engrenagens não funcionaram. As triangulações pelos lados eram raras e a transição da defesa para o ataque, lenta e previsível.
Individualmente, as principais referências rubro-negras estiveram apagadas. Arrascaeta não encontrou espaços, Pedro foi pouco acionado e, quando teve a chance, em um dos raros lances bem construídos aos 11 minutos, parou na defesa. Jorginho, quase solitário na criação, errou passes incomuns, sobrecarregado pela falta de movimento dos companheiros.
Parecia que Saúl era o único que estava conectado com a importância do jogo. Aos 32 minutos, o espanhol acertou um tiro na trave. Dez minutos depois, novamente tentou de fora da área e levou perigo.
No entanto, o castigo veio aos 44 minutos. O Estudiantes adotou a bola longa como maneira de jogar. E o time argentino venceu a maioria dos duelos pelo alto. Numa dessas divididas, a bola sobrou para Benedetti, que chutou forte. O goleiro Rossi acabou reagindo tarde e o time argentino derrubou a vantagem do Flamengo.
A esperada mudança de postura do Flamengo para a segunda etapa não aconteceu. Pelo contrário, a equipe continuou apática. Com 71% de posse de bola no segundo tempo, o Rubro-Negro tinha o controle territorial, mas não sabia o que fazer com ele. A posse era estéril, com passes laterais e enorme dificuldade para furar o bem postado sistema defensivo argentino.
Filipe Luís tentou mudar o panorama com as entradas de Luiz Araújo e Bruno Henrique. Depois, apostou em Carrascal na vaga de um Arrascaeta nulo. As alterações surtiram pouco efeito. Carrascal até trouxe um pouco mais de mobilidade, mas o time seguia ineficaz no terço final do campo.
O grande susto veio aos 27 minutos, quando Benedetti marcou o que seria o segundo gol do Estudiantes, que eliminaria o Flamengo. Para alívio da Nação Rubro-Negra, o VAR flagrou impedimento no início da jogada. O lance, no entanto, expôs a vulnerabilidade defensiva da equipe nas divididas pelo alto.
Se o tempo normal foi difícil, a disputa de pênaltis foi o momento em que o Flamengo, finalmente, se impôs. Com uma precisão cirúrgica, Jorginho, Luiz Araújo, Carrascal e Léo Pereira converteram suas cobranças com perfeição.
Mas a noite estava reservada para Agustín Rossi. O goleiro, que carregava o peso da falha no gol, vestiu a capa de herói. Primeiro, defendeu a cobrança de Benedetti, o autor do gol. Depois, no pênalti decisivo, voou para parar o chute de Ascacíbar. O grito de desabafo e a comemoração explosiva do argentino simbolizaram a reviravolta que só o futebol pode proporcionar.
O Flamengo está na semifinal. A classificação, garantida pela vantagem construída no Maracanã e pela eficiência nos pênaltis, precisa ser valorizada. Contudo, o clube deixa La Plata com a certeza de que a atuação esteve muito abaixo do esperado.
Os duelos contra o Racing prometem ser ainda mais desafiadores. Se a postura dessa quinta-feira voltar a se repetir, o Rubro-Negro pode ser ainda mais castigado. No entanto, muitas lições podem ser tiradas para os confrontos da semifinal.
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