MundoBola Flamengo
·8 de febrero de 2025
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·8 de febrero de 2025
No primeiro clássico da equipe neste Campeonato Carioca, o primeiro em uma sequência de três, o Flamengo empatou em 0 a 0 com o Fluminense, neste sábado (8), no Maracanã.
Em um jogo de muitas disputas físicas e pouquíssimos lampejos de inspiração, os clubes mal conseguiram levar perigo ao gol adversário e fizeram um clássico de poucas emoções. O Rubro-Negro ainda sentiu com dois jogadores sentindo dores: Alex Sandro e Michael.
Com o empate, o Flamengo se manteve na segunda posição do Campeonato Carioca, com 14 pontos. O Volta Redonda segue na liderança, com 16, mas ainda joga no complemento da rodada.
Vale lembrar que o Rubro-Negro tem um jogo atrasado contra o Botafogo, que acontece na próxima quarta. O Fluminense foi aos 11 pontos e viu a situação complicar de vez por uma vaga nas semifinais.
O Flamengo de Filipe Luís entrou em campo com Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Erick Pulgar, Evertton Araújo e Gerson; Michael, Gonzalo Plata e Bruno Henrique. Entraram Ayrton Lucas, Juninho, Luiz Araújo, Everton Cebolinha e Allan.
Mano Menezes, por outro lado, escalou o Fluminense com Fábio; Guga, Ignácio, Thiago Silva e Fuentes; Martinelli, Hércules, Jhon Arias e Riquelme; Canobbio e Germán Cano. Saíram do banco Freytes, Lima, Serna, Bernal e Lelê.
O primeiro tempo começou muito brigado entre os dois times: o Fluminense ocupou mais o campo de ataque, mas sem tanta organização e também sem levar perigo. A primeira interrupção veio aos sete minutos, quando o lateral-esquerdo Alex Sandro sentiu e precisou ser substituído. Filipe Luís optou, então, pela entrada de Ayrton Lucas.
Com um jogo ainda muito preso ao meio-campo, o Flamengo passou a crescer um pouco mais. O primeiro momento de criação real, no entanto, veio só aos 13 minutos, em jogada que terminou com Plata dentro da área. O jogador acabou desarmado ao tentar o drible.
O clima começou a dar uma esquentada aos 22 minutos, em choque na lateral do campo que terminou com ânimos um tanto exaltados. O árbitro Alex Gomes Stefano, porém, logo acalmou as coisas. O calor seguia atrapalhando bastante o ritmo do jogo, que seguia lento. O Fluminense tentava criar, mas dependia muito do esforço de Jhon Arias, centro gravitacional da equipe.
Na primeira parada técnica, com aproximadamente 22 minutos do primeiro tempo, o Flamengo tinha 55% de posse de bola, 10% a mais que o Tricolor. Nenhuma equipe havia acertado chutes no gol, com dois escanteios a favor do rival e um para o Rubro-Negro.
Aos 29 minutos, Wesley disputou com Canobbio perto da área rubro-negra e cometeu falta sobre o rival. Na cobrança, Arias tentou o cruzamento, mas Rossi foi soberano. O Flamengo tentava atacar, mas tinha dificuldades de superar o bloqueio imposto pelo time de Mano Menezes.
Em saída de três, a equipe tentava organizar o jogo com uma primeira linha formada por Léo Ortiz, Léo Pereira e Pulgar. Gerson oferecia o primeiro passe, mas logo deixava o espaço para Evertton Araújo e abria para o lado direito, para se somar à passagem de Wesley. Enquanto isso, Michael, Plata e Bruno Henrique preenchiam a área. As ações de toques curtos, entretanto, não conseguiam produzir resultados.
Aos 35 minutos, Pulgar encontrou cruzamento pela esquerda do ataque, e Bruno Henrique chegou a cabecear. A bola, porém, passou à esquerda do gol de Fábio. Pouco depois, um entrevero que envolveu vários jogadores na lateral, entre eles Gerson, Pulgar e Arias, rendeu mais uma série de empurrões entre os atletas. Os dois últimos, aliás, se acertaram de novo na sequência e foram amarelados.
