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·22 de agosto de 2025

Bayern de Munique: favorito na Bundesliga, nem tanto na Champions League

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Por Guilherme Costa

A história do Bayern de Munique se confunde com a história da Bundesliga. Antes do campeonato alemão ter recebido tal alcunha, os Bávaros só tinha uma conquista da elite nacional — conquistado em 1932 —; após a era Bundesliga, o Bayern ganhou TRINTA E TRÊS edições da principal liga da Alemanha, se tornando o único gigante do país (tanto em títulos, quanto em estrutura e jogadores cedidos para a seleção nacional).


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Mas nesse período entre a criação da Bundesliga e ressurreição do Bayern, a distância do time para os seus rivais nunca foi tão grande como na última década. O que é interessante: o Bayern e a Bundesliga cresceram juntos e, justamente no período do seu maior domínio, alguns clubes passam por crises históricas. O Hamburgo foi rebaixado pela primeira vez e ficou sete temporadas na segunda divisão; Stuttgart caiu duas vezes nos últimos anos; o Werder Bremen também foi rebaixado; o Schalke caiu, subiu, caiu e segue na segunda divisão; o Nuremberg já era; e o Kaiserslautern ficou quatro temporadas na terceira divisão.

Com pouca competitividade e uma força financeira maior que os demais, as prévias para a temporada 25/26 colocam (com toda a razão) os Bávaros como grande favorito para levar outro título alemão. O primeiro troféu da temporada, inclusive, já foi levantado! No último sábado, o Bayern enfrentou o Stuttgart pela Supercopa da Alemanha e venceu os Suábios, sem dificuldades, por 2 a 1.

Contratações "modestas"

Chegadas e saídas foi um tema recorrente na minha série de textos sobre as prévias da próxima edição da Bundesliga. Em Munique, o Bayern foi discreto ao seu modo: apenas três contratações (que mostra a distância deles para os outros), Luiz Dias (vindo do Liverpool, por cerca de 70 milhões de euros), Jonathan Tah (destaque do Bayer há muitas temporadas) e o jovem Tom Bischof (vindo do Hoffenheim). De saída, o desgastado Leroy Sané foi para a Turquia (Galatasaray), Coman foi para a Arábia Saudita e o meia português, Palhinha, foi para o Tottenham (por empréstimo).

As novas aquisições, com uma base fortíssima — que conta com Neuer, Upamecano, Kimmich, Goretzka, Musiala, Olise e Harry Kane —, são o suficiente para manter a grande distância do time para os seus concorrentes.

Bundesliga 25/26

O primeiro desafio na Bundesliga será contra um dos seus concorrentes na corrida pela Salva de Prata, o RB Leipzig.

"Há uma variabilidade maior. Eles têm um novo técnico e uma estrutura bastante nova. Contrataram alguns jogadores talentosos e têm um elenco forte. A temporada passada não foi muito boa. O Leipzig certamente está entre os nossos rivais. Temos que levar o jogo muito a sério. Eles têm pontas que são bons no um contra um e jogadores como Xavi Simons na posição de camisa 10. Eles são fortes no ataque. Mas estamos na Allianz Arena e queremos fazer uma boa apresentação para a torcida."

Sempre muito sério, o treinador Vincent Kompany destacou o Leipzig na conferência de imprensa que antecede o jogo contra os Touros. Ele também comentou sobre a "fome" de seguir vencendo: "você não pode começar uma temporada dizendo que quer menos do que na temporada passada".

A tabela seguirá com os jogos contra  Augsburg, Hamburgo e Hoffenheim. Alguém dúvida que o aproveitamento será de 100%?

Champions League

Se na Alemanha há uma sensação de mares calmos, o comportamento mais discreto nessa janela de transferência (que talvez não cause muitos impactos nas competições domésticas) pode ser fatal na principal competição europeia. Na temporada passada o time comandado por Kompany não conseguiu superar a Internazionale de Milão, parando nas quartas de finais, a equipe ainda teve outro impacto sobre o seu status sobre os rivais continentais, após ser eliminado para o PSG — com dois jogadores a menos — no Mundial de Clubes da FIFA.

Aqui no Brasil foi dito com muita frequência sobre o Bayern estar na elite do futebol europeu. Entretanto, a história recente mostra os Bávaros derrapando para rivais grandes e modestos (vide a eliminação para o Villarreal, em 2022) na Champions League. Para a Bundes, as novas contratações estão de (muito) bom tamanho; mas para competir contra City, PSG, Real Madrid e até mesmo o Barcelona, talvez não seja o suficiente.

Nos últimos anos (última década), o Bayern se acostumou a olhar para a Bundesliga como uma competição tranquila de vencer. O grande desafio, então, passou a ser a maior competição europeia de clubes, algo que tem dado o famoso "choque de realidade" nos Bávaros. Será que nessa temporada, Kompany e companhia conseguirá se provar num nível superior?

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