Com destaques pra Braithwaite, Edenilson, Cuéllar e Pavón, vitória gremista me deixou com uma dúvida
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Uma vitória, de goleada, mas não pode deixar ninguém se empolgar. Sim, dessa vez eu vou começar por isso.
E não é só pelo fato do Grêmio ter começado “lento”. Os primeiros 30 minutos foram sem nenhuma emoção. Só melhorou quando o Mosalve consegue uma jogada individual e “acha” um gol para o Grêmio e o Braithwaite meio que obriga todo mundo a entrar no jogo.
Eu até posso falar sobre isso, mas quero dizer que esse é o tipo do jogo que tu pergunta porque não foi assim quando tinha que ser, ou seja, no Gre-Nal. No jogo grande. A resposta mais simples é que o Inter não deixou. E isso é uma das verdades. Só que o Grêmio também não fez sua parte como deveria fazer. E aqui estão as melhorias que precisamos comentar.
A principal melhoria está na abertura do meio-campo. Cuéllar não tinha condições físicas e agora virou titular e jogando os 90 minutos. Não há comparação quando a bola passa pelos seus pés. É nítida a diferença.
Monsalve conseguiu, em uma jogada individual, ser mais meia do que o Cristaldo em toda a temporada. Eu adoro o Cristaldo, mas ele é segundo atacante. Não é meia. O Monsalve é. E, no talento, abriu o placar com sua jogada individual, pro Gustavo Martins completar.
Edenilson está sendo a grata surpresa com Quinteros. Começou voando a temporada. Seu melhor momento em anos, eu diria. Desde o final aqui no Inter e, quem sabe, no tempo que esteve no Galo, onde não conseguiu performar. Jogando como ponta, cruzou duas para o Braithwaite finalizar pro gol.
Ah, é repetitivo dizer que o melhor em campo é o Braithwaite? Sem nenhuma dúvida, o melhor do time e da partida. É ele quem faz as coisas acontecerem. Seja quando reúne os jogadores para ajustar posicionamento, quando faz dois gols ou quando vai na entrevista do intervalo dizer que não jogaram bem no começo e tem que entrar ligado. É claro, o dinamarquês chegou há pouco, mas entendeu que é Gauchão e não dá pra se enganar. Cara acima da média é isso aí. Ele compreendeu o que aconteceu no Gre-Nal.
Pavón entrou no segundo tempo e fez dois gols. Dois belos gols. Eu sei que há várias reclamações que podem ser feitas contra ele, mas eu curti o Pavón no Gre-Nal e os gols são inegáveis. Pavón poderá ser, no mínimo, uma peça importante no elenco. Com a chegada dos novos atacantes, Amuzu e Cristian Oliveira, até reserva pode ser. Tudo ok. Agora, eu ainda o vejo como peça importante.
Eu sei que agora todo mundo vai estar elogiando o Gustavo Martins e criticando o Rodrigo Ely. Eu só preciso pontuar que o Ely jogou o Gre-Nal e o Gustavo Martins o jogo do Pelotas. Isso faz diferença.
O mesmo vale pro Volpi. Dessa vez, fez duas baitas defesas. É aquela história, não dá pra ser definitivo com o a falha diante do Juventude e nem otimista demais com os lances de hoje. A calma precisará acontecer.
Aliás, tenho essa reflexão pra toda essa avaliação agora. Todo mundo se empolgou, com alguma justiça, porque coisas novas estavam acontecendo com Quinteros. No clássico, isso não apareceu. Nem falo diante do Juventude porque foram os reservas, a questão é entender porque não apareceu no jogo grande. Precisava validar o trabalho e não conseguiu contra um grande. É isso que Quinteros vai ter que evoluir.