Esporte News Mundo
·12 de agosto de 2025
Clássico na Copa do Brasil reacende debate sobre volta das torcidas divididas

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·12 de agosto de 2025
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O sorteio das quartas de final da Copa do Brasil, realizado nesta terça-feira (12) na sede da CBF, no Rio de Janeiro, colocou frente a frente Cruzeiro e Atlético em mais uma edição do clássico mineiro. Além da disputa por uma vaga na semifinal, o duelo reacende uma discussão antiga: a possibilidade de presença das duas torcidas no estádio.
Desde o início de 2024, as diretorias das duas SAFs firmaram um acordo para manter todos os clássicos com torcida única, medida válida até o fim de 2025. A justificativa sempre foi a segurança, mas o assunto volta à pauta diante da relevância do confronto e da pressão de parte dos dirigentes. Pedro Lourenço, gestor da SAF cruzeirense, é um dos defensores da retomada do formato tradicional, com divisão igualitária de arquibancada, como ocorria antes das restrições impostas na última década.
No início deste ano, Cruzeiro e Atlético chegaram a discutir a retomada da torcida mista em caso de final do Campeonato Mineiro, mas a ideia não avançou. O impasse principal foi o mando de campo: enquanto o Cruzeiro defendia o Mineirão como palco e espaço para as duas torcidas, o Atlético manteve a preferência pela Arena MRV, onde a presença de visitantes não é permitida.
Historicamente, os clássicos mineiros sempre contaram com arquibancadas divididas desde a inauguração do Mineirão, em 1965, até mudanças nas regras de segurança e logística, que reduziram gradativamente o espaço do visitante. Exceções recentes ocorreram apenas em partidas pontuais, como a reinauguração do estádio em 2013 e alguns jogos da Primeira Liga e do Campeonato Mineiro.
Até o momento, as autoridades de segurança de Minas Gerais não descartam a possibilidade de liberar a presença das duas torcidas, desde que haja planejamento adequado. A definição deve ocorrer nas próximas semanas, e, caso haja um acordo, o confronto poderá marcar o reencontro de cruzeirenses e atleticanos no mesmo estádio, algo cada vez mais raro no futebol mineiro.
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