O primeiro lance real de perigo veio já nos acréscimos, aos 47 minutos. Plata fez jogada pela direita e, no cruzamento, o corte de Thiago Silva deixou a bola à feição para o chute de Wesley de dentro da área, que acabou bloqueado pela zaga. Pouco depois, o árbitro decretou o encerramento da etapa inaugural.
O Flamengo voltou sem alterações para o tempo complementar, enquanto o Fluminense trocou Thiago Silva pelo também zagueiro Freytes. A primeira finalização veio aos três minutos, com Gerson, mas sem atingir o alvo de Fábio.
Mesmo sem alterações, o Rubro-Negro atuou levemente a maneira de atuar: Plata ficou mais espetado pela esquerda, enquanto Bruno Henrique assumiu de vez o posto de centroavante.
Com a posse, o Mais Querido tentava envolver o Fluminense rapidamente, mas pecava nos passes mais decisivos. Aos oito, por exemplo, o time trocou passes, Michael foi desarmado na entrada da área e Pulgar tentou acionar Wesley na direita, mas a bola foi forte demais.
As primeiras mexidas não forçadas de Filipe Luís vieram aos 15 minutos: Juninho substituiu Michael, enquanto Luiz Araújo assumiu o posto de Plata. Com isso, o camisa 23 entrou como centroavante, o 7 foi para a ponta direita e Bruno Henrique foi deslocado para a ponta esquerda.
Aos 18 minutos, o jogo novamente ficou nervoso após reclamação de Canobbio, que queria falta de Wesley. O jogador foi advertido com o cartão amarelo. O árbitro deixava o jogo rolar e evitava marcar todo tipo de falta, algo que criou focos de insatisfação nos dois times ao longo da partida.
Na segunda e última parada técnica, na metade da etapa complementar, o Flamengo somava 62% de posse de bola, um chute no gol e três escanteios. Ainda que atacasse com cautela, a equipe agredia mais. A questão era a pressão alta, que não conseguiu ser efetiva e encontrou um Fluminense ciente de como escapar em muitos momentos.
Aos 29 minutos, Gerson tentou jogada individual pela esquerda e driblou Guga com um golpe de cabeça, mas finalizou errado. A tocada era a mesma do primeiro tempo: muita briga e pouquíssima inspiração. Até aquele momento, o jogo tinha exatamente uma finalização certa, do Flamengo.
O chute a gol seguinte veio aos 35, em arremate de Luiz Araújo pela esquerda. O lance resultou em escanteio, mas o Fluminense afastou o perigo na cobrança.
Quatro minutos depois, Ayrton Lucas recebeu de Bruno Henrique e rolou a bola para a entrada da área, em que chegavam Gerson e Luiz Araújo. Os dois, porém, se atrapalharam e não conseguiram finalizar.
No contra-ataque, o Fluminense arriscou com Arias, mas Léo Pereira desviou para escanteio — que não resultou em perigo. As duas últimas trocas de Filipe Luís vieram aos 42, com Everton Cebolinha na vaga de Bruno Henrique e Allan no lugar de Pulgar.
O camisa 11 teve efeito imediato: em cruzamento de Ayrton Lucas, pulou alto e cabeceou com destino, mas Fábio saltou para defender. Até o fim, o panorama permaneceu o mesmo, e os dois times não conseguiram levar mais perigo.
Agora, o Rubro-Negro se prepara para mais um clássico. Novamente pelo Campeonato Carioca, mas desta vez em jogo atrasado da sétima rodada, o Flamengo vai enfrentar o Botafogo, vítima na final da Supercopa do Brasil, na próxima quarta-feira.
O duelo está programado para acontecer no Maracanã, a partir das 21h30 (horário de Brasília).