MundoBola Flamengo
·26 de junio de 2025
Cabe algum no Flamengo? River Plate prepara barca de saídas em meio à crise pós-eliminação

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·26 de junio de 2025
O River Plate, sob o comando de Marcelo Gallardo em sua segunda passagem, vive um dos momentos mais turbulentos dos últimos anos, acumulando eliminações vexatórias e expondo uma crise técnica e de planejamento que ameaça o futuro da equipe na temporada, especialmente com a Libertadores se aproximando. Com isso, muitos nomes devem deixar a equipe e podem servir para outras equipes do continente.
A mais recente e impactante ferida foi aberta em solo norte-americano. A eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, onde o time ficou atrás de Inter de Milão e Monterrey, foi a gota d'água em um copo que já estava transbordando.
A imagem de uma equipe apática, desarticulada e com visíveis problemas físicos e técnicos, selou um vexame que a imprensa argentina não hesitou em classificar como um "fracasso". A queda nos Estados Unidos foi o terceiro grande golpe do ano para os "Millonarios".
Antes disso, a equipe já havia sucumbido em duas outras frentes, ambas de forma dramática, nos pênaltis. Primeiro, a derrota para o Talleres na Supercopa Internacional, após um empate sem gols. Depois, um golpe ainda mais sentido pela torcida: a eliminação para o modesto Platense, em pleno Monumental de Núñez, nas quartas de final do Torneio Apertura, após um empate em 1 a 1.
As sucessivas quedas colocam em xeque a tal "superioridade" que o clube ostentava, encapsulada em uma declaração recente do centroavante Miguel Borja. O colombiano, com passagens por Palmeiras e Grêmio, havia afirmado em entrevista que o River Plate "é superior na América do Sul há algum tempo". A realidade em campo, contudo, tem contado uma história bem diferente.
No centro do furacão está Marcelo Gallardo. O treinador, que em seu primeiro ciclo se tornou o mais vitorioso da história do clube, agora luta para reencontrar o caminho. "Muñeco" lida com um elenco que parece mal montado, desequilibrado e sem a profundidade necessária para as grandes batalhas.
Enquanto nomes como o goleiro Armani e o lateral Montiel ainda entregam a regularidade esperada, o banco de reservas não tem correspondido à altura.
A fragilidade do plantel ficou evidente na partida decisiva contra a Inter de Milão. Sem os suspensos Castaño, Enzo Pérez e Galoppo, os substitutos Meza, Kranevitter e Aliendro não conseguiram manter o mesmo nível, resultando em um meio-campo com menos força, criatividade e coesão.
O que mais preocupa a torcida, no entanto, é o futuro a curto prazo. O risco de uma debandada no elenco é real e iminente. A eliminação na Copa do Mundo de Clubes marcou a despedida da jovem promessa Franco Mastantuono, já negociado com o Real Madrid. Além dele, uma extensa lista de jogadores vive uma situação indefinida.
Veteranos e peças importantes como Enzo Pérez, Milton Casco, Ignacio "Nacho" Fernández, Gonzalo "Pity" Martínez, Matías Kranevitter e Manuel Lanzini, além de atletas emprestados como Giuliano Galoppo (São Paulo), Matías Rojas (Inter Miami) e Federico Gattoni (Sevilla), têm seus futuros no clube postos em dúvida, informou o "ge".
A diretoria argentina enfrenta a difícil tarefa de negociar renovações e decidir quem permanece para o segundo semestre.
"Temos que armar o melhor elenco possível. Precisamos de um elenco que nos dê a possibilidade de brigar em cima. Não só na Libertadores, que é nosso objetivo principal. Não é fácil ganhar, mas temos que brigar. Temos que competir", admitiu um preocupado Gallardo em entrevista coletiva, ciente da urgência da situação.
Dos nomes acima, poucos ou talvez nenhum desperte um grande alarde nos torcedores do Flamengo para reforçarem a equipe, visto que o elenco Rubro-Negro é bem superior ao time argentino. Nomes como Pity Martínez, Enzo Pérez e Nacho Fernández seriam cobiçados em outros tempos, mas vivem momentos de queda na carreira, principalmente pela idade. No entanto, num time bem encaixado, podem ser peças a agregar no elenco.
O primeiro, por exemplo, já foi desejado na Gávea e pode ser um reserva para Arrascaeta no meio, tendo ainda 32 anos e muita qualidade técnica.