As mudanças do Roger e o novo centroavante que dão esperanças para o Inter
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Muito mais do que a tabela do Brasileirão, que obviamente é importante porque numa destas pode cair das Copas e a única coisa que vai restar é tentar uma vaga na Libertadores, a vitória contra o Bragantino dá um pouco de moral pra um time que perdeu pro Fluminense, viu protestos da torcida e sabe que seu técnico pode ser demitido.
Roger fez o que se espera dele: tentou achar uma solução. Colocou Ricardo Mathias no comando do ataque, o Tabata de meia-ponta na direita e jogou o Wesley novamente para o seu lado, que é o esquerdo.
Temos que começar pelo Ricardo Mathias. Ele fez o diferente. O quê? O gol. Fazer gol é o diferente em um ataque com Borré e Valencia. Toda hora vazam informações que Roger dá um gelo no guri porque ele tem unha grande, não se dedica nos treinos e coisa e tal. Pois bem, se ele jogar como jogou em Bragança, pode fazer o que quiser que vai ser titular. É óbvio que precisa ter comportamento profissional. A longo prazo a conta chega. Agora, no momento atual do Inter, não há nem debate. O guri tá muito melhor que os veteranos milionários.
Alan Rodriguez também fez diferença. Na real, como é bom ter um meia que dê qualidade ao jogo desde mais atrás. Isso faz toda diferença pra bola chegar com mais qualidade pro Alanpa ou para os outros todos do ataque.
Aliás, não pode ser só coincidência que no jogo em que o Alan Rodríguez correu o meio todo, o Alan Patrick apareceu mais, mas principalmente o Wesley fez uma das melhores atuações da temporada. É óbvio que tem muita coisa ligada. Ter uma bola com mais qualidade ali melhora para quem está na frente. Todos víamos que Bruno Henrique estava burocrático e Thiago Maia só dava passe pro lado e pra trás.
Nessa nova maneira de jogar, fiquei com uma sensação ruim do Tabata. Ele explicou pra gente que não tem problema em jogar na direita, só quer ser mais meia-ponta do que atacante de lado. E isso foi ajustado. Mesmo assim, errou demais. Nossa, só no primeiro tempo, teve uma invertida de passe errado, uma falta que quase foi pênalti e depois um contra-ataque gerado que deu perigo de gol. Foi mal nessa noite. Não sei o que Roger vai pensar.
Ainda nessa leva, penso que o Rochet meio que aceitou o gol. Achei até bem aceitável aquela bola. Dava pra defender. E, pra ser ainda mais mala, teve um lance no segundo tempo que o Rochet fez a defesa e caiu sentindo. Quase a mesma coisa que o Léo Jardim. Eu não sou lunático, sei que foi bem menos tempo, mas a proposta terrível de esfriar o jogo é igual. Nós tanto criticamos o Léo Jardim, tem que ter coerência agora.
Enquanto o Ricardo Mathias fez dois e quase meteu o terceiro, lance que bateu com o lado de fora do pé, o Borré entrou e conseguiu errar um gol inacreditável novamente. Bernabei repediu a jogada do primeiro gol, acionou Vitinho, que cruzou na cabeça do Borré. E ele perdeu. Tá aqui um problema gigantesco dos dois atacantes badalados. Eles não guardam. Isso é relevante, sim.
Gente, mais que a vitória, que deixa o Inter a 4 ou 5 pontos da pré-Libertadores, o negócio foi achar um time que pode enfrentar o Flamengo. Fica a expectativa que talvez dê bom.