Após classificação, Roger dispara sobre lesões no futebol brasileiro | OneFootball

Logo após a suada vitória do Internacional por 2 a 1 sobre o Bahia, que garantiu o Colorado nas oitavas de final da Conmebol Libertadores, o técnico Roger Machado falou com a imprensa em entrevista coletiva e destacou um tema que tem sido pauta recorrente: o impacto do calendário sobre a saúde dos jogadores.

Roger aproveitou para defender a política de preservação adotada pelo clube ao longo da temporada.

“Não é à toa que nossos jogadores mais experientes tiveram menos lesões, pois preservamos mais eles, jogam menos e, por consequência, se machucam menos”, destacou o treinador, referindo-se a nomes como Fernando, Alan Patrick e Borré, que frequentemente são poupados em partidas de menor relevância ou quando há risco físico elevado.

Ainda sobre o tema, o técnico colorado foi enfático ao rebater a ideia de que a simples redução no número de jogos resolveria o problema das contusões no futebol brasileiro.

Para ele, o principal vilão é o acúmulo excessivo de partidas em curtos espaços de tempo: “Continuarão tendo lesões após a parada. Não é o número de jogos, é a densidade deles. É impossível se ter qualidade jogando de três em três dias”, alertou Roger.

A fala do treinador ocorre em meio a um contexto em que o Inter vem lidando com algumas baixas importantes no elenco, como o zagueiro Victor Gabriel e o centroavante Enner Valencia, ambos afastados por questões musculares.

A vitória diante do Bahia alivia a pressão e dá fôlego para que Roger siga conduzindo o planejamento com cautela.

Agora, o foco do Internacional se volta para o confronto com o Fluminense, pelo Brasileirão, antes de conhecer o adversário nas oitavas da Libertadores.

O discurso firme do comandante colorado reforça a preocupação com o calendário insano que desafia clubes e atletas em todas as competições.