Bastidor do Inter ferve e situação é exposta por repórter | OneFootball

Em um dos momentos mais dramáticos dos seus 115 anos de história, o Internacional entra na última rodada do Brasileirão vivendo entre a esperança e o desespero. A dúvida que ecoa no Beira-Rio — “ainda tem chance?” — não encontra uma resposta simples, mas segue alimentando uma mobilização interna inédita. O clube sabe que depende de uma combinação de resultados, mas a melhora dentro de casa e o engajamento inesperado dos adversários diretos reacenderam um fio de possibilidade que, até poucos dias atrás, parecia inexistente.

Nos bastidores, o que acontece é descrito por funcionários e dirigentes como uma verdadeira “operação de sobrevivência”. O jogo decisivo contra o Bragantino, no domingo, é encarado como uma final de campeonato e, ao mesmo tempo, como o jogo mais importante desde o rebaixamento de 2016. A direção tenta explorar todos os recursos possíveis para remobilizar o elenco, que vem oscilando emocionalmente desde a queda iminente se aproximou.

Atividades extracampo vêm sendo realizadas nos últimos dias, com encontros entre jogadores, familiares e membros da comissão técnica. A ideia é resgatar o ambiente que desapareceu ao longo da temporada. Foi armado até um pequeno evento interno no CT Parque Gigante, onde famílias puderam circular, conversar e fortalecer os atletas psicologicamente. Segundo pessoas próximas ao vestiário, o clima, antes pesado e silencioso, ganhou contornos de resistência — quase um pacto de última hora para evitar um novo capítulo traumático.

Outro ponto que sustenta a esperança colorada é o desempenho recente no Beira-Rio. Apesar de um ano marcado por instabilidade, o Inter conseguiu seus melhores jogos em casa, onde a pressão da torcida vira combustível. Ainda que o estádio carregue uma tensão evidente, existe confiança de que o ambiente pode empurrar o time para uma atuação acima da média.

Além disso, Botafogo e São Paulo, adversários com objetivos próprios na última rodada, podem ajudar o Inter na briga direta contra os concorrentes pelo rebaixamento. A diretoria acompanha minuciosamente cada cenário e tenta blindar o elenco da matemática, deixando a conta final para depois do apito.

No Beira-Rio, ninguém diz em voz alta — mas todos sabem: é agora ou nunca. A esperança, ainda que mínima, segue viva.